BM17 - InterMETAL

www.intermetal.pt 2023/2 17 Preço:11 € | Periodicidade: Trimestral | Abril, Maio, Junho 2023 - Nº 17 | www.intermetal.pt www.zimmer-group.com FIXAÇÃO SEGURA EM TODAS AS ÁREAS DE APLICAÇÃO SPP TROCADOR DE PALETES + Máxima força de alimentação e de aperto + Design estreito para máxima utilização do espaço da máquina + Deteção do estado de fixação e da presença de paletes + Manuseamento seguro graças à função de limpeza e ao acumulador de força com mola THE KNOW-HOW FACTORY Visite-nos na EMAF, Pav. 5, Stand F13

Edição, Redação e Propriedade INDUGLOBAL, UNIPESSOAL, LDA. Avenida Barbosa du Bocage, 87 4º Piso, Gabinete nº 4 1050 - 030 Lisboa (Portugal) Telefone (+351) 217 615 724 E-mail: geral@interempresas.net NIF PT503623768 Gerente Aleix Torné Detentora do capital da empresa Nova Àgora Grup, S.L. (100%) Diretora Luísa Santos Equipa Editorial Luísa Santos, Esther Güell, Nerea Gorriti redacao_intermetal@interempresas.net www.intermetal.pt Preço de cada exemplar 11 € (IVA incl.) Assinatura anual 44 € (IVA incl.) Registo da Editora 219962 Registo na ERC 127299 Déposito Legal 455413/19 Distribuição total +4.100 envios. Distribuição digital a +3.400 profissionais. Tiragem +1.100 cópias em papel Edição Número 17 – Abril, Maio, Junho 2023 Estatuto Editorial disponível em https://www.intermetal.pt/ EstatutoEditorial.asp Impressão e acabamento Gráficas Andalusí, S.L. Camino Nuevo de Peligros, s/n - Pol. Zárate 18210 Peligros - Granada (España) www.graficasandalusi.com Membro Ativo: Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos editoriais desta revista sem a prévia autorização do editor. A redação da InterMETAL adotou as regras do Novo Acordo Ortográfico. SUMÁRIO ATUALIDADE 7 EDITORIAL 7 Entrevista com Amélia Estevão, diretora de Marketing da Exponor 16 EMAF 2023: lotação esgotada com foco na transformação digital 20 Indústria automóvel vai conhecer uma “reconversão violenta” nos próximos anos 24 Sustentabilidade será tema central na EMO Hannover 2023 30 Obtenha um torneamento de aço mais sustentável e produtivo com as novas pastilhas de metal duro 36 Eficácia extrema na maquinação de superligas 40 Retificação inteligente: garantia de qualidade para engrenagens de transmissão eletrónica 46 Alternativas laser ao polimento e rebarbagem por processo mecânico 52 Tecnologia de retração inovadora e altamente eficiente em termos energéticos 58 ISQ instala o maior equipamento de tomografia 3D da Europa 64 Os seus processos de fabricação merecem dados de medições 3D conectados digitalmente 66 CallMarques: o laboratório de calibração da Balanças Marques 72 Validação de canais frios com simulação 74 Valorização na Metalurgia: como o fabrico aditivo beneficia dos ‘resíduos’ metalúrgicos 78 Tecnologia EHLA aplicada a um sistema CNC de 5 eixos permite o fabrico aditivo de componentes complexos 82 Blank-to-Bend: do corte laser à quinagem, soluções integradas e automatizadas da Amada 86 Soluções eficientes Bonfiglioli para aplicações apron e belt feeders 88 Como o pano de limpeza da Mewa impulsiona pequenas indústrias 90

7 Metal português bate recorde de exportações e apresenta plano estratégico para 2030 A AIMMAP divulgou, no dia 3 de maio, que o setor metalúrgico e metalomecânico ultrapassou, em 2022, os 23 mil milhões de euros de vendas ao exterior, o que representa um aumento de 18% em relação a 2021 e reforça a posição de liderança do setor no que respeita à taxa de exportação. Estes dados fazem parte de um estudo realizado pela AIMMAP que analisa a situação do setor e traça uma visão estratégica até 2030, apresentado durante a conferência ‘Crescer’. Durante o evento, realizado na Faculdade de Engenharia do Porto em parceria com o jornal Expresso, a associação apresentou o Plano Estratégico e de Ação para o Setor Metalúrgico e Metalomecânico para o horizonte 2030 (Metal 2030), que “traça uma visão estratégica até 2030”, como explicou Rafael Campos Pereira, vice-presidente executivo da AIMMAP. O documento define como prioridades “caracterizar os projetos e investimentos identificados, tendo em consideração o timing das oportunidades a explorar” pelo setor no âmbito do PT2030 e “definir um ‘roadmap’ implementável (agenda transformadora) para a estratégia”. EDITORIAL Há vários meses que o espaço de exposição disponível na EMAF 2023, marcada para os dias 31 de maio a 3 de junho, está esgotado. Com mais de 400 empresas inscritas, antecipa-se uma feira ‘à antiga’, com os corredores cheios e longas filas de espera à hora de almoço. Nada que o entusiamo de podermos finalmente voltar a encontramo-nos sem restrições não amenize. A verdade é que, tal como escrever o primeiro esboço de um texto em papel é diferente de apenas usar o teclado do computador, também o contacto pessoal numa relação comercial é diferente da simples conversa telefónica ou da troca de e-mails. Mesmo que seja para discutir a instalação de uma solução digital baseada em IA. Em entrevista à InterMetal, a diretora de Marketing da Exponor atribui o bom momento vivido pela feira ao desempenho da economia nacional, que tem conseguido superar dificuldades como a escassez de matérias-primas, o aumento dos custos da energia, da mão- -de-obra ou dos transportes. Amélia Estevão revela um pouco do que vamos poder encontrar no certame, este ano muito centrado na transformação digital da indústria. De facto, os especialistas defendemque a implementação de ferramentas de digitalização, combinadas com soluções de robótica e automação, ajudam as empresas a aumentar a produtividade e a competitividade. E isto, nos tempos que correm, é fundamental. Este tipo de solução estará igualmente patente na EMO Hannover 2023, que, no entanto, coloca o foco na sustentabilidade. A principal feira mundial de tecnologia de produção estámarcada para setembro. Leia o artigo de antevisão na página 30. Neste número, contamos-lhe também um pouco do que se passou no XI Congresso da Indústria dos Moldes. O evento, organizado pela Cefamol, discutiu o futuro do principal setor cliente da indústria de moldes nacional: o automóvel, que enfrenta um dos períodos mais conturbados da sua história. Espaço ainda para lhe dar a conhecer novidades nas tecnologias de chão de fábrica mais mundanas - como o torneamento, a metrologia ou o polimento – e nas mais vanguardistas, como o fabrico aditivo que, por estes dias, já ganhou lugar cativo nas páginas da InterMetal. Como habitual, esta sua revista vai estar na EMAF. Visite-nos no stand G571 (Galeria 5). Até lá, boa leitura! Vemo-nos em Matosinhos!

