BF5 - iAlimentar

37 PESCADO Incluímos nestes dados, entre outros, as descargas e capturas de pescado, mercado dos produtos da pesca e estruturas organizativas, frota de pesca, indústria transformadora da pesca e aquicultura, comércio internacional e ainda dados relativos aos stocks e níveis de exploração. Em 2021, as exportações de ‘Produtos da pesca ou relacionados com esta atividade’ atingiram 1 120,9 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 22,3% face ao ano anterior (-15,6% em 2020), de acordo com os dados mais recentes incluídos nas ‘Estatísticas da Pesca 2021’, do Instituto Nacional de Estatística (INE) em colaboração com a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM). Esta evolução reflete uma recuperação face ao primeiro ano de pandemia Covid-19, acompanhando a globalidade das exportações de bens (+18,2%; -10,3% em 2020). Relativamente a 2019, as exportações destes produtos aumentaram 3,2%. Em2021, o défice da balança comercial dos ‘Produtos da pesca ou relacionados com esta atividade’ reduziu-se 59,1 milhões de euros, fixando-se em 949,0 milhões de euros. Esta evolução favorável resultou do maior aumento das exportações comparativamente com o acréscimo das importações. A taxa de cobertura aumentou 6,5 p.p. para 54,2%. POPULAÇÃO, FORMAÇÃO E SINISTRALIDADE Até 31 de dezembro do ano passado, estavam registados 14 917, pescadores, menos 407 (-2,7%) que em 2020. Do total de matriculados, 64,5% estavam inscritos na pesca polivalente, seguida dos segmentos do cerco (14,1%), do arrasto (10,8%) e por último, da pesca em águas interiores (10,6%). O número de apanhadores de animais marinhos e pescadores apeados mostrou um aumento global de 10,1%, em relação a 2020. O FOR-MAR realizou 537 ações de formação (mais 120 ações que em 2020), que envolveram7 249 formandos, mais 38,6% relativamente a 2020. Em 2021 foram registadas 2 vítimas mortais nas regiões do Centro e na R.A. dos Açores, menos 1 que em 2020. O número de feridos (718 em 2021) foi superior ao verificado em 2020 (mais 45), tendo o número de dias de incapacidade associados a estes sinistros aumentado em 2 973 dias (correspondente a 12,6% do total). QUASE 4000 EMBARCAÇÕES LICENCIADAS Em 2021 estavam licenciadas 3 894 embarcações, mais 14 que em 2020. A frota licenciada em 2021 equivaleu a 50,9% do número total de embarAUMENTO DO VOLUME DE CAPTURAS EM 2022 De acordo com o BoletimMensal da Agricultura e Pescas (elaborado com informação disponibilizada até 15 de julho de 2022), emmaio deste ano, o volume de capturas de pescado em Portugal aumentou 18,5% (-29,0% em abril), justificado pela maior captura de peixes marinhos (nomeadamente carapau e sardinha), bem como de moluscos e crustáceos. Às 12 570 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 33 930 mil euros, valor que representou um aumento de 30,6% (+0,7% em abril). Na R. A. dos Açores foram capturadas 709 toneladas de pescado, ou seja, um acréscimo de 14,9% (-18,2% em abril), sobretudo consequência da maior captura de atuns. Pelo contrário, as 984 toneladas da R. A. da Madeira representaram um decréscimo de 24,1% (+4,9% em abril), especialmente devido ao menor volume de captura de atuns. O volume de peixes marinhos capturados a nível nacional foi 10 702 toneladas e teve um aumento de 16,1% (-34,7% em abril). Para esta situação, contribuiu sobretudo o maior volume de carapau (+63,3%), com 3 621 toneladas, de sardinha (+49,0%), com 3 029 toneladas, devido ao Despacho nº 5126-A/2022, de 29 de abril de 2022, que determinou a reabertura da pesca da sardinha a partir do dia 2 de maio de 2022. Aumentou também a captura de peixe-espada (+3,7%), atingindo as 402 toneladas. Em contrapartida, registaram-se menores quantidades de cavala (-47,1%), com apenas 870 toneladas e de tunídeos (-26,2%), com 990 toneladas capturadas. O volume de crustáceos (199 toneladas) teve um aumento de 20,0%, devido principalmente ao maior volume de gamba branca, santola, perceve, lagostas e lavagantes e camarões. As 1 664 toneladas de moluscos representaram igualmente um acréscimo de 36,6%, sendo de destacar o maior volume de polvo, pota, lulas, amêijoas, cadelinhas e mexilhão. O preço médio do pescado descarregado foi 2,55 euros/kg, ou seja, um aumento de 9,2% (+43,1% em abril). O preço médio dos peixes marinhos (1,92 euros/kg) teve um acréscimo de 3,6%, que ficou em parte a dever- -se ao preço superior atingido por espécies como os atuns, a cavala, o peixe-espada e a sardinha. O preço médio dos crustáceos (12,81 euros/ kg) aumentou 9,9%, nomeadamente pelo maior preço atingido pela gamba branca e perceve. O preço dos moluscos (6,12 euros/kg) representou igualmente um incremento de 13,4%, devido essencialmente à subida de preço do polvo e choco, bem como de bivalves (casos do berbigão, amêijoas, cadelinhas e mexilhão).

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