BO4 - Engeobras

2023/2 04 Preço:11 € | Periodicidade: Trimestral | Maio 2023 - Nº 4

info@elevacaosegura.pt Tel.: +351 935049130

Importador exclusivo SOCIMAVIS-COMÉRCIO E REPARAÇÃO DE MÁQUINAS, LDA ZONA INDUSTRIAL DE MUNDÃO, LOTE 6 | VISEU | +351 232 929 410 | geral@socimavis.com Visite o nosso site: www.socimavis.com

ATUALIDADE 6 EDITORIAL 7 Entrevista com Fernando Almeida, CEO da Centrocar 14 Moviter celebra 30 anos de parceria com a HCME 18 Conexpo mais ecológica supera todas as expetativas 20 Transgrua adquire a primeira grua móvel de construção Liebherr MK 73-3.1 Plus em Portugal 24 Especial Plataformas Elevatórias: trabalhos em altura com a máxima segurança e versatilidade 26 Últimas novidades em plataformas elevatórias 30 Apex e IRE 2023 com lotação esgotada 32 Edição, Redação e Propriedade INDUGLOBAL, UNIPESSOAL, LDA. Avenida Barbosa du Bocage, 87 4º Piso, Gabinete nº 4 1050 - 030 Lisboa (Portugal) Telefone (+351) 217 615 724 E-mail: geral@interempresas.net NIF PT503623768 Gerente Aleix Torné Detentora do capital da empresa Nova Àgora Grup, S.L. (100%) Diretora Luísa Santos Equipa Editorial Luísa Santos, David Múñoz redacao_engeobras@interempresas.net www.engeobras.pt Preço de cada exemplar 11 € (IVA incl.) Assinatura anual 44 € (IVA incl.) Registo da Editora 219962 Registo na ERC 127810 Déposito Legal 498357/22 Distribuição total +13.900 envios. Distribuição digital a +13.200 profissionais. Tiragem +700 cópias em papel. Edição Número 4 – Maio de 2023 Estatuto Editorial disponível em https://www.engeobras.pt/ EstatutoEditorial.asp Impressão e acabamento Gráficas Andalusí, S.L. Camino Nuevo de Peligros, s/n - Pol. Zárate 18210 Peligros - Granada (España) www.graficasandalusi.com Membro Ativo: Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos editoriais desta revista sem a prévia autorização do editor. A redação da Engeobras adotou as regras do Novo Acordo Ortográfico. Entrevista com Michel Petitjean, secretário-geral da European Rental Association (ERA) 34 Aluguer de máquinas e equipamentos: um mercado em crescimento 40 Stone Ibérica 2023: Em junho o centro do mundo da pedra natural está na Batalha 44 Energia alternativa: um ponto de viragem no setor mineiro 46 Ambigroup confia na gama de máquinas Liebherr para os seus projetos de reciclagem 50 Peças de reposição: sustentabilidade e redução dos tempos de inatividade 54 Robustrack, “o seu especialista em rastos e sapatas de borracha” 56 Soluções eficientes Bonfiglioli para aplicações apron e belt feeders 58 60 SUMÁRIO

6 MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER ATUALIDADE Construction Machinery Exhibition 2023 marcada para outubro, em Varsóvia Vai decorrer em Varsóvia-Nadarzyn, de 10 a 12 de outubro 2023, no Parque de Exposições e Congressos PTAK Warsaw Expo, a feira internacional de máquinas para a construção Construction Machinery Exhibition, um dos principais certames da especialidade na Polónia. A feira apresenta uma gama variada de equipamentos, nomeadamente máquinas e equipamentos para a construção civil; sistemas de andaimes; equipamentos de elevação e de movimentação; construções metálicas e elementos estruturais para construção de edifícios de grandes volumes; ferramentas pneumáticas; ferramentas para a construção; ferragens e acessórios de fixação; peças sobresselentes para máquinas e equipamentos para a construção civil, entre outros. Estão previstos vários debates e conferências paralelas, bem como momentos de networking com reuniões B2B. A feira internacional de ferramentas, Tools & Hardware Show, decorre em simultâneo, no mesmo recinto. Em 2022, os dois certames em conjunto contaram com a participação total de 380 expositores de vários países e 15 mil visitantes profissionais. Haulotte Ibérica e Haulotte Itália obtêm tripla certificação ISO As subsidiárias Haulotte Ibérica e Haulotte Itália acabam de obter a tripla certificação ISO 9001:2015, ISO 14001:2015 e ISO 45001:2018. Em apenas um ano, as duas empresas obtiveram os seus certificados, um tempo muito curto considerando o trabalho realizado na melhoria de processos. "Durante a auditoria, sentimos realmente o compromisso diário das equipas das subsidiárias em implementar uma melhoria contínua. As duas subsidiárias acostumaram-se a usar as ferramentas e processos YOG (Yello Operational Goals) no seu trabalho diário. Outro destaque dos auditores é a forma como a satisfação do cliente orienta os planos de ação das duas filiais”, diz Bérenger Dudek, diretor de Qualidade, Segurança e Ambiente da Haulotte. Para obter a tripla certificação, as equipas implementaram algumas ações específicas, como reforçar a rastreabilidade de segurança e ambiental de todas as atividades e promover o processo de integração de novas contratações. Nicola Violini, gerente da Haulotte Itália, destaca: “Conseguimos esta certificação porque implementamos processos que melhoram o nosso impacto ambiental. Entre estas ações, podemos citar a instalação de um sistema de lavagem em circuito fechado, a implantação de uma série de melhorias com o objetivo de reduzir o consumo de energia com metas anuais e aumentar a parte reciclável dos resíduos da empresa. Também iniciámos uma monitorização constante da nossa pegada de carbono e das emissões de todas as máquinas que usamos e vendemos”. O objetivo do Grupo Haulotte é ver todas as suas entidades, incluindo as 21 filiais, triplamente certificadas. Este objetivo será alcançado progressivamente no âmbito da harmonização dos seus processos. Da esquerda para a direita: Stefano Medici, CFO, Larbi Ait Tarmi, diretor de Operações, Giovanni Zaccaria, diretor de Serviços e Nicola Violini, gerente da Haulotte Itália. Construction Machinery Exhibition 2022.