8 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERMETAL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER O alumínio como recurso económico até 2030 O plano Estratégico da Associação Europeia do Alumínio, European Aluminium's 2050, prevê que o aumento da reciclagem de alumínio possa evitar até 39 milhões de toneladas de emissões de CO2 por ano até 2050, reduzindo a dependência de importações da Europa, podendo gerar cerca de 6 mil milhões de euros por ano para a economia europeia. De acordo com o relatório, as características do alumínio como material circular e permanente, capaz de ser reciclado sem perder as suas propriedades originais tornam-no um recurso vital para uma economia circular e neutra para o ambiente, tornando-se no material do futuro para os setores da construção, automóvel e embalagem. As taxas de reciclagem do alumínio estão entre as mais elevadas em comparação com outros materiais, na Europa, as taxas de reciclagem são superiores a 90% nos setores automóvel e da construção e 75% para as latas de alumínio. Segundo as previsões da Associação Europeia do Alumínio, a reciclagem do alumínio poderá reduzir as emissões em 37% até 2030 e 46% até 2050, o equivalente a evitar 39 milhões de toneladas de emissões de CO2 por ano. O relatório prevê, ainda, que com um volume crescente de sucata acessível na Europa, a reciclagem de alumínio em fim de vida pode crescer para um mercado de 12 mil milhões de euros até 2050, permitindo que a indústria do alumínio apresente uma oportunidade para a economia circular, pois através da utilização do alumínio nos diversos produtos, estes atingem o seu tempo de vida útil máximo. Atualmente, a utilização do alumínio é de 13,5 milhões de toneladas, principalmente no setor automóvel, onde o material é utilizado para componentes como rodas, chassis e caixas de bateria. O relatório refere que há agora quase o dobro de alumínio na economia para cada cidadão europeu do que havia há duas décadas. GMTN 2023: ecoMetais, descarbonização e economia circular são tendência na metalurgia De 12 a 16 de junho de 2023, Düsseldorf volta a converter-se no centro da indústria internacional de fundição e metalurgia. Este ano, as feiras Gifa, Metec, Thermprocess e Newcast, que se realizam de quatro em quatro anos e que, em conjunto, cobrem todo o espectro da tecnologia de fundição, metalurgia e processos térmicos, preveem um aumento de visitantes interessados em tecnologias de digitalização específicas para o processamento de metais, bem como em soluções sustentáveis e orientadas para o futuro. Durante o evento, mais de dois mil expositores de mais de 50 países irão exibir tendências globais e apresentar todo o espectro de tecnologias e produtos, em 12 pavilhões de exposição. Em destaque estarão os temas da descarbonização da indústria metalúrgica, os ecoMetais, economia circular, digitalização, processos de fabrico aditivo, bem como a mobilidade eletrónica e a construção leve para o setor automóvel. “Tendo em conta o ambiente atual da indústria, esta é uma edição da Gifa, Metec, Thermprocess e Newcast voltada para o futuro. O Plano de Proteção Climática 2050 da UE irá testar o valor da indústria metalúrgica, pelo que, mais do que nunca, esta necessita de uma plataforma de comunicação forte para o intercâmbio global”, salienta Malte Seifert, diretor da feira.

9 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERMETAL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Exportações de componentes automóveis ultrapassam restante indústria nacional Dados divulgados pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) revelam que as exportações de componentes automóveis registam, no mês de março, um crescimento de 35,8% face ao mesmo mês de 2022, tendo totalizado 1107 milhões de euros, um valor superior ao da média das exportações nacionais. A AFIA ressalta que 71% das exportações portuguesas de componentes automóveis continuam a pertencer ao top 5 de países, composto por Espanha, Alemanha, França, Eslováquia e Estados Unidos da América, durante o ano de 2023. Espanha, com vendas de 891 milhões de euros, continua a ser o principal cliente dos componentes fabricados em Portugal, seguida pela Alemanha, com 676 milhões de euros. Na terceira posição encontramos a França, com 350 milhões de euros, enquanto a quarta posição pertence à Eslováquia com 134 milhões, fechando-se o top 5 com Estados Unidos da América, com 111 milhões de euros. A associação lembra que “a situação mundial e a inflação dos custos relacionadas com os transportes, energia e matérias-primas, são fatores que continuam a promover uma incerteza neste e outros setores em termos mundiais, mas é importante destacar que a indústria portuguesa de componentes para automóveis tem conseguido manter uma forte resiliência e criar formas de continuar a competir com as suas congéneres para ganhar quota de mercado”. Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 10 de maio pelo Instituto Nacional de Estatística. AMOB lança novo catálogo A AMOB publicou um novo catálogo com informação atualizada sobre as suas máquinas curvadoras de tubo hidráulicas e eletromecânicas CH's + MDH's + PT's. No catálogo pode encontrar todas as características das máquinas com a mais recente tecnologia AMOB, características técnicas, alguns casos de estudo e informação sobre o software próprio recentemente atualizado. Este novo nível de controlo Numérico CNC, proporciona uma experiência excecional ao utilizador e abre novas possibilidades FAGOR AUTOMATION S. COOP. SUCURSAL PORTUGUESA Rua Gonçalves Zarco nº 1129-B-2º Salas 210/212/214 • 4450-685 LEÇA DA PALMEIRA Tel.: +(351) 22 996 88 65 fagorautomation@fagorautomation.pt VISITE-NOS! STAND 3A19 Saber mais sobre HMIelite

