BF6 - iAlimentar

15 BEBIDAS EM PORTUGAL vel de cerveja, incluindo ações de educação entre os jovens, ações de prevenção do consumo de cerveja se for conduzir. “A disponibilização pelos associados de cervejas sem álcool constitui uma forma de disponibilizar aos nossos consumidores, uma opção para quando não é aconselhável consumir álcool”. Também a promoção das melhores práticas ambientais no setor, nomeadamente, a descarbonização da produção, a redução de emissões de CO2 ao longo de toda a cadeia de valor, a aposta de energias renováveis e a inovação permanente em embalagens mais sustentáveis são inovações constantes no setor cervejeiro. Francisco Gírio considera ainda que “o direito a inovar passa ainda pela liberdade de introdução no mercado de novas cervejas. Na multiplicação de experiências emmatéria de consumo, com novos sabores, novas harmonizações, erguemos a categoria 0.0, que reúne cada vez mais consumidores que procuram novas opções, semprejuízo do prazer de uma cerveja gelada. Algo que só é possível com a determinação de cada empresa cervejeira, seja grande, média ou pequena, em levar o melhor de si à mesa dos portugueses, dos turistas e dos nossos”. O SETOR DAS BEBIDAS REFRESCANTES NÃO ALCOÓLICAS O setor das bebidas refrescantes não alcoólicas, representado pela Associação Portuguesa das Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas (PROBEB), conta com uma “boa presença de empresas do País, com um portefólio de marcas nacionais de forte implantação e notoriedade, coexistindo com marcas internacionais produzidas e comercializadas sob licença em Portugal”. Quem o diz é Márcio Cruz, Presidente da PROBEB. Estas empresas têm-se mostrado como sendo das “mais dinâmicas da indústria alimentar. A inovação, a reformulação e o lançamento de novos produtos são frequentes”, o que leva a que o setor seja caraterizado pela variedade e diversidade de bebidas. “Em2022, apesar dos constrangimentos causados pela conjuntura internacional, mas ainda num ambiente económico favorável, principalmente devido ao turismo e ao aumento de consumo dos portugueses, a atividade do setor tem registado um desempenho positivo”, salienta o responsável. Não obstante, “em virtude dos rápidos e exponenciais aumentos dos custos de produção, o setor está a sofrer enormes dificuldades. Em parte, as dificuldades já vinham do período de recuperação da pandemia e impactavam sobretudo sobre a logística. No entanto, agravaram-se muitíssimo com a invasão russa da Ucrânia. Juntaram-se dificuldades no abastecimento e aumento de custos de matérias-primas, nos preços da energia e dos combustíveis e até dificuldades de recrutamento de profissionais”. nado limite de produção anual. “É da mais elementar justiça para um setor que é exportador, que possui as suas unidades de produção e gera emprego em Portugal”, defende Francisco Gírio. INOVAÇÃO, QUALIDADE E SUSTENTABILIDADE Com mais de 30 anos, a APCV – Cervejeiros de Portugal tem como principais objetivos ser a voz da Indústria Cervejeira Nacional em Portugal, junto da União Europeia e de organizações internacionais e apoiar, política e legislativamente, o setor em todas as suas vertentes, incrementar e fortalecer a produção sustentável de cerveja, garantir à indústria cervejeira portuguesa o direito de ser competitiva e inovadora e promover a responsabilidade do setor em relação ao ambiente, segurança alimentar, saúde e nutrição e comunicação comercial. Não obstante os problemas que o setor enfrenta, a APCV – Cervejeiros de Portugal “trabalha todos os dias no sentido de assegurar a competitividade, a inovação, sustentabilidade e qualidade no setor”, refere o responsável. No plano da sustentabilidade, constam iniciativas de responsabilidade social no que respeita ao consumo moderado e responsáMárcio Cruz, Presidente da PROBEB.

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