7 ANIET promove digitalização do setor da pedra natural A Associação Nacional da Indústria Extrativa e Transformadora (ANIET) vai levar a cabo um conjunto de sessões de divulgação de estudos realizados no âmbito do projeto Pedra + Sustentável e de ferramentas como o ‘Guia sobre a Pedra Natural no Paradigma da Indústria 4.0’, cujo objetivo é capacitar as empresas do setor para a digitalização dos processos de gestão. As ações passam, também, pela transmissão de conhecimentos para a utilização de plataformas como a ANIETSoftGeo, lançada em fevereiro deste ano. “A realização destas atividades prende-se com a necessidade de consciencializar empresários e gestores do setor da pedra natural para a urgência de adaptarem os seus modelos de negócio ao paradigma da transformação digital, de apostarem na criação transversal de valor dentro das organizações e de cada vez mais teremde profissionalizar as suas empresas, rumo a um crescimento sustentado e competitivo”, adianta a ANIET. “Boa parte das empresas não se encontra sensibilizada para a temática da indústria 4.0, e não possui internamente recursos e competências necessárias para efetuar uma transição autónoma para este novo paradigma, pelo que se entende como necessário encontrar formas de alavancar a sua adaptação e, assim, reduzir assimetrias de evolução tecnológica e digital, que hoje são evidentes no tecido empresarial do setor”, conclui a associação. O projeto Pedra + Sustentável é cofinanciado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e Feder. EDITORIAL Nos últimos meses, as duas principais empresas de aluguer europeias concluíram operações de peso para se estabelecerem e crescerem no mercado português. A primeira foi a Kiloutou, que em novembro do ano passado anunciou a compra do Grupo Vendap para entrar num país onde ainda não operava. Há 40 anos que o Grupo Vendap se afirma como uma referência no aluguer de equipamentos emPortugal, comuma quota de mercado estimada em 18% e uma vasta gama de produtos, incluindo geradores, plataformas elevatórias, unidades modulares e casas de banho portáteis. Os seus 340 colaboradores operam uma rede de oito delegações em todo o território nacional, servindo pequenos e grandes clientes nacionais nos setores da engenharia civil, construção e serviços públicos. Apenas três meses depois, o Grupo Loxam fechou a compra da HR - Aluguer de Equipamentos, ao Grupo GHP Investimentos - SGPS, S.A., outra grande referência no mercado do aluguer, presente em Portugal desde 1990. Com esta operação, a LoxamHune, filial ibérica do grupo francês, conseguiu completar a sua rede no Sul do País, passando a oferecer cobertura nacional através de uma rede consolidada de seis sucursais, que pretende continuar a aumentar, como ficou claro na sua Convenção deste ano. Estas duas operações evidenciam, mais uma vez, a tendência imparável de que o aluguer de máquinas continua a ganhar terreno no mercado graças às suas inúmeras vantagens. Para além dos benefícios fiscais obtidos por quem recorre a esta solução, é uma opção que facilita a adaptação contínua à procura (para cobrir picos de atividade, por exemplo). Além disso, permite dispor do equipamento mais adequado a cada aplicação (o que melhora o desempenho), usufruir sempre da mais recente tecnologia lançada nomercado pelos fabricantes (com o que isso significa em termos de eficiência, segurança, emissões, conforto...), controlar os custos operacionais e dispor sempre demáquinas emboas condições, semnecessidade de manutenção (evitando assim paragens não planeadas e, se o equipamento avariar, podendo substituí-lo por outro no mais curto espaço de tempo possível). O potencial deste mercado é enorme, como, aliás, tem sido demonstrado ao longo dos anos nos países anglo-saxónicos e do Norte da Europa. Agora, é a vez de Portugal o aproveitar. Estamos a falar de um setor que, segundo dados da European Rental Association (ERA), já contribui com cerca de 25,7 mil milhões de euros para os cofres da UE, com um crescimento muito significativo nos últimos anos. Por isso, não nos devemos poupar a esforços para estabelecer bases sólidas que permitam promover cada vez mais esta atividade no nosso mercado. Ainda mais quando vemos que o aluguer pode ser o aliado perfeito para continuarmos a aumentar os rácios de compromisso ambiental e a digitalização no setor da maquinaria. As empresas deste setor estão a dar cartas em ambas as tendências, a nível mundial, pelo que, aproveitemos este impulso. O aluguer derruba barreiras

8 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Prémio Nacional de Arquitetura emMadeira Estão abertas as candidaturas para a 7ª edição do Prémio Nacional de Arquitetura em Madeira, o PNAM’23. Candidaturas decorrem até 29 de junho. O PNAM – Prémio Nacional de Arquitetura em Madeira, com periodicidade bienal, tem como objetivo incentivar e promover a fileira florestal portuguesa através da inovação, valorização, circularidade, promoção e utilização da madeira e seus derivados na arquitetura e construção. Destina-se a premiar obras com carácter permanente, realizadas em Portugal, que evidenciem o uso da madeira como material relevante na Arquitetura e que sejam da autoria de arquitetos inscritos na Ordem dos arquitetos. Na edição do PNAM’23 podem candidatar-se obras concluídas entre 1 de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2022. As candidaturas podem ser apresentadas até 29 de junho de 2023. Todas as informações e documentos de candidatura estão disponíveis no website https://pnam.pt/pnam-23/ Metro do Porto lança concurso público internacional para a construção da linha Rubi Foi lançado oficialmente, a 10 de maio, o concurso público internacional para a empreitada da linha Rubi do Metro do Porto, que inclui uma nova ponte sobre o Douro. Prazo para apresentação de propostas termina a 17 de julho. Em declarações à imprensa, Tiago Braga, presidente do conselho de administração na Metro do Porto, manifestou a intenção de “começar as obras durante o quarto trimestre de 2023”. O responsável estima que, considerando o prazo previsto para os trabalhos na nova ponte, os concorrentes venham a ter de incluir nas propostas duas frentes de obra, uma na estação de Santo Ovídio e outra na estação das Devesas. A linha Rubi ligará a Casa da Música, no Porto, a Santo Ovídio, em Gaia, e terá um custo total de 435 milhões de euros, dos quais 299 milhões têm financiamento garantido pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A construção terá de estar finalizada até meados de 2026. Bobcat recebe prémio World Changing Ideas 2023 A Bobcat é uma das vencedoras do prémio World Changing Ideas de 2023, da Fast Company, com a primeira carregadora de rastos compacta totalmente elétrica do mundo. O World Changing Ideas de 2023 homenageia projetos sustentáveis, produtos inovadores, iniciativas sociais ousadas e outras ideias criativas com potencial para mudar a forma como trabalhamos, vivemos e interagimos com o mundo. A carregadora elétrica Bobcat T7X foi premiada na categoria de Transporte, finalista na categoria Excelência Geral e obteve uma menção honrosa na categoria América do Norte. A T7X é a primeira da sua classe a eliminar todos os sistemas hidráulicos e emissões. Totalmente alimentada por bateria, foi projetada para uma pegada de carbono reduzida e uma experiência mais silenciosa no local de trabalho, mas também foi construída para superar os seus equivalentes a diesel. Esta solução revolucionária e totalmente livre de emissões foi criada para transformar a maneira como o mundo gere os estaleiros de obras, constrói cidades e pensa num futuro sustentável, ao mesmo tempo que aumenta o poder e a produtividade em obra. O World Changing Ideas Awards deste ano conta com 45 vencedores, 216 finalistas e mais de 300 menções honrosas, com saúde, clima, energia e IA entre as categorias mais populares. Um grupo de escritores e jornalistas da Fast Company selecionou os vencedores e finalistas entre mais de 2200 inscritos. Carregadora de rastos compacta totalmente elétrica Bobcat T7X.