10 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERMETAL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Schaeffler apresenta Grease App A Grease App da Schaeffler é um recurso que permite tornar o funcionamento da máquina mais sustentável: evita o excesso ou a falta de lubrificação e reduz o risco de falhas prematuras dos rolamentos. Até 80 por cento de todas as falhas prematuras que se produzem nos rolamentos são causadas por uma lubrificação inadequada. É aqui que a Grease App da Schaeffler entra em jogo para ajudar o cliente a determinar o tipo de lubrificante ideal, a quantidade de lubrificante, vida útil da massa lubrificante e os intervalos de lubrificação necessários para a lubrificação inicial e a relubrificação de rolamentos. O software recolhe os dados da ferramenta interna de cálculo de rolamentos, Bearinx, para poder computá-los. Desta forma, pode-se evitar o excesso ou a falta de lubrificação e reduzir o risco de falhas prematuras dos rolamentos. A aplicação guia o utilizador na seleção dos lubrificantes da gama Arcanol mais apropriados para atender às suas necessidades. A combinação dos lubrificadores automáticos da série Concept, lubrificadores inteligentes Optime e lubrificantes Arcanol, permite à Schaeffler oferecer ao cliente um sistema perfeitamente harmonizado visando garantir a lubrificação sustentável dos rolamentos. Investigadores descobrem 150 mil novos materiais cristalinos que podem ser usados em aplicações tecnológicas Um grupo de investigadores do Departamento de Física (DF) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) previu computacionalmente 150 mil novos materiais cristalinos passíveis de serem sintetizados e, posteriormente, estudados para utilização em aplicações tecnológicas. Esta descoberta resultou do estudo ‘Machine-learning-assisted determination of the global zero-temperature phase diagram of materials’, publicado na revista Advanced Materials, que teve como foco a previsão de materiais cristalinos, ou seja, compostos cujos átomos estão organizados num padrão que se repete em todas as direções do espaço, como, por exemplo, o sal de mesa (cloreto de sódio), o quartzo (dióxido de silício) e o diamante (carbono). De acordo com Tiago Cerqueira, investigador do Centro de Física da Universidade de Coimbra (CFisUC) e coautor do estudo, “existe uma constante pressão económica e social para a descoberta de melhores alternativas, uma vez que este tipo de materiais está na base da maioria das tecnologias modernas. Dois exemplos são os painéis solares, para os quais a comunidade científica continua em busca de alternativas ou complementos à atual tecnologia baseada em silício, ou em baterias de estado sólido, que se tornam cada vez mais relevantes com a disseminação dos carros elétricos”. Neste estudo, continua o investigador, “para além da previsão dos materiais em si, focamo-nos também na procura de materiais supercondutores e materiais super-duros. De uma forma muito simplificada, um supercondutor é um material que, quando arrefecido abaixo de uma certa temperatura, a chamada ‘temperatura crítica’, perde subitamente toda a resistência elétrica. Estes materiais são de extrema importância para aplicações de imagiologia, como máquinas de ressonância magnética”, garante, esclarecendo que “um super-duro é um material cuja dureza se aproxima, ou supera, a do diamante, e normalmente são usados na indústria para ferramentas de corte, por exemplo”.

TCI Cutting integra a classificação inteligente e paletização em ilha de produção automatizada A TCI Cutting integrou a classificação inteligente de peças e sua posterior paletização numa ilha de produção automatizada. Esta solução integral permite uma velocidade fluida de todo o processo produtivo de corte, carregamento e descarga simultânea, armazenamento, classificação inteligente de peças e sua paletização. Posteriormente, as peças paletizadas podem ser transportadas por AMRs (Autonomous mobile robots) para posteriores processos de dobragem, soldadura ou outros, dependendo do ciclo produtivo de cada fábrica. De acordo com a empresa, a implantação da Automation Systems Smart Cell aumenta a autonomia da fábrica, reduz os custos operacionais e reorienta a mão-de-obra para tarefas não repetitivas. Esta solução é desenvolvida sob medida segundo o processo produtivo e necessidades de cada cliente, na fábrica da TCI de Valencia. A comunicação da classificação inteligente de peças e a sua posterior paletização com a máquina de corte laser é realizada através do software Manager PRO, de desenvolvimento próprio. As mudanças da Nesting não exigem que um engenheiro reprograme porque o próprio software atribui a ordem para cada peça de acordo com o seu destino na linha de produção. A triagem e paletização automatizada de peças aumenta a segurança de trabalho na fábrica e pode combinar a manipulação de peças grandes e pequenas. As peças pequenas são armazenadas e paletizadas fora da linha de corte para que a máquina continue a trabalhar sem interrupções. Esta solução integral é adaptável à máquina de corte a laser Dynamicline Fiber, corte 2D e especialmente desenvolvida para grandes tiragens 24x7, o que garante a máxima produtividade ao longo de todo o ciclo produtivo num ambiente de fábrica digital e autónoma. 11 ATUALIDADE www.renishaw.com/pt/equator Com a solicitação crescente por uma fabricação totalmente automatizada, o sistema de medição Equator é projectado para ser igualmente adequado para operação automatizada e manual. O sistema Equator pode verificar peças provenientes de centros de torneamento, centros de maquinação, rectificadoras e outros meios de produção de peças. A sua versatilidade, velocidade e repetibilidade tornam-o valioso para qualquer chão de fábrica. Sistema de medição EquatorTM Medição automatizada Renishaw Ibérica, S.A.U., Gavà Park, C. de la Recerca, 7, 08850 GAVÀ, Barcelona +34 93 6633420 spain@renishaw.com © 2023 Renishaw plc. Todos os direitos reservados.

