BF2 - iALIMENTAR

ENTREVISTA 30 porco comercializada em Portugal. A FPAS considera que o ‘Porco.PT’ fez o seu caminho e continuará a fazer, respondendo a cada momento às necessidades manifes- tadas pelos consumidores cujo perfil está em constante e rápida mudança. Interessa monitorizar as preferências e adaptar este projeto da produção nacional integrando-o numa lógica de fileira, desenvolvendo produtos e proces- sos que sejam valorativos para toda a fileira de modo a promover uma política de promoção conjunta. É nesse sentido que evoluímos agora, no seio da FILPORC, para uma certificação em bem-estar animal que virá aportar maior valor ao porco português e contribuir para uma maior afirmação do ‘Porco.PT’ junto dos consumidores portugueses. VOLUME DE NEGÓCIOS DA FILEIRA DA CARNE DE PORCO ATINGE OS 911 MILHÕES DE EUROS NO 1º SEMESTRE A FPAS revelou, em setembro, as contas da Suinicultura portuguesa e concluiu que foi registado um volume de negócios de cerca de 911 milhões de euros, num acumulado de produção e indústria. Este foi também o semestre com o melhor desempenho das exportações de sempre, de carne de porco e seus derivados. Nos primeiros seis meses do ano, a fileira da carne de porco bateu recordes e regista um volume de negócios na ordem dos 911 milhões de euros. Este é já considerado como o melhor período de sempre em termos de desempenho das exportações nacio- nais suinícolas. Embora as cotações agrícolas do SIMA apenas tenham a indicação do valor das exportações desde 2015, é possível concluir, por extrapolação com os volumes exportados, que o primeiro semestre de 2021 foi a altura em que mais se exportou porco, carne e seus derivados. Um dado que é de grande realce tendo em conta as circunstâncias vividas desde o primeiro semestre de 2020. Em termos homólogos, Portugal aumentou o seu volume de negócios externos em 10,8%. Este crescimento da suinicultura portuguesa permitiu que, na primeira metade do ano, se atingisse, pela pri- meira vez, um saldo da balança comercial portuguesa inferior a 100 milhões de euros negativos, continuando a tendência ininterrupta de melhoria do SBC iniciada em 2019, com as importações semestrais em linha com as registadas nos anos anteriores. COMÉRCIO INTERNACIONAL Em termos relativos, Portugal foi o 12º país que mais expor- tou carne de porco para países terceiros no contexto daUnião Europeia no primeiro semestre, sendo assim o segundo melhor semestre de sempre, apenas superado pelo segundo semestre de 2020, no conjunto dos últimos seis anos. Considerando os principais países terceiros com os quais Portugal se relaciona no comércio de carne de porco, durante o período em análise, pela primeira vez, a China subiu ao primeiro lugar da tabela, com um aumento de 169,7% do volume de negócios gerado pela carne com origem em Portugal e destino à China. Com esta subida, Angola passou para segundo lugar, com uma quebra de 40% do valor das exportações com- parativamente com o primeiro semestre do ano passado. Já os restantes países do top 5, Cabo Verde, Japão e Suíça, mantiveram as posições do ano passado. Apesar dos recordes de volumes exportados, o segundo trimestre fica marcado por período de instabilidade com uma travagem abrupta das exportações, provocada pela paragem das importações chinesas. O que vai implicar essa certificação e quando estará pronta a ser usada nos produtos? A organização interprofissional FILPORC, que congrega a produção de suínos por intermédio da FPAS e a indús- tria da carne de suíno por intermédio da Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes (APIC), está a desenvolver essa certificação em bem-estar animal para suínos. O objetivo é oferecer aos consumidores nacionais e aos mercados externos a garantia da confiança nos processos de produção da fileira portuguesa da carne suína, colocando-a na linha da frente a nível mundial na ética de trabalho com os animais, promovendo o seu bem-estar e a sua sanidade e, consequentemente, a qualidade e segurança da carne. Esta certificação 1º SEMESTRE 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Exportações (M€) 58,8 60,2 69,4 62,2 64,3 90,1 99,8 Importações (M€) 208,1 167,2 208,3 207,8 199,1 200,1 192,2 Saldo Balança Comercial (M€) -149,3 -107 -138,9 -145,6 -134,8 -110 -92,4 Fonte: FPAS.

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