9 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Nova edição dos 50 Desafios de Inovação da IP A Infraestruturas de Portugal (IP) está a promover o programa de inovação aberta ‘50 Desafios de Inovação’, lançado pela primeira vez há quatro anos. Esta nova edição do programa mantem os objetivos originais de assegurar uma constante e importante ligação entre as necessidades da IP e as propostas de parcerias de inovação da comunidade científica e tecnológica, mas define como prioridade a procura de novas soluções aplicáveis às infraestruturas rodoviárias e ferroviárias nacionais. A IP assume-se assim "como um parceiro estratégico, com a missão de contribuir, de forma proativa, para o desenvolvimento de atividades de inovação que venham a ser concebidas e/ ou realizadas em Portugal”. Trelleborg Wheel Systems junta-se à The Yokohama Rubber A empresa The Yokohama Rubber Co., Ltd. adquiriu a Trelleborg Wheel Systems, do Grupo Trelleborg, por 2074 milhões de euros. Com a junção, a marca passa a operar sob o nome Yokohama TWS. Com sede em Hiratsuka, no Japão, a The Yokohama Rubber Co., Ltd. é uma das principais fabricantes mundiais de pneus e outras aplicações ligadas à borracha, como correias transportadoras, mangueiras, acoplamentos e acessórios marítimos. Opera emmais de 120 países, conta com 28 mil colaboradores em todo o mundo e, em 2022, registou 860,5 mil milhões de ienes de faturação (aproximadamente 6 mil milhões de euros). Esta aquisição permite à The Yokohama Rubber Co., Ltd. consolidar a sua posição no mercado, tornando-se líder global no segmento de pneus off-road coma adição das marcas Trelleborg, Mitas, Maximo, Cultor e a rede de serviços Interfit ao seu portefólio. A Yokohama TWS continuará a comercializar os mesmos produtos e a operar sem alterações na sua estrutura organizacional. Prémio Nacional de Engenharia: candidaturas até 30 de setembro O Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Engenheiros criou o Prémio Nacional de Engenharia (PNE), uma distinção que visa reconhecer personalidades com atividade e percurso de reconhecido mérito na engenharia. Trata-se do primeiro prémio destinado exclusivamente aos engenheiros, de forma individual, e será igualmente um dos mais relevantes prémios nacionais a nível pecuniário, com um valor de 50 mil euros. O PNE destina-se ao reconhecimento dos membros efetivos da Ordem dos Engenheiros que, de forma individual, se tenham destacado no panorama nacional e internacional e que, pela sua atividade no domínio da engenharia, tenham contribuído para a valorização da profissão de engenheiro. O prémio tem ainda como objetivo principal, a promoção e divulgação de realizações nos diversos ramos da engenharia, que se tenham destacado no país e no estrangeiro, nas áreas de estudos e projetos, inovação, investigação, implementação, planeamento, bem como dos seus impactos no desenvolvimento económico e social. Este prémio é atribuído por deliberação de um júri, cujos membros são nomeados pelo Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Engenheiros.

10 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Mota-Engil inicia obras do Metro de La 80 emMedellín, Colômbia Decorreu no dia 28 de abril a cerimónia de assinatura do protocolo que marca o início das obras do Metro de la 80, em Medellín, Colômbia, a cargo da portuguesa Mota-Engil. O evento contou com a presença do Ministro dos Transportes colombiano, Guillermo Reyes, do alcaíde de Medellín, Daniel Quintero, e do diretor-geral do Metro de Medellín, Tomás Elejalde. O projeto de 13,5 Kmda linha de metro, entre as estações de Caribe e Aguacatala, está a cargo do consórcio formado pelas empresas CRRC (Hong Kong) Co. Limited, MotaEngil Engenharia e Construção S.A. (Sucursal Colômbia) e Mota-Engil Colombia S.A.S. A obra civil está a cargo da empresa Mota-Engil, cabendo à CRRC (Hong Kong) o fornecimento das carruagens de metro. A linha de Metro de La 80 tem um custo estimado de cerca de 672 milhões de euros, sendo cofinanciado em 70 por cento pelo Governo Nacional colombiano e 30 por cento pelo Distrito de Medellín. Setor da construção é responsável por 40% das emissões anuais de carbono Estudo da BCG e do WEF refere que o cimento é responsável por aproximadamente 30% das emissões de carbono provenientes da produção de materiais usados na construção. A modernização e construção de edifícios e infraestruturas, embora seja benéfica para a economia mundial, é responsável por 40% das emissões anuais de carbono a nível mundial, correspondente a cerca de 15 gigatoneladas (Gt). Esta foi a principal conclusão do estudo ‘Scaling Low-Carbon Design and Construction with Concrete: Enabling the Path to Net-Zero for Buildings and Infrastructure’, realizado pela Boston Consulting Group (BCG) com o World Economic Forum (WEF). O relatório aponta que, sem atuação proativa, este número deverá crescer, reduzindo o impacto dos esforços de descarbonização em outros setores. O documento revela que a produção de materiais de construção é responsável por cerca de 15 a 20% das emissões em edifícios e 50 a 60% na construção de infraestruturas, embora os valores variem de acordo com cada projeto. Sendo que o cimento se destaca, representado cerca de 30% das emissões destes materiais e 7% das emissões globais de carbono consequentemente. Pelo que, e segundo o estudo, para reduzir a pegada ecológica dos edifícios e infraestruturas, é necessário analisar o fabrico e utilização do cimento. Para resolver esta questão o estudo aponta uma estratégia dividida em sete partes, capaz de ajudar clientes, governos e empresas nas áreas de arquitetura, engenharia e construção a ultrapassar os desafios sistémicos que impedem a construção de ser uma indústria com baixo teor de carbono. 1. Avaliar de forma consistente as emissões durante o ciclo de vida, obtendo dados detalhados ao nível do produto (DPE) que ajudem a tomar decisões incorporando as emissões de carbono nas mesmas. 2. Envolver as diferentes entidades da cadeia de valor, melhorando a visibilidade da cadeia de abastecimento e compreendendo as capacidades e restrições dos diferentes parceiros. 3. Reduzir o risco através da testagem e projetos-piloto, acompanhando a performance de soluções com baixo teor de carbono e envolvendo clientes e organizações relevantes na atualização de códigos e normas. 4. Evoluir o modelo operacional, dando prioridade à implementação e medição de soluções com baixas emissões. 5. Sinalizar aos mercados a ambição de redução carbónica, pressionando assim os elementos a jusante na cadeia de valor para investirem em tecnologias e processos produtivos que permitam atingir essa ambição. 6. Incorporar níveis de emissão no procurement e estabelecendo metas de redução da pegada ecológica, incrementado assim o sourcing proveniente de materiais verdes. 7. Estabelecer políticas públicas de apoio que acelerem o progresso e que incentivem a adoção de soluções geradoras de menos emissões.