12 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERMETAL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Streamrunner da Hasco eleito Produto do Ano 2023 A Hasco conquistou o primeiro lugar de um concurso organizado pela revista técnica alemã Kunststoff Magazin, na categoria de fabrico e design de moldes, com o seu Streamrunner, um distribuidor de canais quentes produzido por fabrico aditivo para a máxima liberdade de desenho. Graças à tecnologia utilizada, os canais de fluxo deste distribuidor premiado podem ser concebidos reologicamente de forma ótima evitando completamente extremidades e zonas de fluxo difícil. Esta orientação da fusão favorável ao material conduz a uma tensão de cisalhamento significativamente menor no plástico e, consequentemente, a uma melhor qualidade das peças injetadas. Uma mudança de cor também pode ser efetuada mais rapidamente graças ao design otimizado para o fluxo, uma vez que a divisão da massa fundida e a deflexão do material podem ser efetuadas através de raios mais largos. Uma vez que o Streamrunner é fabricado aditivamente, não necessita de elementos de deflexão separados, podem ser realizados espaçamentos entre bicos muito estreitos. Dependendo do tamanho do bico utilizado, são possíveis distâncias de alojamento a partir de 18 mm. A altura também pode ser 20-30 mm mais baixa do que com módulos distribuidores convencionais. Stellantis vai produzir veículos elétricos emMangualde A Stellantis, de Mangualde, será a primeira fábrica portuguesa a produzir grandes séries de veículos comerciais compactos 100% elétricos para a Citroën, Fiat, Opel e Peugeot. A produção arranca no início de 2025. O anúncio foi feito por Carlos Tavares, CEO da empresa. A fábrica de Mangualde irá produzir os modelos Citroën ë-Berlingo, Peugeot e-Partner, Opel Combo-e e Fiat e-Doblò, tanto na versão furgão, como na versão passageiros. Mangualde será a primeira fábrica portuguesa a produzir em massa veículos elétricos totalmente a bateria para os mercados nacional e de exportação. A tecnologia de fabrico aditivo proporciona a máxima liberdade na produção dos canais de fluxo do Streamrunner. Palbit e UA apresentam projeto de fabrico aditivo de ferramentas O projeto 3DCompCer, iniciativa da Palbit e da Universidade de Aveiro, tem como principal objetivo o desenvolvimento de ferramentas de maquinagem complexas através de técnicas inovadoras de fabrico aditivo (FA), nomeadamente ferramentas com sistemas de refrigeração interna mais produtivas e sustentáveis. As operações de maquinagem exigem a utilização de ferramentas com elevada dureza, boa resistência ao desgaste, estabilidade química e resistência à oxidação, o que urge a necessidade de encontrar novas alternativas aos materiais já existentes. Atualmente, o aumento do rendimento de um componente mecânico, como é o caso de ferramentas de corte, é uma preocupação constante não só do ponto de vista económico e produtivo, como tambémambiental. Uma das soluções encontradas pela Palbit para este problema está no recurso a arrefecimento interno, solução essa que se pretende explorar neste projeto inovador. O desenvolvimento deverá alargar o campo de aplicação das ferramentas de maquinagem de base cerâmica em condições de trabalho mais exigentes e com tempos de vida útil superiores. Paralelamente, a otimização da geometria das ferramentas, através da introdução de canais internos de refrigeração, permitirá reduzir significativamente o peso das ferramentas e simultaneamente diminuir o consumo de matérias-primas de custo elevado, nomeadamente o cobalto, carboneto de tungsténio e carbonitreto de titânio. C M Y CM MY CY CMY K

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14 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERMETAL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Moulding Expo 2023 vai reunir toda a indústria sob omesmo teto 300 empresas já se inscreveram como expositores na feira. De 13 a 16 de junho de 2023, a Moulding Expo volta a abrir as suas portas em Estugarda. Pela primeira vez, a feira internacional especializada no fabrico de ferramentas, moldes e matrizes terá lugar no L-Bank Forum (Pavilhão 1) na Messe Stuttgart. Este pavilhão, o maior do recinto de exposições, juntamente com a galeria circundante e a área do foyer, oferece um espaço total quase igual ao de três pavilhões standard. "Após uma pausa de quatro anos, este ano voltaremos a reunir a indústria de ferramentas, moldes e matrizes sob o mesmo teto, facilitando às principais empresas do setor o encontro com os seus clientes", diz Florian Niethammer, diretor de Feiras e Eventos na Messe Stuttgart. Até à data, já se inscreveramna feira 300 empresas expositoras. Muitas destas são participantes pela primeira vez. Uma delas é a Alfred Konrad Veith GmbH & Co. KG. "Vemos a Moulding Expo como uma feira comercial regional e supra-regional líder para a fabricação de moldes, matrizes e processamento de plásticos. Vamos expor na Moulding Expo para apresentar a nossa empresa e os nossos produtos, a fim de estabelecer contacto com novos clientes", diz Zeljko Zinic, diretor-geral e de Vendas da Alfred Konrad Veith GmbH & Co. KG. Primeiros avisos doPortugal 2030 contemplam400M€para projetos inovadores de PME Foram lançados no dia 3 de maio os primeiros dois Avisos dos Sistemas de Incentivos do Portugal 2030 para apoio à inovação produtiva de micro, pequenas e médias empresas (PME) do continente (regiões Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve). No total, são 400 M€ de apoios do FEDER para projetos que contribuam para a melhoria das capacidades produtivas das PME e para o desenvolvimento de soluções inovadoras, digitais e sustentáveis, sobretudo baseadas nos resultados de I&D e no aumento do emprego qualificado. Os Avisos, um dos quais exclusivo para investimentos situados em territórios de baixa densidade, com um montante de 125M€, estão abertos até 15 de dezembro, compreendendo quatro fases de candidatura, sendo as duas primeiras exclusivas, para efeitos de decisão, para as empresas que apresentaram um registo de pedido de auxílio. As PME interessadas podem consultar os Avisos no Portal do Portugal 2030 e nos sites dos seis Programas financiadores, e submeter as suas candidaturas no Balcão dos Fundos, através do formulário disponível em https://balcaofundoseu.pt. Fonte: AD&C INEGI leva tecnologias digitais à indústria para diminuir acidentes de trabalho O INEGI é parceiro de um novo projeto europeu que vai levar tecnologias 4.0 à indústria, num esforço por melhorar a saúde e segurança no trabalho e evitar acidentes com equipamentos de fabrico. Robótica, automação e inteligência artificial são algumas das tecnologias que vão ajudar os trabalhadores, no seu dia-a-dia, a operar commais segurança, bem-estar e maior produtividade. "Estas tecnologias podem tornar os equipamentos produtivos, mais seguros e fáceis de operar, e até automatizar por completo tarefas repetitivas ou perigosas”, explica Sílvia Esteves, responsável pelo projeto no INEGI. De igual forma, o consórcio quer potenciar uma maior aceitação de sistemas colaborativos humano-computador em ambientes produtivos, pelo que vai criar estratégias para combater a sobrecarga cognitiva e a fadiga digital. O projeto EARASHI - Embodied AI/Robotics Applications for a Safe, Humanoriented Industry conta com 12 parceiros e é cofinanciado ao abrigo do Horizon Europe, o programa de investigação e inovação da União Europeia.

