BF5 - iAlimentar

Todas as condicionantes estão a esmagar as margens operacionais das empresas. 22 PASTELARIA longo prazo. Questionados sobre se se viram obrigados a aumentar os preços a resposta foi: sim. Já aconteceu. A Chefpanda, por exemplo, revela Ricardo Franco, deixou de ter entrega grátis (exceto alguma campanha de marketing assim o permita). “Porém, a entrega custa apenas 2,90 euros na grande maioria das localidades e alguns produtos (sobretudo alimentares) também tiveram o preço atualizado face ao aumento do custo de produção”, acrescenta. “Se os preços das matérias-primas e da energia não estabilizarem, uma parte do seu agravamento terá reflexo nos preços de venda dos nossos produtos. Possivelmente haverá diminuição no consumo como consequência conjugada do aumento de preço dos nossos produtos com a inflação de preços generalizada que afeta todas as famílias”, analisa Hélder Pires. Uma opinião partilhada por João Ferreira, que refere que se o aumento de preços já é bem notório, a diminuição do consumo deverá ser mais visível no próximo ano. O preço do pão subiu em média 20 a 30%. Quem o diz é António Fontes, que aponta que este valor não reflete de maneira nenhuma os aumentos das matérias-primas e subsidiárias que chegam a ultrapassar os 100%. O presidente da AIPAN refere ainda que a grande distribuição utiliza fortemente o pão como promoção e campanha das suas vendas. “O pão é um alimento histórico, e de enorme valor social, que não tem marca e que deve ser respeitado e valorizado”, afirma. Quanto ao futuro, e no caso específico das máquinas, a opinião de João Ferreira é a de que a Europa não pode depender de uma forma tão acentuada dos fornecedores externos. Face a isto o gestor acredita que haverá um incremento da autonomia, quer produtiva quer energética de cada país e fundamentalmente da Europa. n A

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