5 EDITORIAL Nos últimos anos, o setor da construção sofreu transformações significativas, impulsionadas pela necessidade de adaptação a um ambiente em mudança e a requisitos de sustentabilidade. As obras públicas, em particular, estão no centro desta evolução, refletindo não só as prioridades governamentais, mas também as expectativas da sociedade. Uma das tendências mais proeminentes é o investimento crescente em infraestruturas sustentáveis. A preocupação com o ambiente tem levado as autoridades a dar prioridade a projetos que minimizem o impacto ecológico. Desde a implementação de materiais recicláveis até à incorporação de tecnologias energeticamente eficientes, as obras públicas começam a adotar práticas mais responsáveis. Esta tendência responde não só a uma regulamentação mais rigorosa, mas também à exigência de uma cidadania mais consciente e empenhada no desenvolvimento sustentável. Além disso, a digitalização está a redefinir o panorama da construção. A adoção de tecnologias como a Building Information Modeling (BIM) está a facilitar o planeamento e a execução de projetos. Estas ferramentas permitem uma visualização mais clara e uma gestão mais eficiente, resultando numa redução dos custos e dos prazos de entrega. Num setor em que os atrasos e as derrapagens orçamentais têm sido comuns, a digitalização apresenta-se como uma solução promissora. A resiliência às crises é outra tendência que tem vindo a ganhar força. A pandemia de Covid-19 pôs em evidência a vulnerabilidade das cadeias de abastecimento e a necessidade de assegurar a continuidade do trabalho. Em resposta, estão a ser implementadas estratégias que promovem a diversificação de fornecedores e a inovação nos processos de construção. Esta capacidade de adaptação é vital não só para a recuperação económica, mas também para enfrentar desafios futuros, como as alterações climáticas. Por último, as parcerias público-privadas estão a ganhar terreno. As sinergias entre o setor público e as empresas privadas permitem o financiamento e a execução de projetos que antes pareciam inatingíveis. Este modelo não só otimiza recursos, mas também promove a inovação e a competitividade no setor. Em suma, o setor da construção encontra-se numa interessante encruzilhada. As tendências para a sustentabilidade, a digitalização, a resiliência e a colaboração estão a moldar um futuro em que as obras públicas não só servirão para melhorar as infraestruturas do país, como também contribuirão para um mundo mais sustentável e eficiente. Este é um momento crucial para que todas as partes interessadas se envolvam nas transformações em curso e trabalhem em conjunto para um futuro melhor. Um futuro sustentável e eficiente Manitou abre caminho à futura fábrica de soldadura mecânica para a atividade de plataformas O Grupo Manitou iniciou a construção de uma nova fábrica de soldadura mecânica. Este investimento permitirá ao Grupo internalizar uma etapa importante do fabrico de plataformas de trabalho aéreo e reforçar a sua posição de ator principal neste mercado. Michel Denis, presidente e diretor geral do Grupo Manitou, e Jacqueline Himsworth, presidente do Conselho de Administração da empresa, lançaram a primeira pedra desta nova unidade industrial. Situado perto dos dois centros de montagem de plataformas em Candé (Maine-et-Loire), em França, o local ocupará 74.000 m2, dos quais 20.000 m2 de edifícios industriais. O Grupo Manitou dispõe atualmente de seis unidades de produção na região do Grand Ouest e reforça as suas raízes territoriais no seu berço histórico. Este investimento de 60 milhões de euros inscreve-se num vasto plano de desenvolvimento das unidades industriais do Grupo, em conformidade com os objetivos do roteiro estratégico Novos Horizontes 2025. Os trabalhos prosseguirão até ao final de 2025, estando o arranque da produção previsto para o início do verão de 2026. O edifício terá 6 000 m2 de cobertura com painéis solares e uma gestão energética específica para otimizar os consumos. O equipamento industrial incluirá postos de trabalho de montagem escaláveis para melhorar a ergonomia e a segurança dos operadores.
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