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ENTREVISTA 16 AMÉLIA ESTEVÃO, DIRETORA DE MARKETING DA EXPONOR “É crucial continuar a reunir os principais atores da indústria, neste que é o maior evento português do ramo” Luísa Santos As feiras setoriais são importantes barómetros de qualquer economia. Mesmo antes de sabermos que Portugal foi o país da Europa que mais cresceu em 2022, já o facto de a EMAF, a principal feira industrial nacional, voltar a ter lista de espera nos dava essa indicação. Nesta entrevista, Amélia Estevão, diretora de Marketing da Exponor, analisa o bom desempenho da indústria nacional à luz da atual conjuntura e diz-nos o que esperar da edição deste ano, centrada na transformação digital. A edição deste ano da EMAF voltou à dinâmica pré- -pandemia, com o espaço esgotado muito antes do evento. Este é um sinal de que a economia portuguesa não está a ser tão afetada pelas condicionantes externas como está a acontecer com outros países da Europa? É com grande satisfação que avançamos que a 19ª edição da EMAF - Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços para a Indústria - já se encontra esgotada há algum tempo. Atingimos o objetivo de ver todo o nosso recinto completo, commais de 430 empresas expositoras, nacionais e internacionais. Neste seguimento, concluímos que apesar do panorama vivido, Portugal está a alcançar níveis de crescimento. Importa destacar, é claro, que a EMAF traz para o plano principal um setor que mexe com a economia em contexto global – a indústria. É crucial continuar a reunir os seus atores, neste que é o maior evento português do ramo, e que visa dar resposta aos seus desafios e tendências. Ao esgotarmos os expositores, comprovamos a pertinência da realização deste evento de grande escala. Além disso, vermos a EMAF esgotada meses antes do seu início vemcomprovar que, embora os eventos online tenham alcançado força emcontexto pandémico, estes não resultam na sua totalidade, porque as pessoas precisamdo contacto presencial. Será, certamente, um regresso memorável.

17 A transformação digital é tema central na EMAF 2023 Na sua opinião, que fatores contribuem para tal? Acreditamos que a posição geográfica do nosso país influencie a que a sua economia seja uma das menos expostas, da União Europeia, às economias russa e ucraniana, por essa razão, a Comissão Europeia colocou Portugal como o país europeu com maior crescimento em 2022. Claro que estamos expostos a muitos desafios, desde as dificuldades que as empresas sentem em aceder a matérias-primas ao aumento dos custos da energia, da mão-de-obra ou dos transportes. Contudo, ainda assim, verifica-se um crescimento da economia portuguesa, que se deve, sobretudo, ao contributo positivo da procura interna e, naturalmente, às exportações. Ao longo dos anos, a EMAF tem vindo a diversificar a área de atuação para passar a incluir empresas fornecedoras dos mais diversos mercados. Como aconteceu esta evolução? Pretendemos conquistar uma vertente cada vez mais internacional, edição após edição, e destacamos que na edição de 2021 a EMAF abriu portas a visitantes e expositores oriundos de 57 países. Do balanço que temos vindo a obter, a presença das empresas estrangeiras surge pelo seu interesse no mercado português, tendo em conta o seu potencial. São variados os fatores que destacam o nosso país, nomeadamente: a localização geográfica privilegiada, as boas infraestruturas, a sua estabilidade macroeconómica, as reformas estruturais em curso, bem como as excelentes condições de investimento. Só podemos concluir que a perspetiva de futuro é muito favorável, na qual a economia nacional tem um potencial de crescimento significativo nos próximos anos. O número de fornecedores da indústria de plásticos também tem vindo a aumentar. Na sua opinião, que fatores levam estas empresas a interessar-se pela EMAF? A indústria dos plásticos enfrenta variados desafios face ao contexto atual, nomeadamente, na sequência do aumento dos preços da energia. A EMAF tem esta particularidade, de reunir os variados setores industriais para debater o presente e partilhar sinergias. Avançamos que temos tido um aumento significativo de empresas com equipamentos para a indústria de moldes e algumas empresas de plásticos e compósitos, com aplicação direta na indústria nos diferentes setores – o que favorece a indústria dos plásticos. Outro fator, é que as empresas procuram estar presentes pela abrangência que a feira tem no mercado ibérico. C M Y CM MY CY CMY K

ENTREVISTA 18 Otimização energética, digitalização, automação e inteligência artificial serão alguns dos tópicos em destaque Este ano, em que pavilhão vamos poder encontrar estas empresas? Estão concentradas, sobretudo, nos pavilhões 1 e 2. De forma a permitir uma visita mais profícua, a EMAF está dividida em quatro setores principais: máquinas e equipamentos para a indústria do metal; ferramentas manuais e elétricas consumíveis e equipamentos pessoais de segurança; indústria 4.0/5.0, automação industrial e robótica; soldadura. Para além destes setores, os visitantes podem encontrar um leque variado de soluções para quase todos os setores industriais. No total, quantos expositores diretos terá a feira? A 19ª edição da EMAF contará com mais de 430 empresas diretas. A percentagem de expositores internacionais mantém-se elevada? Sim, cerca de 20% das empresas confirmadas são internacionais, com uma forte presença espanhola. Quais são os temas fortes da edição? O tema que apresentamos este ano é ‘Transformação Digital’, com momentos de debate e reflexão sobre o futuro do setor. A otimização energética, a digitalização, a automação e a inteligência artificial serão alguns dos tópicos em destaque, permitindo às empresas apresentar soluções integradas que garantem o máximo desempenho e eficiência dos processos produtivos. Que tipo de tecnologias poderão os visitantes encontrar nos pavilhões da Exponor? Podemos avançar que alguns dos nossos clientes vão apresentar soluções inovadoras na área da eficiência energética, robótica, inteligência artificial, manufatura aditiva e realidade aumentada. Ao falarmos de tecnologia, não podemos deixar de destacar a plataforma digital E+E, enquanto apoio à feira física e uma das grandes apostas da Exponor. Esta ferramenta, que está sempre em constante evolução e atualização, foi pensada para criar um ecossistema global do setor e aproximar visitantes e expositores – mesmo antes de darmos início ao evento. Estão programadas atividades paralelas? Quais? Nesta 19ª edição temos previstas várias atividades paralelas à exposição, tais como conferências, workshops, entrega de prémios, entre outras. Avançamos ainda que alguns dos nossos clientes vão apresentar soluções inovadoras na área da eficiência energética, destaque que será apresentado durante a edição. O nosso site conterá a atualização de todas estas informações. Nos últimos anos, a EMAF realizou-se sempre no último trimestre. Que razões motivaram a alteração de calendário? Foi uma decisão tomada em prol do interesse manifestado pela maioria das empresas e ainda concertada com a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), parceiro oficial do evento. Preveemmanter estas datas nas próximas edições? Sim, vamos manter a realização da EMAF no final do primeiro semestre dos anos ímpares, alternando com a 360 Tech Industry – Feira Internacional 4.0, Robótica, Automação e Compósitos. n

