BI323 - O Instalador

67 DOSSIER SMART CITIES Portugal, como o maior produtor de transporte individual leve (bicicleta) da Europa, está numa posição muito favorável para fomentar o desenvolvimento desta forma de transporte. O que falta? Temos agora de desenvolver a infraestrutura necessária. 3) Digitalização dos serviços, sejam estes públicos ou privados (educação, serviços administrativos, saúde, etc.) A digitalização dos serviços (públicos & privados) é fundamental para a democratização do acesso, de uma forma eficiente e competitiva, por parte dos cidadãos. É, por isso, um vetor indispensável nas smart cities. Os exemplos que têm surgido nos diferentes setores são numerosos e os resultados têm dado provas das suas mais-valias: (i) nos serviços administrativos, a informatização e digitalização dos serviços públicos, bem como a dinamização de mecanismos de atendimento à distância, (ii) no caso da saúde, a telemedicina e o recurso à inteligência artificial; (iii) no caso da educação, a difusão dos MOOC (Massive Open Online Courses) e, bem assim, dos manuais digitais. A introdução da inteligência artificial está a revolucionar a produtividade em diversos setores, tornando-se um elemento essencial para melhorar o serviço prestado à população. 4) Gestão de Resíduos & Economia Circular Reduzir, reutilizar e reciclar: são estes os três pontos-chave. E têm uma ordem. O pensamento do ciclo do produto à escala da cidade é fundamental. Por isso, para construirmos cidades mais inteligentes, temos, e primeiro lugar, de reduzir o volume de resíduos produzidos. Um estudo da International Solid Waste Association (ISWA), uma organização sem fins lucrativos, que reúne profissionais do setor de resíduos sólidos, prevê que a produção global de lixo, que está em constante aumento, atingirá os 3.4 mil milhões de toneladas por ano, até 2050. As cidades são onde está concentrada a maioria da população. Nessa medida, o papel das cidades é essencial para inverter esta tendência crescente. O efeito “saco do lixo” é um exemplo perfeito de como políticas públicas podem incentivar a reutilização. O facto de as pessoas sentirem no bolso o impacto de não reutilizarem, faz com que adotem hábitos mais sustentáveis em prol do ambiente. A reciclagem é a última incógnita da equação que nos permite melhor gerir os resíduos das cidades, fomentando a economia circular. Desta forma, pensar no ciclo de vida dos produtos permite-nos tornar as nossas cidades mais eficientes. 5) Gestão de Água A água é, reconhecidamente, um bem escasso e precioso, ao qual não tem sido dado a devida importância. Como se sabe, 70% da superfície do planeta está coberta por mares e oceanos. Contudo, menos de 3% dessa água é doce e menos de 1% do total de água no planeta está disponível para consumo humano. Nessa medida, é essencial uma boa e adequada gestão

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx