BI311 - O Instalador

SEGURANÇA 76 EM ALTURA, PREVENÇÃO… E ENGENHO [13] Manuel Martinho Engenheiro de Segurança no Trabalho Continuação do número anterior. Nas soluções de proteção contra quedas em altura, no número anterior (O Instalador N.º 310), referenciaram-se as ancoragens e a Norma que lhe é aplicável a EN 795 sobre os requisitos para os dispositivos de ancoragem, aos quais se pode amarrar uma proteção individual, no que concerne ao tipo de forças que devem suportar e como devem ser testadas e certificadas. Como sabemos, sendo muito importantes as ancoragens, o risco de queda a nível diferente ou em altura é muito grave, está associado ao tipo de tarefa que se vai a executar, aos movimentos que o trabalhador deve efetuar, à presença de obstáculos na direção de queda, ao comportamento do equipamento, aos acessórios no caso de queda e à confortabilidade que proporciona. Pela grande variedade de equipamentos disponíveis no mercado e possibilidades de combinação em função dos objetivos, procedimentos específicos de segurança para cada situação devem ser elaborados e transmitidos aos trabalhadores que os devem conhecer, aplicar e controlar. Assim, sem pretender ser exaustivo neste artigo, foco-me na referenciação de Normas Europeias EN que podem contribuir para a prevenção neste tipo de trabalho de forma a encontrar as melhores soluções para cada caso que em concreto se depare. DISTÂNCIA DE QUEDA E FOLGA OU MARGEM DE SEGURANÇA Uma questão física a considerar na análise de risco de queda é a magnitude das forças envolvidas e a solidez das ancoragens. Limitar e assimilar sem danos a deformação mecânica provocada pelas cargas dinâmicas geradas no corpo humano, por retenção de queda, é um dos objetivos a ter presente. A distância livre de queda (DLQ) é a distância entre o ponto de ancoragem e o ponto de impacto do trabalhador no solo ou num obstáculo. DLQ = AT + ABS + CP + MS Já a distância de queda (DQ) obtém-se pela soma da altura do trabalhador desde o ponto de amarração deste até aos pés (AT), comprimento da corda de posição (CP), comprimento do absorvedor de energia ativado ou distendido (ABS), que corresponde à distância que o trabalhador irá percorrer desde o ponto onde se encontra ligado (preso) a um ponto de fixação até à interrupção da queda. Relacionando a distancia da queda (DQ), ou altura da queda, com o comprimento da corda de posição (CP) obteremos o Fator de Queda (FQ = DQ/ CP), valor de cuja análise dependem dois aspetos, a força de impacto (<6KN) e a severidade das lesões físicas no trabalhador suspenso após queda. A margem de segurança (MS), ou seja, a folga deverá ser igual ou superior a um metro para evitar que o trabalhador impacte com um obstáculo ou o solo. Trabalho em altura, infraestruturas elétricas. Espaço Livre de Queda.

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx