BA3 - Agriterra

77 CULTURAS EM EXPANSÃO | PHYSALIS E GOJI ÉPOCA DE PRODUÇÃO É MUITO INFLUENCIADA PELO CLIMA O produtor frisa também que a época de produção é muito influenciada pelo clima “ já tive baga em julho e, o ano passado, por exemplo só tive em setembro, mas veio em força”. Apostam assim em colocar o fruto no mercado em setembro, que é quando têm a certeza de o ter, e, se conseguirem, antecipam. Sobre a dificuldade de mão de obra, Ricardo Pires reconhece que ela existe, mais ainda porque é uma cultura pouco conhecida, “pelo que é difícil contratar mão de obra em grande escala, mas vamos conseguindo ter pessoas para a colheita, para as neces- sidades de escoamento que temos. Infelizmente nunca apanhámos a baga toda que produzimos e este ano temos a expetativa de termos também uma boa produção”. A mão de obra representa precisa- mente o maior custo e, como a baga de goji “aguenta, no máximo ummês em frio, semquebras da cadeia, temos de planear sempre tudo muito bem, de acordo com a comercialização”. Quanto à venda do produto desidra- tado, a competição comcommercado asiático causa muitos entraves. As empresas nacionais de venda de goji desidratado com que falaram, referempreços da ordemdos 13 euros/ kg (bio), “o que é impensável para a produção nacional porque: preciso de 5kg de baga fresca para fazer 1kg de desidratado, um bom trabalhador apanha 1kg/h e não há ninguém a ganhar 1 euro/h em Portugal, nem é humano, obviamente. Os preços andam em torno dos 5,5-6 euros/h, se cada trabalhador apanhar 1kg é fácil de ver o que custam os 5kg necessários”, fora todos os outros custos. O goji desidratado tem uma validade de umano, mas “na teoria aguenta dois anos, semhumidade e semsol”. Ricardo Pires diz-nos que estão tambéma ten- tar entrar na distribuição, comamarca 'Adoora', da Frutalmente - onde já estão presentes com o fruto fresco -, bem como no mercado da transformação (licores, doces, chocolates, etc.). n

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