5 FIEC publica Relatório Estatístico 2024 A Federação Europeia da Indústria da Construção (FIEC) divulgou a 67.ª edição do seu Relatório Estatístico, uma publicação digital onde são apresentados os últimos números, tendências, dados e atividades da indústria da construção em 22 países europeus. 2023 foi um ano repleto de grandes desafios para o setor da construção, com o investimento na construção a diminuir a uma taxa de 2,2%. As perspetivas para o mercado da construção variam em toda a UE, com crescimento em alguns países e contração noutros. O relatório destaca as tendências preocupantes no setor da construção residencial, prevendo-se que a atividade de construção de casas diminua 5,7% este ano. Uma das maiores preocupações do setor da construção é a crise da construção de habitação. De acordo com os dados recolhidos pela FIEC, a construção de habitações deverá registar um decréscimo de 5,7% em 2024, após um declínio de 2,6% no ano passado. "As perspetivas são particularmente sombrias nos países nórdicos. Em muitos países da UE, as empresas queixam-se de que as medidas governamentais para fazer face à crise da habitação se revelaram insuficientes", explica Rüdiger Otto, vice-presidente da FIEC para os assuntos económicos e jurídicos. .Acrescenta ainda que a crise na construção de habitações “tem o potencial para afetar negativamente o emprego", com o número de pessoas empregadas e de empresas que operam no setor a diminuir em alguns países da UE. O relatório completo está disponível em www.fiec-statistical-report.eu. EDITORIAL O Epic Sana Marquês Hotel, em Lisboa, acolheu nos dias 15 e 16 de maio a Convenção 2024 da European Rental Association (ERA). O evento foi um grande sucesso em termos de participação e organização, reunindo na capital mais de 350 personalidades do setor europeu do aluguer. Através de um programa completo, composto por oradores de prestígio internacional, todos os participantes puderam ficar a conhecer a situação atual deste setor em franca expansão, que no nosso continente representa já um volume de negócios de 29.600 milhões de euros, bem como as principais tendências do mercado. Além do impacto positivo que a organização deste grande encontro setorial europeu teve para Portugal, é de realçar o papel preponderante que as empresas portuguesas tiveram durante o evento, evidenciando uma vez mais a importância crescente desta atividade na economia nacional. Apesar de se tratar de um mercado cujo volume de negócios ainda não ultrapassa os 700 milhões de euros, as taxas de crescimento previstas para os próximos dois anos são das mais elevadas da Europa. De facto, de acordo com um estudo da prestigiada consultora KPMG, tornado público durante a Convenção, a atividade de aluguer de máquinas e equipamentos em Portugal voltará a crescer cerca de 5% este ano e 6,5% em 2025. Neste contexto, a proposta lançada por Maria Luís Gameiro, gerente da empresa portuguesa de aluguer Speedrent, durante a inauguração do encontro, de criar uma associação portuguesa de empresas de aluguer para defender os interesses desta indústria junto da administração pública e garantir que o crescimento desta atividade se processa de forma ordenada e profissional, é mais necessária do que nunca. É preciso evitar a todo o custo que entidades pouco sérias, que não se preocupam com o sistema jurídico, tentem aproveitar-se de forma abusiva deste boom do aluguer, causando danos irreparáveis tanto ao mercado como às empresas que apostam no profissionalismo. Não há dúvida de que "a união faz a força", pelo que é fundamental que as empresas portuguesas de aluguer andem de mãos dadas para alcançar objetivos comuns. A EngeObras está disponível para colaborar em tudo o que o setor necessite para alcançar este objetivo. Aproveitamos esta oportunidade para felicitar os vencedores dos European Rental Awards 2024, muitos deles com uma forte ligação ao mercado português como a GAM, Kiloutou e JCB, bem como para reconhecer o trabalho que a empresa portuguesa Machrent tem vindo a realizar para promover o aluguer no território nacional. No final, a sua candidatura não foi a vencedora, mas certamente dificultou a tarefa dos membros do júri. Precisamos de uma associação portuguesa de empresas de aluguer
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