PALFINGER.COM Solução PALFINGER chave-na-mão com ENTREGA IMEDIATA. Mais informação: comercial@palfinger.com TURNKEY SOLUTIONS LIFETIME EXCELLENCE

12 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.ENGEOBRAS.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Obras públicas iniciam 2023 com evolução favorável Números divulgados pela AICCOPN indicam, no primeiro trimestre do ano, um aumento de 60% face ao mesmo período em 2022. Foram divulgados os dados referentes ao mercado das obras públicas relativos ao primeiro trimestre do ano. Segundo o Barómetro das Obras Públicas, divulgado pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas – AICCOPN – nos primeiros três meses do ano o número de concursos de obras públicas promovidas aumentou 60%, fixando-se em 1464 milhões de euros. Em 2022 o mercado tinha registado 913 milhões de euros. O Barómetro aponta ainda que, até o final de março, o volume total dos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados e objeto de reporte no Portal Base até ao passado dia 15 de março, totalizou 598 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 45 em termos de variação homóloga temporalmente comparável. Já no que concerne aos contratos de empreitadas celebrados no âmbito de concursos públicos estes situaram-se nos 463 milhões de euros. Valor que, segundo a análise da AICCOPN, representa um aumento de 47% face ao apurado no período homólogo do ano transato. A associação aponta ainda que os contratos celebrados em resultado de Ajustes Diretos e Consultas Prévias totalizaram 84 milhões de euros nesse período, mais sete que o registado nos primeiros três meses de 2022. GAM cresce 20% no primeiro trimestre do ano A GAM apresentou os resultados da evolução do seu negócio no primeiro trimestre de 2023. A multinacional atingiu, neste período, um volume de negócios de 59,9 milhões de euros, o que representa um crescimento de 20% face a 2022, ano em que arrecadou 49,9 milhões de euros em receitas. Este crescimento é acompanhado por uma melhoria da rentabilidade, com o EBITDA a atingir os 15,2 milhões de euros (+26%), apesar do impacto da inflação nos custos. O EBIT também cresceu +86%, para 4,2 milhões de euros (7% das vendas). Todas as linhas de negócios apresentam dados positivos de crescimento. O recorrente ou de longo prazo é o que regista a subida mais positiva: aumenta 36% e já representa uma receita de 14,8 milhões de euros em 2023, com um peso no negócio total de 25%. A área de negócio sem CAPEX (aquelas que não requerem estrutura e capital adicional, como distribuição, compra e venda, manutenção, formação, ...), cresceu +15% com receitas de 21,6 milhões de euros e representa 36% no total de negócios. Por fim, a linha de negócios de aluguer e serviços cresceu +16%, atingindo 23,4 milhões e representando 39% da receita total. De destacar ainda o crescimento inorgânico do grupo neste primeiro trimestre do ano, através da integração da Carretillas Mayor, uma empresa de Valladolid com mais de 30 anos de experiência, especializada em serviços de aluguer e manutenção para todos os tipos de movimentação, equipamentos de elevação, pontes rolantes e AGVs, com um parque de máquinas de 3 mil unidades. Esta operação consolida a presença na Península Ibérica de ambas as entidades. O crescimento do negócio é acompanhado por uma melhoria da rentabilidade, com um EBITDA de 15,2 milhões de euros (+26%), apesar do impacto da inflação nos custos.

www.pramac.com www.generacmobile.com OLHAMOS PARA UM FUTURO MAIS BRILHANTE E MAIS SUSTENTÁVEL GRUPOS ELETROGÉNEOS Soluções de aluguer Normativa Stage V Versões híbridas SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA Baterias OPzV-S e Lítio Conectividade remota 0 ruído e 0 emissões TORRES DE ILUMINAÇÃO MÓVEIS Modelos diesel, eléctrico, híbrido e solar Normativa Stage V Focos LED G4 & Hyper GRW60 HY 30/24Li Gerador Híbrido V20 PROTorre de iluminação “5-em-1” LX 45/90Pack de baterias

ENTREVISTA Fernando Almeida, CEO da Centrocar. 14 FERNANDO ALMEIDA, CEO DA CENTROCAR “A Develon é uma grande oportunidade para reforçar a notoriedade da marca” Lucas Manuel Varas Vilachán Em 1973, nascia em Portugal a Centrocar, vocacionada para o comércio e assistência técnica de viaturas pesadas e ligeiras e máquinas industriais usadas. No dia 10 de maio, a empresa completou meio século de vida como um dos maiores distribuidores de máquinas da Península Ibérica. Estas cinco décadas ficammarcadas por acontecimentos importantes na história da empresa, como a entrada no mercado espanhol, em 2000, a abertura da sucursal de Madrid, em 2003, e o investimento no mercado africano, no final dessa década: Angola em 2008 e Moçambique em 2011. A Centrocar não é notícia apenas pelo seu 50º aniversário. Desde o dia 18 de janeiro, um novo nome surgiu com força no setor: Develon. Entre as várias marcas que distribui, desde 1997 o nome Centrocar está intimamente associado à Daewoo, que desde 2005 se tornou Doosan. Após o anúncio da aquisição da Doosan Infracore pela Hyundai Heavy Industries em agosto de 2021, o nome da marca sob a holding Hyundai Genuine permaneceu desconhecido. As dúvidas foram esclarecidas no início

