9 Fundão recebe primeira reunião do Projeto FoodCop O projeto FoodCop foi lançado no Fundão, nos dias 28 e 29 de novembro, e marca o início de uma iniciativa que pretende transformar os sistemas alimentares rurais em toda a Europa. A União Europeia reconheceu a crescente necessidade de crescimento sustentável nas áreas rurais, onde as soluções da bioeconomia apresentam um potencial significativo para impulsionar o crescimento económico a longo prazo e a sustentabilidade ambiental. O setor da bioeconomia já contribui com 2,2 biliões de euros para a economia europeia e apoia 17,5 milhões de empregos. As projeções indicam que este valor poderá atingir os 3 biliões de euros até 2050, com a indústria agroalimentar a desempenhar um papel essencial no futuro da Europa. Alinhado com estes objetivos, o FoodCop está a criar uma comunidade de Startup Villages em toda a Europa, que consistem em regiões dedicadas à promoção da inovação e do empreendedorismo para estimular as economias locais. Ao promover a partilha de recursos e a criação de oportunidades de aprendizagem, o projeto vai ajudar essas comunidades a adotar práticas de bioeconomia circular, com foco na eficiência de recursos e redução de desperdício. Esta abordagem colaborativa irá fortalecer a resiliência dos sistemas alimentares rurais, criando um modelo de sustentabilidade replicável em toda a Europa. Coordenado pelo Município do Fundão, o projeto tem a duração de 24 meses e conta com o apoio da União Europeia através do Programa Horizonte Europa, contando com a participação de mais 14 parceiros de nove países, nomeadamente Itália, Reino Unido, Grécia, Países Baixos, Espanha, Bélgica, Eslovénia, Portugal e Irlanda. EDITORIAL Por norma, o início de um novo ano é encarado como uma página em branco, onde quase tudo é possível. É uma fase marcada pela definição de novos objetivos para os próximos 365 dias e em que se ajusta o foco para os novos desafios que se avizinham. Conhecer as tendências que vão marcar os próximos tempos ajuda não só a perceber como é possível ajustar o negócio, como permite traçar novos objetivos. E, no caso da indústria alimentar, a realidade não é diferente. Na primeira edição do ano publicamos as 10 grandes tendências que vão marcar o setor, com destaque, como não podia deixar de ser, para o papel da inteligência artificial. Identificadas pela consultora internacional Innova Market Insights, a convite da PortugalFoods, prometem impactar o setor agroalimentar em 2025, bem como médio prazo. Destaque ainda para o ecossistema de empreendedorismo que se vive na área alimentar, em Portugal, e que tem sabido responder aos desafios da indústria com dinamismo. Além das alternativas proteicas, revelamos alguns exemplos a nível da circularidade, logística e otimização de processos industriais. O início do ano também vai ser marcado pela realização de mais uma edição da Lisbon Food Affair, que regressa à Feira Internacional de Lisboa (FIL) de 10 a 12 de fevereiro. Como media partner, a revista iAlimentar vai marcar presença e na próxima edição revelamos todas as novidades do marketplace de alimentação e bebidas, Canal Horeca, máquinas e equipamentos para a indústria e distribuição alimentar A nível internacional, já são conhecidos os finalistas dos prémios de inovação da Fruit Logistica 2025. Considerado o prémio mais prestigiado do mundo para a indústria de produtos frescos, revelamos os projetos finalistas do Fruit Logistica Innovation Award (FLIA). Ainda na senda da inovação, e como um dos dossiers desta edição é dedicado à indústria cárnica, revelamos como o Grupo Lusiaves consegui alinhar a produção em larga escala com rastreabilidade, sustentabilidade e qualidade graças ao software Brainr. Já Graça Mariano, diretora executiva da APIC (Associação Portuguesa dos Industriais de Carne), sublinha que mais do que inovação, o setor precisa é de boa comunicação para que se conheçam as boas práticas. “E porque a carne faz falta”, garante. Numa altura em que um dos grandes desafios que se colocam é a alimentação da população atual e futura de forma sustentável, convidamos o leitor a acompanhar o pensamento de Louise Fresco, especialista em produção alimentar sustentável, que defende numa entrevista de fundo como é possível alimentar um mundo em crescimento sem matar o planeta. Boas leituras. O que podemos esperar para 2025?
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