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20 EMAF 2023: lotação esgotada com foco na transformação digital De 31 de maio a 3 de junho, todos os caminhos vão dar à Exponor. A celebrar a 19ª edição com lotação esgotada, a EMAF renova o título de maior feira industrial nacional e promete uma montra cheia de novas tecnologias, com forte aposta nas ferramentas de apoio à digitalização da indústria. Luísa Santos A interligação entre os vários equipamentos do chão de fábrica e o software de gestão, o armazenamento de grandes quantidades de dados na nuvemou a implementação de ‘digital twins’ são algumas das ferramentas passíveis de integração numa estratégia de ‘transformação digital’, que vai muito além da robotização e da automatização de processos, ainda que as inclua. A relevância do tema levou os organizadores a defini-lo como principal foco desta edição da EMAF. Amélia Estevão, diretora de Marketing da Exponor, explica que “este tema é cada vez mais uma realidade nas empresas europeias, com um grande impacto na forma como definem as estratégias futuras. São vários os benefícios desta evolução, desde a redução dos custos de produção e dos consumos energéticos, ao aumento da segurança e da qualidade e melhoria da eficiência dos processos”. Todos estes são fatores determinantes para a manutenção do bom desempenho da indústria metalomecânica nacional que, pouco a pouco, começa a investir em estratégias digitais. Outro desfio que a EMAF quer ajudar a colmatar é o da escassez de mão de obra. Para tal, a feira preparou a 2ª edição da ‘Bolsa de Emprego’, uma ferramenta online que apresenta oportunidades de emprego das empresas expositoras em diversas áreas do setor da indústria. Paralelamente, e “para garantir o contacto direto entre visitantes e expositores”, a feira disponibiliza a plataforma digital E+E EMAF, uma rede de networking que permite agendar reuniões, além de funcionar como um espaço de conferências e workshops online. Em 2021, a EMAF teve 390 expositores e recebeu cerca de 20 mil visitantes, oriundos de 57 países. Este ano, contam-se 435 expositores e é esperado um número superior de visitantes. Neste artigo, contamos-lhe o que poderá ver em alguns dos stands. BOLAS SA [PAVILHÃO 4, STAND D15] Distribuidor de máquinas e ferramentas para o mercado profissional desde 1965, a Bolas, SA volta a estar presente na edição de 2023 da EMAF com um stand de 180 m2, onde irá expor 10 das quase 30 marcas que representa em exclusivo no território nacional. Das novidades a apresentar, destaque para as rebarbadoras WVB 18 LTX BL 15-125 Quick e a NP 18 LTX BL 5.0 da Metabo, ambas a bateria. O futuro das ferramentas profissionais passa pelos equipamentos sem fio, pelo que nos últimos anos o fabricante alemão tem investido em tecnologias que permitem garantir um trabalho eficiente, com potências equivalentes às proporcionadas por máquinas elétricas. A WVB 18 LTX BL 15-125 Quick é uma rebarbadora de última geração, tão potente quanto uma rebarbadora elétrica de 1500 W. Caracteriza-se pelo motor sem escovas e semmanutenção, pela regulação da velocidade, que se mantém constante mesmo sob carga, travão do disco com paragemmuito rápida (1,5 segundos após desligar), troca do disco sem ferramentas, bateria rotativa para melhor ergonomia em qualquer posição de trabalho e um diâmetro do disco de 125 mm. Já a NP 18 LTX BL 5.0 é ideal para um trabalho rápido, comparável a equipamentos a ar comprimido.

21 Capacidade máxima: rebites em aço de 5 mm e em alumínio de 6 mm. Ambas as máquinas são fornecidas com mala metaBox, a solução inteligente de transporte e armazenamento e são compatíveis com todas as baterias de 18 V do Sistema CAS da Metabo: uma bateria para várias marcas e ferramentas. Da Telwin, estará em exposição a tecnologia Wave OS, presente numa vasta gama de aparelhos de soldar a fio em modo continuo, pulsado, duplo pulsado e multiprocesso. Desenvolvida para responder com sucesso às necessidades diárias do soldador, onde a competitividade, produtividade e qualidade são fundamentais. Os visitantes da EMAF poderão ver esta tecnologia em funcionamento, durante as sessões de demonstração previstas durante a feira. No âmbito industrial e da metalomecânica, a Bolas leva à EMAF a marca IMET. O fabricante italiano, no mercado desde 1968, produz serrotes de fita, serras circulares e serras circulares para alumínio com elevado nível de qualidade. Um dos destaques vai para o serrote semiautomático KS 652, o modelo mais recente da gama KS. Trata-se de um serrote de fita semiautomático de coluna dupla, concebido para corte de barras, tubos, perfis e outros trabalhos de metalúrgica até 60° à esquerda e à direita. O KS 652 utiliza um inovador sistema de fixação que permite bloquear o material apenas uma vez e girar o cabeçote em diferentes ângulos. ENSIS-AJ Series O laser de fibra inovador para todas as espessuras usando uma única lente Disponível com motores de 3, 6, 9 e 12kW desenvolvidos pela AMADA utilizando módulos de diodo de 3kW ou 4kW, a gama ENSIS-AJ aumenta notavelmente a sua produtividade. As versões de 6kW, 9kW e 12kW introduzem a tecnologia de Colimação Automática da AMADA, para um controle incomparável do ponto de feixe de laser. Combinado com a tecnologia de controle de feixe variável, original da AMADA para ajustar o modo de laser, este sistema permite processar diferentes materiais e espessuras com uma única lente de corte. A qualidade e as velocidades de processamento para materiais finos a grossos, bem como a perfuração de altíssima velocidade, fazem da ENSIS-AJ a máquina perfeita para aumentar sua rentabilidade. AMADA MAQUINARIA IBÉRICA Tel. + 351 308 809 511 Email: info@amada.pt www.amada.pt

