BM18 - InterMETAL

36 AUTOMATIZAÇÃO E ROBÓTICA “No Centro de Reparação, substituímos todas as peças desgastadas, limpamos e pintamos as superfícies e atualizamos o software para que as peças fiquem como novas”, explica Burkhard Molitor, responsável pelo Centro. Fanuc mostra como a indústria pode incorporar a sustentabilidade no seu conceito de negócio Enquanto muitas empresas europeias estão em plena mudança, a Fanuc, especialista japonesa em automatização, integrou desde o início o serviço, a reparação e a reciclagem ao longo da vida útil no seu modelo de negócio. A empresa concebe os seus produtos para serem duradouros e de fácil manutenção. Além disso, a Fanuc tem uma rede de assistência a nível mundial que inclui centros de reparação e armazéns de peças sobresselentes. O que, durante muitos anos, os utilizadores consideraram um dado adquirido como ‘bom serviço ao cliente’ está agora a tornar-se uma vantagem competitiva inesperada para a Fanuc, em grande parte porque as empresas industriais de todos os setores descobriram por si próprias a questão da sustentabilidade na produção. Esta estratégia começa com a neutralidade de CO2, estende-se à prevenção de resíduos e à reciclagem, e termina com a utilização a longo prazo do equipamento de produção. REEQUIPAMENTO EM VEZ DE CONSTRUÇÃO NOVA “Estamos a constatar que os nossos clientes estão a retromontar as suas linhas de produção com mais frequência, em vez de as construírem de raiz”, relata Martin Miksche, gestor de serviços da Fanuc Alemanha, que observa que a manutenção preventiva e a retromontagem de produtos mais antigos estão a aumentar. “Não é invulgar os nossos técnicos de serviço trabalharem em produtos Fanuc que são mais antigos do que eles”, acrescenta. O que acontece às coisas que avariam ou deixam de funcionar? Uma vez expirado o período de garantia, a resposta habitual é deitálas fora, entre outras soluções, porque uma reparação, normalmente, não é exequível nem comercialmente viável. No entanto, os tempos estão a mudar: a Comissão Europeia quer impor um ‘direito à reparação’ para telemóveis e tablets, de forma a proteger os consumidores e evitar o desperdício. Ao mesmo tempo, cada vez mais empresas procuram o objetivo de uma ‘economia circular’, na qual os produtos e as matérias-primas permanecem em serviço durante o maior tempo possível.

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