BF6 - iAlimentar

ENTREVISTA 39 e a originalidade fazem, assim, parte da nossa cultura e dos nossos valores e manifestam-se até aos dias de hoje. 20 anos depois dá-se um dos passos mais relevantes para a empresa, que o mercado conhece atualmente, com a entrada na categoria dos molhos. Além deste marco, o relançamento da marca Paladin, há cerca de uma década, trouxe definitivamente para a ribalta a nossa irreverência e inquietude intrínsecas. A nossa vontade inabalável de fazer sempre mais, sempre melhor, sempre diferente. Hoje, a Casa Mendes Gonçalves, detém três marcas ativas, vende para 40 países e emprega mais de 300 pessoas, empenhadas em aportar valor e inovação ao mercado de molhos, vinagre e condimentos. Com 40 anos de atividade, que importância tem tido este sucesso empresarial, não só para o País como também a nível local, para a Golegã, no caso? Considero que o sucesso de qualquer organização ou iniciativa vem, em grande medida, da consistência. A Casa Mendes Gonçalves não é exceção. Estou convencido de que a consistência com que temos vindo a entregar ao mercado o valor e os atributos diferenciadores acima descritos, tem sido o fator-chave no nosso sucesso. Além disso, há que destacar a imensa evolução da nossa marca Paladin desde o seu relançamento, há cerca de 10 anos, que contribuiu de forma decisiva para alavancar o sucesso de toda a empresa. Resta-nos agora reforçar as nossas outras marcas – por enquanto, Peninsular (focado no canal Horeca mais tradicional) e Dona Pureza (vinagre de limpeza). Por outro lado, mesmo já se tendo tornado um chavão da gestão, é absolutamente fundamental o papel das pessoas e da cultura das empresas para o sucesso. Destaco aqui todas as nossas pessoas e todas as nossas equipas, cujo contributo diário e, uma vez mais, altamente consistente, tem permitido atingir os vários objetivos e metas a que nos temos proposto. O lema ‘agir local, pensar global’ tem aqui um gigante significado para nós. Efetivamente, somos da opinião que se cada empresa, e no limite cada cidadão, conseguir garantir um impacto positivo da sua atividade e na sua envolvente mais próxima, então todos juntos conseguiremos mudar o mundo. Todos os dias trabalhamos para devolver à região tudo o que ela nos dá de melhor. De umponto de vistamais macro, acredito que as empresas nacionais são importantíssimas para o desenvolvimento do País com um tecido empresarial como o de Portugal. É importante trabalhar em conjunto, em rede, escolher sempre que possível o que é nacional, e ouvir quem todos os dias trabalha arduamente para elevar a marca Portugal, dentro e fora de portas. Quantos trabalhadores tem atualmente a Mendes Gonçalves? Atualmente empregamos cerca de 300 pessoas. Mantemos uma perspetiva de futuro moderadamente otimista, ainda que muito cautelosa, acreditando nos planos que elaborámos de conquista de novos negócios, clientes e mercados. Conscientes de que o nosso futuro depende, não em exclusividade, mas bastante, de nós próprios, mantemos uma postura positiva e proativa de continuarmos a trabalhar como prioridades absolutas: a nossa capacidade de inovação; a nossa flexibilidade; o foco no futuro das nossas marcas. Acima de tudo, a jornada contínua de estudo e identificação das necessidades do consumidor para que consigamos, a cada dia que passa, conhecê-lo de forma mais profunda, responder às suas necessidades de forma mais assertiva e perspetivar cada vez melhor as suas necessidades futuras. PROJETO ‘VILA FELIZ CIDADE’ Falemos um pouco do projeto ‘Vila Feliz Cidade’, sustentado em quatro pilares: educação, responsabilidade social, agricultura regenerativa e criação de oportunidades. Explique-me um pouco todos estes pilares e quais os objetivos do projeto (que levaram ao prémio na categoria Factor S da 4ª edição dos Heróis PME) em 2022. A Casa Mendes Gonçalves, pelo seu cariz familiar e ligação à comunidade, compreende que existe um conjunto de temáticas que ameaçam o desenvolvimento sustentável tanto da empresa como da comunidade à sua volta. Para abordar esses problemas foi criado o projeto 'Vila Feliz Cidade' (VFC), que pretende aliar a componente Carlos Mendes Gonçalves, Chief Executive Officer of Dream and Instability.

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