ENTREVISTA 15 do ano com a apresentação da Develon, a nova marca com a qual a fabricante coreana quer dar um novo salto. Fernando Almeida, CEO da Centrocar, fala nesta entrevista sobre como a empresa chega a este 50º aniversário, enfrentando dificuldades com muito sucesso, e o que podemos esperar da Develon no futuro. Como foi 2022 e este início de 2023 para a Centrocar, em termos de vendas? O ano passado foi o segundo melhor ano de vendas do Grupo Centrocar, apenas superado por 2007. Aumentámos as vendas em 11,8 milhões de euros, repartidos igualmente entre África e Ibéria. Em Portugal crescemos 12,5% e em Espanha 10,1%. O primeiro trimestre de 2023 está acima das nossas expectativas nos quatro mercados em que estamos presentes, embora tenhamos notado um abrandamento da procura na Península Ibérica. Que setores tiverammelhor desempenho? Na Península Ibérica, construção e florestal, e em África, obras públicas, minas e agricultura. Como lidaram com os aumentos dos custos e as tensões na cadeia de distribuição? Este foi o nosso maior desafio em 2021 e 2022. De 2018 a 2022, os preços subiram até 30% e foi impossível refletir esse aumento integralmente no mercado. Por isso, fizemos um importante trabalho interno para refinar os nossos processos comerciais de vendas, pós-venda, logística e compras, de forma a absorver a parte do aumento de preço que não foi passado para o cliente e, assim, não comprometer a nossa margem de lucro líquido. A situação da cadeia de distribuição e os prazos de entrega estão normalizados? Não, ainda enfrentaremos muitos desafios nos próximos dois anos. O problema da disponibilidade de componentes permanece e apenas os fabricantes com uma grande percentagem de peças em stock podem geri-lo com maior sucesso. Representammarcas que fazem investimentos significativos em I&D. Como é que o mercado está a aceitar esta crescente incorporação de tecnologia nas máquinas? A aceitação dos clientes é positiva, pois toda essa nova tecnologia melhora a eficiência da máquina ou melhora a eficiência e segurança do operador. Estas melhorias geralmente têm um reflexo no preço. Quando falamos de uma marca líder, os clientes aceitammais facilmente estes aumentos de preço, já que são economicamente fortes. Para marcas mais económicas, os clientes têm mais dificuldade em pagar mais por estes novos recursos, porque são altamente sensíveis ao preço e podem não dar tanto valor ao impacto positivo de custo que a nova tecnologia pode ter. A Centrocar abriu a sua filial em Madrid em 2003.

ENTREVISTA 16 A indústria está a apostar fortemente na eletrificação. Sentem um aumento da procura deste tipo de equipamento por parte dos vossos clientes? Neste momento, nos mercados onde estamos presentes não estamos a sentir uma grande procura de máquinas elétricas, mas a curto e médio prazo estou certo que esta tendência será uma realidade na Península Ibérica. Geralmente, estas tendências começam nos países mais sensíveis à ecologia, como os do norte da Europa, que também são os mais ricos, e só atingem os países do sul quando impostos pela legislação ambiental. A Centrocar está presente em África há 15 anos, primeiro em Angola e depois em Moçambique. O que nos pode dizer sobre estes mercados? O seu ciclo de vendas é muito diferente de outros territórios? Em África há muitas oportunidades de crescimento e muitos problemas a enfrentar para alcançá-lo. Os desafios são inúmeros: recrutar bons recursos humanos nativos, conhecer a complexa legislação local, encontrar soluções para flutuações cambiais e fontes de financiamento e integrar as diferenças culturais. Estes desafios são tão difíceis de gerir e, às vezes, de entender, que a empresa precisa de ter muitas competências internas para ser bem-sucedida. Apesar de estarmos a atravessar momentos difíceis em ambos os países, a experiência global em África é claramente positiva e satisfatória. Em Angola somos líderes de mercado no segmento da construção, em Moçambique somos líderes de mercado na agricultura e fomos nomeados pela KPMG como a melhor empresa de 2020. Fazer negócios em África é completamente diferente de fazer negócios na Península Ibérica, mas depois de 15 anos de presença, estamos preparados! 2023 é um ano importante para a Centrocar, com a celebração dos seus 50 anos. Que eventos planearam para esta comemoração? A Centrocar completou 50 anos no dia 10 de maio e vamos realizar umevento comtodos os colaboradores, emsimultâneo nas nossas quatro geografias. O nosso objetivo é celebrá-lo com as nossas pessoas, porque elas são uma das principais razões do nosso sucesso. Além disso, haverá um jantar no Porto para os nossos principais fornecedores e umdia aberto para os nossos clientes. Tambémrealizaremos algumas ações de comunicação junto dos meios de comunicação. Quais considera serem as maiores conquistas da empresa neste meio século de atividade? Como grandes conquistas, destaco o fato de a Centrocar se ter tornado um ótimo local de trabalho para os nossos colaboradores, uma referência para os nossos fornecedores, uma empresa de confiança para os nossos clientes e motivo de orgulho para os proprietários. Com tudo isto em conjunto temos vindo a alcançar resultados notáveis, como a eleição para melhor empresa de Moçambique em 2020, ser o número 1 em vendas de escavadoras de Em janeiro de 2023, foi revelada a Develon, a nova marca de equipamentos Doosan.

