BF2 - iALIMENTAR

20 ECONOMIA CIRCULAR O setor da alimentação e bebidas é particularmente visado, e interessado, nos objetivos da economia circular e da redução do desperdício alimentar. A indústria há muito que tem vindo a reduzir os seus consumos, mas é urgente apostar mais na circularidade, valorizando os seus ‘resíduos’. A PortugalFoods elaborou recentemente um Guia que ajuda as empresas neste sentido. Emília Freire e Ana Clara A economia circular é uma econo- mia em que os bens de hoje são os recursos de amanhã, formando um ciclo virtuoso que promove a prosperi- dade nummundo de recursos finitos. É uma nova forma de conceber, fazer, e utilizar bens e serviços dentro dos limites planetários. Baseia-se em três princípios: eliminar, por design, resí- duos e poluição; manter produtos e materiais em utilização; e regenerar os sistemas naturais. “A União Europeia (UE), no seu Estudo de Economia Circular, em 2014, iden- tificou alimentos e embalagens como setores prioritários de atuação, e pro- dutos e resíduos agrícolas, plásticos e fósforo como materiais prioritários, ficando evidente que o setor agroali- mentar é prioritário na transição para uma economia circular”, salienta a PortugalFoods. Enquadramento RESOLVE para Economia Circular [Ellen MacArthur Foundation et McKinsey Center for Business and Environment, 2015] Mudança de modelo é obrigatória Guia Informativo sobre Econo ia Circular para o Setor Agroalimentar PORTUGALFOODS|WEDOTECH|2020 RECOMENDAÇÕES PARA TRANSITAR PARA UMA ECONOMIA CIRCULAR Recomen ações para transitar para uma Econo ia Circul r podem sistematizar-se, a alto elementos-chave da Economia Circular - DISRUPT (Figura 22) [Circle Economy, 20 enquadramento RESOLVE (Figura 23) [Ellen MacArthur Foundation et McKinsey Center and Environment, 2015], por exemplo. Estas abordagens ajudam a considerar várias relevantes para a transição para uma Economia Circular, e podem ser adaptadas a diferen instituições e empresas. Figura 22 – 7 elementos-chave da Economia Circular [Circle Economy, 2020]. Desenhar para o futuro: Adotar uma perspetiva sistémica durante o processo de conceção, para empregar os materiaris corretos para uma vida útil adequada, uma utilização futura prolongada, e excelente recuperação. Incorporar a tecnologia digital: Acompanhar e oti- mizar a utilização de recursos e reforçar as ligações entre os atores da cadeia de aprovisionamento através de plataformas e tecnologias digitais online. Sustentar & preservar o que já existe: Manter, repa- rar e atualizar os recursos em uso para maximizar a sua vida útil e dar-lhes uma segunda vida atra- vés de estratégias de retoma, quando aplicável. Repensar o modelo empresarial: Considerar opor- tunidades para criar maior valor e alinhar incentivos através de modelos de negócio que se baseiem na interação entre produtos e serviços. Utilizar o desperdício como um recurso: Utilizar o desperdício como fonte de recursos secundários e recuperar resíduos para reutilização e reciclagem. Dar prioridade aos recursos regenerativos: Assegurar que os recursos renováveis, reutilizáveis e não tóxi- cos são utilizados como materiais e energia de uma forma eficiente. Team/equipa para criar valor conjunto: Trabalhar juntos ao longo de toda a cadeia de aprovisiona- mento, internamente dentro das organizações, e como setor público, para aumentar a transparência.

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