22 FAGOR AUTOMATION [PAVILHÃO 3, STAND A19] O software Fagor Digital Suite vai estar em destaque na EMAF. Trata-se da solução de digitalização da Fagor que possibilita conectar as máquinas com os restantes sistemas produtivos e de gestão, captando todos os dados necessários e transformando-os em informação de valor para facilitar a tomada de decisões. Standard ou à medida das necessidades do cliente, esta solução é multimarca (compatível com os principais CNCs domercado), multiprotocolo (OPCUA, UMATI, MTConnet, MQTT, entre outros), e permite interoperabilidade de sistemas, HMIs standard ou personalizáveis de implantação rápida. Além disso, é escalável em equipamento e prestações, pouco intrusiva e cibersegura (ISO/IEC 15408:2009, ISO/ IEC 18045:2008 e CommonCriteria). O Fagor Digital Suite está desenhado para utilizadores que procuram dispor de indicadores para melhorar a disponibilidade e eficiência das suas máquinas, integrando informação de máquina, oficina técnica, de colaboradores, planificação, produção, etc., ou para fabricantes de máquinas que queiram gerir os seus ativos possibilitando, ainda, novos serviços sobre os mesmos. Proporciona uma série de ferramentas ao fabricante de máquinas que habilita a criação de novos produtos e serviços digitais. IGUS [PAVILHÃO 5, STAND B04] Desde a sua fundação em Portugal, há mais de 20 anos, a igus nunca falhou uma EMAF. Este ano, sob o lema ‘Enjoyneering - Liberte o seu poder de engenharia com diversão’, a empresa apresenta na feira as suas mais recentes novidades emmotion plastics: componentes isentos de lubrificação, automação low-cost e sustentabilidade. O visitante terá a oportunidade de conhecer alguns dos novos produtos físicos e digitais da igus, já apresentados este ano na Feira de Hanôver, e de conversar com os especialistas sobre as soluções mais adequadas para as suas aplicações com movimento. Produtos e serviços que reduzem os custos, ao mesmo tempo que melhoram a tecnologia. S3D [PAVILHÃO 3, STAND A22] A participação na EMAF 2023 marca um novo paradigma na atividade da S3D, que aposta agora em fornecer ao mercado “soluções integradas, conectadas entre si, desde a conceção, engenharia, produção até à validação final do produto”, refere João Ferreira, diretor executivo da empresa. Fruto de 30 anos de atividade como empresa de soluções integradas para engenharia e consultadoria industrial, nos últimos tempos, a S3D registou um crescimento orgânico com a admissão de novos quadros e um maior leque de soluções, que complementam e completam o portefólio da empresa. “Por essa razão, e no seguimento do novo modelo, consideramos crucial marcar presença nos maiores eventos do setor industrial, como a EMAF – Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços para a Indústria”, assinala o responsável. Reflexo do novo posicionamento de marca, a S3D participa na feira com um stand de design renovado. “Esta será uma oportunidade de, por um lado, demonstrarmos a nossa capacidade de fornecer soluções integradas, dando resposta a todas as fases do processo produtivo industrial, e, por outro, de beneficiarmos da partilha de novas tecnologias e inovações da indústria”, conclui. YAMAZAKI MAZAK [PAVILHÃO 1, STAND A20] Com sucursal em Portugal desde 2020, esta é a primeira participação da Mazak na EMAF. António Santos, gestor regional de Vendas, considera que esta é “uma clara demonstração do compromisso da empresa para com os clientes portugueses”. Com mais de 360 máquinas instaladas em Portugal, a Mazak conta com uma base de clientes em setores industriais muito diversos, e esta diversidade reflete-se na escolha das máquinas em exposição: o centro de maquinação de 5 eixos CV5-500 e o centro de torneamento QTE300MSY SG. “O CV5-500 é uma proposta extremamente interessante seja como porta de entrada para a maquinação de 5 eixos, seja como um reforço na produção para clientes experientes. Enquanto o centro de torneamento QTE-300 MSY SG é altamente versátil e adapta-se a diversos setores e aplicações”, afirma o responsável.

23 Uma das máquinas da Mazak em demonstração na EMAF 2023: o centro de maquinação CV5-500 equipado com o MA Robot. O CV5-500 é produzido na fábrica da Mazak, no Reino Unido, especificamente para o mercado europeu. O centro de maquinação de 5 eixos foi desenhado para alta performance em maquinação de alta velocidade com extrema precisão e um spindle super estável de 12000 rotações, armazém de 30 ferramentas e controlador Mazatrol SmoothX para programação ultrarrápida. Amáquina emdemonstração da EMAF estará equipada como MA Robot. Fácil de usar e programar, este robô permite otimizar os recursos do operador para que não perca tempo com operações repetitivas que geram pouco valor, como a troca de peças na máquina, aumentando assim a produtividade. Ao CV5-500 junta-se o QTE-300 MSY SG um torno de 2 eixos de alta velocidade e precisão equipado com uma bucha secundária, ferramentas motorizadas e eixo Y. Equipado com o mais recente controlador da Mazak, o Mazatrol Smooth EZ, que permite programar de forma ainda mais fácil e rápida. n Visite-nos na EMAF‘23 - Pav. 4, Stand D15 Serrote Semiautomático KS 652 IMPORTADOR EXCLUSIVO DESDE 1975 www.bolas.pt 650 x 450 | 2 colunas | poleias 520mm cortes -60º a +60º | variação velocidade O MAIS RECENTE DA GAMA KS