ENTREVISTA 17 lagartas e rodas na Península Ibérica em 2021, ser líder por três anos consecutivos em Portugal em vendas de maquinaria pesada. De destacar também que, ao longo destes 26 anos como revendedores da Develon (Doosan), fomos várias vezes nomeados Revendedor do Ano na Europa. Com estes 50 anos de experiência, como imagina o futuro da Centrocar? Imagino a Centrocar a ser um grupo de 100 milhões a curto prazo e a expandir a sua atividade a mais países. A alteração da marca Doosan Infracore para Develon gerou um grande burburinho no setor. Emque é que esta alteração se reflete? A mudança de nome é claramente uma oportunidade para reforçar a notoriedade da Develon, posicionando-a como uma marca que continua a manter todos os padrões de qualidade da Doosan, mas que quer ser conhecida pela sua capacidade de inovar e introduzir novas tecnologias nesta indústria. Depois de algum ruído inicial sobre a fusão da Doosan com a Hyundai ou o fim da Doosan, o lançamento da Develon foi claramente um sinal de que a Doosan/Develon estará no mercado por muito tempo. Até agora, nenhuma decisão estratégica cruzada foi tomada entre a Develon e a Hyundai CE, nem tal afectou o nosso trabalho diário normal. As marcas encontram-se perfeitamente divididas no seio da Hyundai Genuine. Como é que a Develon irá conviver com a marca Hyundai Construction Equipment? A Develon não pertence à Hyundai Construction Equipment, e sim à Hyundai Genuine, a Holding da Hyundai HD que administra o negócio de equipamentos de construção. Isto significa que ambas as marcas coexistirão no mercado, com diferentes administrações, fornecedores, fábricas e rede de concessionárias. Partilham o mesmo dono, que certamente encontrará na aquisição de matérias-primas e componentes, na logística e na produção, formas de encontrar as vantagens que estiveram por trás desta compra. Quais são os próximos passos nesta mudança de marca? Além das campanhas massivas de comunicação que estão a ser desenvolvidas nas redes sociais e da apresentação na Conexpo, o passo mais importante e sensível de todos será quando as máquinas começarem a aparecer no mercado com a marca Develon. Quando veremos os primeiros modelos com 'Develon' no chassis, na Península Ibérica? As primeiras máquinas a incluir a marca Develon foram entregues em abril. Até ao final do ano todos os componentes utilizados nas máquinas levarão a marca Develon. Como é que os clientes de uma marca tão reconhecida como a Doosan receberam esta mudança? Teve algum feedback após a apresentação da marca na Conexpo? De momento, os clientes estão a aceitar muito bem esta mudança. Eles entendem que Develon é claramente uma continuidade de Doosan. Qualidade, preços, design, rede, equipa, nada mudou. O anúncio de 18 de janeiro da mudança de nome de Doosan para Develon dissipou muitos rumores sobre o futuro incerto da Doosan. Na Conexpo, a Develon esteve numa localização perfeita, perto de todas as marcas de primeira linha. O stand estava fantástico e foram apresentadas todas as novidades que a marca está a trazer para o mercado. Enquanto distribuidora da marca, o que espera a Centrocar desta nova etapa? O grande impacto desta mudança será a capacidade financeira da Hyundai Heavy Industries Holding (HHIH) de investir em I&D que o grupo Doosan não tinha. As sinergias entre todos os negócios que compõem a HHIH permitirão à Develon ter acesso a toda a inovação e tecnologia que está a ser desenvolvida dentro da empresa. Melhores preços de matérias-primas e componentes, e fontes de financiamento mais baratas são outras sinergias que influenciarão positivamente a Develon. As consequências de tudo isto serão uma maior competitividade e maiores níveis de qualidade, o que significa um grande futuro. n AS PRIMEIRAS MÁQUINAS COM O LOGO DEVELON PUDERAM SER VISTAS NA CONEXPO Os visitantes da última edição da ConexpoCon/Agg, a grande feira de máquinas dos Estados Unidos realizada de 14 a 18 de maio em Las Vegas, puderam observar pela primeira vez as primeiras máquinas com o logo da Develon nos seus chassis. A nova marca, que resulta da junção das palavras 'Develop' (desenvolvimento) e 'Onwards' (avançar), será incorporada gradativamente aos equipamentos ao longo deste ano com ações de atualização nos concessionários e incorporação dos elementos distintivos na produção de equipamento novo.

18 EMPRESA Moviter celebra 30 anos de parceria com a HCME No dia 20 de maio de 2023, a Moviter, representante da Hitachi Construction Machinery (Europe) NV (HCME) em Portugal, Angola e Moçambique, comemorou o seu 30º ano de distribuição da marca. Em comunicado, a HCME felicita a empresa por ter atingido este marco significativo e espera "continuar a desenvolver esta parceria de sucesso nos próximos anos". UM NEGÓCIO EM CONSTANTE EVOLUÇÃO AMoviter é uma empresa especializada na venda, aluguer e assistência pós- -venda de equipamentos industriais e agrícolas. Comsede emLeiria, a empresa foi criada pelo fundador José Ribeiro Vieira em 1989, como parte do grupo Movicortes. Desde então, tem vindo a fortalecer-se e, juntamente coma sede em Leiria, a empresa tem sucursais em Lisboa, Porto, Évora e Funchal, bem como localizações internacionais em Angola (criada em2008), Moçambique (criada em2015) e, mais recentemente, Marrocos e Guiné Conacri. Em 2023, a Moviter conta com mais de 100 funcionários e posiciona-se como um dos líderes de mercado, em Portugal, na venda de máquinas de construção - com uma base de clientes fidelizados e uma relação forte e contínua com a HCME. “Sentimos que

19 EMPRESA Catarina Vieira, CEO e acionista exclusiva da Movicortes/Moviter, e Takaharu Ikeda, presidente da HCME. Equipa da Moviter, com os responsáveis pela HCME. a força da organização da Moviter e a consistência da marca e dos equipamentos Hitachi ConstructionMachinery podem ajudar a indústria nacional a crescer e a qualificar-se", diz Catarina Vieira, CEO e acionista exclusiva da Movicortes/Moviter. A PARCERIA PERFEITA A Moviter afirma que a relação estreita com a HCME é uma das principais razões do seu sucesso. A parceria com a Hitachi permitiu completar a gama, mantendo a qualidade dos produtos, apoiada por um serviço pós-venda eficiente e próximo dos clientes. O presidente da HCME, Takaharu Ikeda, felicita a empresa: “Graças ao apoio e dedicação dos colaboradores da Moviter, conseguimos aumentar a nossa quota de mercado em Portugal e reforçar a nossa imagem de marca. Estamos extremamente orgulhosos do que alcançámos em conjunto com a Moviter e esperamos continuar a nossa parceria durantemuitos anos.” n

MAIS DE 139 MIL PROFISSIONAIS DE 133 PAÍSES VISITAM UMA FEIRA MARCADA PELA SUSTENTABILIDADE CONEXPO MAIS ECOLÓGICA SUPERA TODAS AS EXPETATIVAS Havia o desejo de uma feira de maquinaria nos Estados Unidos, havia o desejo da Conexpo. A primeira exposição pós-pandemia superou todas as expectativas, tanto de visitantes como de expositores, mais de 2400, de 36 países, nos quase 280 mil m2 de área. O lema da organização, levar a indústria da construção ao nível seguinte, foi rigorosamente cumprido. Mais de 139 000 profissionais de 133 países visitaram a Conexpo 2023. 20

Aos espetaculares números disponibilizados pela organização, a Associação de Fabricantes de Maquinaria (AEM), há que acrescentar cinco dias repletos de lançamentos de produtos inovadores e anúncios de empresas importantes, sessões educativas esclarecedoras e inúmeras oportunidades de networking durante a Conexpo-Con/Agg & IFPE 2023. No mais puro estilo americano, espetáculo levado à máxima expressão em cada recanto, os contactos sucederam-se com necessidades idênticas às do mercado europeu: prazos de entrega e sustentabilidade. Esta foi a edição da Conexpomais ecológica, visto que praticamente todos os expositores mostraram as suas novidades ou avanços para se adaptarem às tecnologias, aos produtos e às práticas sustentáveis. Os participantes puderam ver a sustentabilidade em ação, desde equipamentos de construção elétricos e propulsionados a hidrogénio, até materiais mais recicláveis e oportunidades de redução de resíduos. Pelo desenvolvimento dos equipamentos apresentados pelos grandes fabricantes mundiais, a eletrificação já se entende como uma portagem obrigatória prévia a outros conceitos de motorização que estão a ser testados emdiferentes equipamentos de movimentação de terras. Empresas como a Volvo Construction Equipment, que entre outros equipamentos, apresentou a escavadora totalmente elétrica EC230, anunciaram que continuarão com a evolução dos equipamentos elétricos até 2040, com previsão posterior de passagem para motores a biocombustível e hidrogénio. 21 CONEXPO-CON/AGG & IFPE 2023 EM NÚMEROS + 275 000m2 de exposição (mais 10,5% do que em 2020). + 139 000 participantes registados (mais 6% que em 2020). + 2400 expositores de 36 países, incluindo 603 novos expositores. + 24 000 participantes internacionais registados, procedentes de 133 países. + 91 000 entradas educativas adquiridas. + 600 meios de comunicação de 33 países. A próxima edição da ConexpoCon/Agg & IFPE será realizada de 3 a 7 de março de 2026 no Centro de Convenções de Las Vegas, Nevada, EUA.

22 Nesse salto encontra-se envolvida a JCB, cujo stand não apresentavamáquinas, mas simuma exposição das respetivas motorizações coma de combustão de hidrogénio na vanguarda, já testada em alguns protótiposmistos e telescópicos. Emais: avançaramcomuma soluçãode abastecimento, adaptando o seu popular trator Fastrac para poder fornecer o hidrogénio em localizações remotas. Os especialistas em plataformas de trabalho estão um passo à frente na eletrificação, pelo que na Conexpo expuseram equipamentos com melhorias importantes nos ciclos de trabalho, e tambémna gama de compactação ligeira foramapresentadas alternativas aos motores de baixo rendimento por outros acionados a bateria. Nos equipamentos de reciclagem de asfalto aparecem tecnologias para ummaior aproveitamento do material e para que o mesmo não acabe nos aterros, ao passo que no segmento do betão juntaram-se à tendência ecológica com o teste do ECOPact da Holcim, que pode eliminar por completo as emissões de carbono em alguns casos. A Holcim também foi a vencedora da primeira edição dos prémios “Contractors' Choice for the Next Level”. “As inovações na indústria da construção reveladas desempenharão um papel na ajuda aos profissionais da construção para impulsionar o crescimento económico significativo e sustentável”, disse Phil Kelliher, vice- -presidente sénior da Caterpillar e presidente da feira Conexpo-Con/Agg. “Os eventos ao vivo na indústria da construção são muito importantes, porque é possível ver, tocar e experimentar os produtos. Este valor foi reafirmado em toda a feira”, sentenciou. FUNDAÇÃO ARBOR DAY Umdos maiores esforços da ConexpoCon/Aggemmatériade sustentabilidade é a associação entre a feira e a Fundação Arbor Day, através da qual plantarão mais de 139 000 árvores, uma por cada participante da feira, nas florestas mais necessitadas. Além disso, os exposito-

A VISITAR A CONEXPO DESDE 1963 Após as dificuldades sofridas desde a última vez que o setor se reuniu na Conexpo-Con/Agg, em plena explosão da Covid, os participantes e expositores expressaram o seu entusiasmo pelo regresso à normalidade. Uma dessas pessoas é Leonard McCurley, de 89 anos, que assistiu à feira durante as últimas seis décadas e é um autêntico veterano da Conexpo-Con/Agg. Criado numa quinta do Michigan e trabalhando na construção toda a vida, McCurley encontrou na Conexpo-Con/Agg um lar longe do seu lar durante toda a sua vida adulta. Assistiu à sua primeira exposição em 1963 e regressou em todas as que foram realizadas nos 60 anos seguintes. “Falei com tanta gente interessante, que acabo por considerar que é uma experiência educativa”, afirma. “Creio que toda a gente que está relacionada com a maquinaria pesada deveria ir a esta feira”. A Conexpo-Con/Agg é uma espécie de reunião familiar para McCurley. Várias das empresas para as quais trabalhou no passado têm stands na feira, e pretende reencontrar-se com os respetivos representantes quando e onde possa esta semana. Além disso, os seus próprios filhos e netos estarão em Las Vegas esta semana para assistir ao salão 2023. No entanto, as suas melhores recordações da Conexpo-Con/Agg são com a sua mulher, no passado. “Quando era viva, ia a todas as feiras comigo e também gostava muito”, afirma. Agora que McCurley assistiu à Conexpo-Con/Agg deste ano, refere que apenas sente amor pela maior feira de construção da América do Norte e que gostaria de assistir à feira no futuro enquanto faça sentido fazê-lo. Afirma que é impossível assistir a seis décadas da Conexpo-Con/Agg sem ter pelo menos algum conselho para partilhar com os recém-chegados: "É necessário ter uns bons sapatos e garantir que vemos tudo, porque se não, perdemos muitas coisas". 23 res, os participantes e os fãs da feira podem contribuir para os fundos da Fundação Arbor Day, o que lhes permitirá avançar no seu objetivo de se envolverem na sua missão de plantar, cuidar e celebrar as árvores em todo o mundo. A Conexpo-Con/Agg & IFPE também disponibilizou uma ampla gama de oportunidades educativas, incluindo 190 sessões dirigidas por especialistas sobre temas como a segurança na construção, a tecnologia dos equipamentos e as práticas de construção sustentável. “O sucesso da CONEXPO-CON/ AGG & IFPE 2023 é um testemunho da resistência e da robustez das indústrias da construção e da energia, que continuaram a adaptar-se e a inovar, apesar dos desafios dos últimos três anos”, disse Marcia Klein, Tesoureira da Casappa Corp. e presidente da feira IFPE. “Estamos orgulhosos de ter proporcionado uma plataforma para que os profissionais da indústria de todo o mundo estabeleçam ligações, aprendame descubramnovas soluções para melhorar os seus negócios e o mundo que construímos”. n Ao centro, Leonard McCurley, veterano da Conexpo, que visita a feira de forma ininterrupta desde 1963.