24 AUTOMÓVEL Indústria automóvel vai conhecer uma “reconversão violenta” nos próximos anos Esta é a conclusão de António Melo Pires, consultor com vários anos de experiência na indústria automóvel em Portugal e no Brasil, na apresentação que fez no XI Congresso da Indústria dos Moldes, decorrido nos dias 17 e 18 de março, em Oliveira de Azeméis, sob o lema ‘Moldar (n) um mundo em mudança’. Hélder Marques Na opinião de António Melo Pires, a mudança de paradigma na indústria automóvel vai fazer sentir-se emquatro fatores fundamentais: no produto, cuja conceção vai mudar; na forma como os mercados vão reagir; no novo paradigma demobilidade e nas mudanças dos hábitos do consumidor. No que diz respeito ao produto, a sua evolução vai girar em torno de “quatro grandes tendências: eletrificação, conectividade, reforço da tendência dos três R (reduce, recycle, reuse) e condução autónoma”. António Melo Pires dá o exemplo das baterias de iões de lítio atualmente em uso, com uma densidade de 200 kw/h. Para poderem vir a ter um mínimo de autonomia, a rondar os cerca de 450 quilómetros, que as tornem competitivas em relação aos veículos a gasóleo/gasolina, as baterias precisam de ter uma densidade energética de cerca de 500/600 kw/h. Para veículos pesados, essa densidade tem que ser de cerca de 1200 kw/h. Um objetivo que António Melo Pires acredita vir a ser atingido no próximo ano a ano e meio, com a tecnologia atual, e nos próximos três a quatro anos, com as novas baterias de estado sólido. Estas alterações nas baterias dos automóveis vão ter, e têm vindo a ter, um impacto no aumento no peso dos veículos, devido à maior incorporação de tecnologia, mas também ao aumento da dimensão por questões de conforto e segurança. Hoje, um carro de O XI Congresso da Indústria de Moldes contou com cerca de 400 participantes de mais de 100 empresas e entidades.

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26 AUTOMÓVEL dimensão média não pesa menos de 1200 quilos, quando na década de 60/70 pesava cerca de 600 quilos. Isto representa um grande desafio para a indústria de moldes, que tem de ser capaz de apresentar soluções que permitam diminuir o peso dos componentes utilizados no fabrico dos veículos. Aumentar autonomia, reduzir peso do conjunto e melhorar a segurança são os objetivos que devem orientar a indústria no curto e médio prazo. Além desta transformação das baterias, será necessário criar tambémuma “rede de recargas rápidas e comgrande capacidade”. Os postos atuais não chegampara o carregamento das baterias do futuro. E, acrescenta o especialista, “criar uma rede em que o condutor não tenha que esperar mais do que cinco minutos de recarga, que acho ser o limite admissível para se comparar com ummotor térmico. Vai ser um desafio. Aliás, autonomia, tempo de recarga e segurança serão alguns dos desafios do futuro”, sintetiza. Outra tendência no futuro da indústria automóvel vai ser a utilização de materiais reciclados e recicláveis, bem como a eliminação dematérias-primas de origem animal nos componentes automóveis. Como destaca o orador, “a criação das redes de recolha de reciclagem e reuso dos materiais vão ser fundamentais (…) o que, obviamente, terá um enorme impacto na indústria de moldes”, uma vez que grande parte dos materiais de plástico têm a limitação de não poderem ser reciclados muitas vezes. No que diz respeito aos veículos autónomos, o orador temmais dúvidas. Na verdade, sendo perfeitamente possível, hoje em dia, conduzir um veículo dentro de um ambiente controlado, “pensar num carro que substitua um condutor na sua integralidade, com a capacidade do cérebro humano de atuar, ainda está um pouco longe”, até porque “a capacidade computacional que é necessário ter dentro de um veículo para gerir toda essa informação ainda não existe”, referindo-se aos gastos energéticos que este tipo de solução exige e à sua incompatibilidade com a tendência atual de poupança de energia. Nesta medida, discorda do estudo da McKinzey que refere a condução autónoma como um dos vetores de crescimento da indústria automóvel até ao final da década, sentenciando que “vai acontecer, mas vai demorar bastante”. Apontando as previsões para umcrescimento, em termos globais, domercado automóvel nos próximos anos, na opinião de António Melo Pires este será “um crescimento assimétrico”, já que será difícil para os mercados europeu e sul-americano “crescer de forma sustentada”. E exemplifica com a subida dos preços dos automóveis em quase 50% no mercado sul-americano, nos últimos três anos. Fator que reduziu substancialmente o número de pessoas com rendimento suficiente para adquirir um carro. A mesma tendência verifica-se na Europa, devido ao aumento dos preços das matérias-primas, à subida dos custos de fabrico e ao aumento da procura face à oferta, sendo hoje “difícil encontrar um carro por menos de 20 mil euros”. Uma tendência que vai continuar, uma vez que os fabricantes automóveis têm feito avultados investimentos para a transição de mobilidade, que vão ser, inevitavelmente, repercutidos na estrutura de custos do fabrico automóvel. Por outro lado, António Melo Pires salienta a gradual alteração do paradigma de posse de umautomóvel. Mais do que ter um carro, que é cada vez mais questionado, as novas gerações preferem, crescentemente, modelos de usufruto automóvel que não impliquem a sua propriedade, aliado aos investimentos que têm sido feitos em redes de transportes públicos e à insustentabilidade dos tempos de deslocação excessivamenteelevados dos automóveis nas grandes cidades. Adicionalmente, “as políticas de proteção ambiental são outro fator de retenção” do crescimento do mercado automóvel. Todas estas alterações se traduzirão num novo paradigma de mobilidade futura caraterizada pela “conexão de vários tipos de transportes, sobretudo nas grandes cidades”. Diversa, conectada, elétrica e dotada de inteligência artificial, a mobilidade será “adaptada à necessidade momentânea”, prevê o consultor. Nesta perspetiva, a indústria de moldes encontra-se numa “encruzilhada bastante complicada”, motivada por vários fatores, como o reshoring, isto é, com a saída de várias indústrias da Ásia, para fugiremaos custos da cadeia logística. O problema é que os compradores de moldes não querem pagar mais do que têm pago na Ásia. É um outro desafio. Por outro lado, é convicção de António Melo Pires que “os volumes de grandes séries de carros vão ser mais reduzidos”, com a mobilidade dispersa por umamaior tipologia de veículos. Por isso, o consultor não espera que o mercado dos moldes cresça na Europa, nem na América do Sul, com a exceção possível do México, para onde se estão a deslocalizar grande parte das empresas que estão a sair da China. Na verdade, António Melo Pires, CEO da consultora MeloPires. Foto: Cefamol.

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