24 GRUAS Transgrua adquire a primeira grua móvel de construção Liebherr MK 73-3.1 Plus em Portugal A Transgrua decidiu investir na aquisição da grua móvel de construção Liebherr MK 73-3.1 Plus, a primeira do tipo MK em Portugal. Esta grua será utilizada especialmente em projetos de construção urbana, devido à sua capacidade de adaptação a espaços reduzidos e à possibilidade de funcionamento totalmente elétrico. Para a Transgrua, a grua Liebherr MK 73-3.1 Plus representa uma aposta clara na tecnologia de ponta e ajudará os seus clientes a enfrentar novos desafios. “A f ilosof ia da Transgrua é estar sempre na vanguarda dos últimos desenvolvimentos do mercado e ter um parque de máquinas moderno e equipado com a mais recente tecnologia”, afirma Henrique Lourenço, CEO da Transgrua. Com estas premissas em mente, decidiram optar pela grua móvel de construção Liebherr MK 73-3.1 Plus, a primeira unidade do modelo MK em Portugal, que se tornou uma parte fundamental da sua frota de máquinas. “Com ela, poderemos ir ao encontro das necessidades dos nossos clientes e dos seus diferentes projetos, estando sempre atentos para lhes prestar o melhor serviço possível”, afirma Henrique Lourenço. A Transgrua investe na grua móvel de construção Liebherr MK 73-3.1 Plus, a primeira grua MK em Portugal.

25 GRUAS A grua de construção Liebherr MK 73-3.1 Plus da Transgrua é ummodelo de 3 eixos com uma capacidade de carga máxima de 6 toneladas, que será utilizado principalmente em projetos de construção urbana. Isto deve-se não só ao facto de poder trabalhar emespaços reduzidos, graças às suas dimensões compactas, mas tambémporque pode funcionar em modo totalmente elétrico. Esta característica, juntamente com a sua versatilidade e o seu raio de viragem mínimo de 3,3 metros, são algumas das principais vantagens deste equipamento. “A MK 73-3.1 Plus é a primeira grua do género na nossa frota, onde ocupará um lugar de destaque, já que poderá trabalhar emgrande parte dos projetos e serviços que oferecemos”, sublinha Henrique Lourenço. Para a Transgrua, ter a grua móvel de construção MK 73-3.1 Plus representa “umclaro compromisso de estar sempre na vanguarda, em termos de tecnologia inovadora, e de ajudar os nossos clientes a enfrentar novos desafios, proporcionando-lhes o mais elevado nível de profissionalismo e capacidade de resposta. Este investimento reforça também a forte parceria entre a Transgrua e a Liebherr que se tem materializado ao longo dos anos numa relação baseada na honestidade e na confiança”, afirma Henrique Lourenço. A Transgrua dispõe de uma frota de 120 gruas, das quais cerca de 70% são gruas móveis Liebherr. n A Transgrua dispõe de uma frota de 120 gruas, das quais cerca de 70% são gruas móveis Liebherr Tel. 979 808 036 Fax. 979 808 352 mieve@mieve.es C/ El Manzado s/n • 34410 Monzón de Campos (Palencia) ESPANHA Altura de trabalho de 4 a 25 m. FABRICANTE DE PLATAFORMAS ELEVATÓRIAS www.mieve.es

26 PLATAFORMAS ELEVATÓRIAS Especial Plataformas Elevatórias: trabalhos em altura com a máxima segurança e versatilidade As plataformas elevatórias são equipamentos que permitem, de forma segura e eficaz, efetuar trabalhos em altura auxiliando, deste modo, os profissionais que realizam manutenção em locais de difícil acesso. Existem outros equipamentos que também são empregues para trabalhos em altura, como escadas e andaimes, porém as plataformas elevatórias são a saída mais segura e versátil. Neste especial, a EngeObras revelas as principais empresas e equipamentos a operar no mercado português. António Barbosa As plataformas elevatórias, também conhecidas como plataformas aéreas, podem ser definidas como elevadores industriais, que possuem uma plataforma de trabalho. Este equipamento está assente numa estrutura elevatória que pode ser fixa ou móvel e permite operar tanto em áreas interiores (armazéns e estaleiros de obras) como exteriores (como por exemplo em podas ou substituição de luminárias). Os modelos disponíveis podem ser classificados como: • Plataformas tipo tesoura: neste equipamento a plataforma está assente em grades de elevação cruzada, em forma de tesoura. É um equipamento destinado essencialmente para uso em armazéns, tendo uma altura máxima de até 15 a 16 metros. São perfeitas também para aplicações onde há necessidade de elevar uma maior quantidade de peso: elas podem suportar até 150 quilos sem dificuldades. A extensão da sua cesta mede 1m x 2m, em média. Há muito mais segurança para o trabalhador nest e equipamento do que na utilização de escadas, por exemplo. • Plataformas articuladas: são a opção adequada para trabalhos empontos elevados e de difícil acesso. Possuem braço dobrável, permitindo alcance horizontal e vertical em locais de difícil acesso. Este tipo de plataforma émanobrável mesmo quando atinge a altura máxima e a largura do chassi é pequena, permitindo acesso nos mais variados locais de trabalho. Alémdisso, possui estrutura giratória com movimento de 360° para facilitar o posicionamento do equipamento no local. • Plataformas telescópicas: são dotadas de uma lança telescópica que permite um acesso direto e rápido à zona de trabalho. Este tipo de plataforma possui vários seguimentos de articulação nos seus braços hidráulicos, o que facilita o posicionamento do trabalhador ao local a intervir. A sua utilização é ideal para trabalhos que exigem alcance máximo, na horizontal e na vertical. Neste artigo, enumeramos algumas das novidades introduzidas no mercado nacional, em 2023, pelos representantes das principais marcas. ELEVAÇÃO SEGURA A Elevação Segura representa no nosso país a marca alemã Geda. Entre as diversas soluções disponíveis, destacam-se os elevadores de andaime e elevadores de guincho, que são apropriados para trabalhos em fachadas exteriores. Na sua versão de 230V o modelo Geda 300Z (300 kg - cargas) pode ser montado até aos 50 metros de altura com mastros em alumínio de dois metros. Além da segurança durante a execução do trabalho, a rentabilidade deste equipamento é notável, dado

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx