BA3 - Agriterra

5 EDITORIAL Água: fator decisivo para a agricultura portuguesa A água, um bem escasso e precioso, tem sido nos últimos anos um tema prioritário quando falamos de agricultura. Elemento transversal em todas as culturas, assume cada vez maior rele- vância no contexto da sustentabilidade e na mitigação das al- terações climáticas. É por isso que, nesta edição da Agriterra, em que antecipamos a Feira Nacional de Agricultura 2021, dedicada ao tema da Água (ver entrevista com Luís Mira) , fomos perceber como os agri- cultores portugueses estão a lidar com o problema e qual o caminho escolhido para assegurar a capacidade produtiva do setor. Mais à frente, conheça os avanços e constrangimentos que se colocam ao projeto ‘Tejo’ (Ribatejo) e aos regantes de Alqueva (Alentejo), onde a expansão do regadio segue a bom ritmo, e saiba como as questões da energia e da gestão eficien- te dos recursos através de tecnologias avançadas são decisivas. Nesta linha e, intimamente ligada à questão da Água, a Agri- cultura de Conservação assume-se cada vez mais como priori- tária. Uma gestão eficiente e sustentável não só protege o solo, melhorando a sua qualidade, ao mesmo tempo que contribui para a rentabilidade das explorações agrícolas. Abordamos o tema com o professor Mário Carvalho e damos-lhe a conhecer um exemplo das melhores práticas existentes no País, como é o caso da Herdade da Parreira, em Montemor-o-Novo. Omilho é outro segmento afetado pelas questões da água e do solo. Com o aumento da procura, há cada vez mais necessida- de de promover a produção de qualidade assente na susten- tabilidade e na valorização dos produtos. Nesta edição, damos destaque ao assunto pela voz de quem produz e sabe que o futuro passa pela eficiência e também pelo reforço do papel das Organizações de Produtores (OPs). A pandemia afetou, como sabemos, todos os setores da ati- vidade económica. A agricultura nunca parou nem podia, porque não se compadece com Estados de Emergência. O mercado das alfaias agrícolas, que contribui com uma fatia determinante para o setor, prosseguiu em labor permanen- te. Mais de um ano depois de a pandemia ter chegado, fo- mos perceber o impacto que a crise sanitária teve nos campos agrícolas de norte a sul do País. As alfaias e a construção de máquinas e instrumentos para a lavoura nunca pararam, reve- lando até resiliência à adversidade. É um facto que a resiliência, apesar de palavra gasta, resume bem a agricultura portuguesa, seja em tempos difíceis, seja em fases de crescimento. Por essa razão, a retoma que se vai sentindo e a realização de eventos que estavam até agora sus- pensos, são boas notícias para o mercado agrícola. É por isso que, em junho, todos os caminhos vão dar à Feira Nacional de Agricultura. A Agriterra, media partner do certame, vai lá estar. Queremos, com todos vós, contribuir para a reanimação do setor, informando e produzindo conhecimento de qualidade, dando a conhecer as melhores práticas e projetos da agricul- tura nacional! Como os produtores de topo estão a proteger e a aumentar a sua produção Os produtores e fornecedores de serviços utilizam os conhecimentos gerados pela Aerobotics para a tomada de melhores decisões no campo, maximizando a produção e reduzindo os custos, campanha após campanha. A Aerobotics é uma empresa de agrotecnologia que trabalha com imagens aéreas e Inteligência Artificial (IA) para criar ferramentas inteligentes para a agricultura. É a missão da empresa usar tecnologia inteligente para tor- nar o futuro da agricultura mais produtivo e sustentável. A empresa iniciou a sua operação em Portugal, no final de 2018, numa parceria com a Agroges. Devido ao bom feedback dos agricultores, a partir deste ano, a Aerobotics pretende expandir a sua atuação local, com uma equipa 100% dedicada ao mercado nacional. O 'Tree Insights', da Aerobotics, inclui dados críticos sobre o desempenho das culturas, desde a contagem de árvo- res existentes e em falta, até à vitalidade das árvores e zonas, área e volume da copa. Com estas informações, os produtores podem implementar ações no momento e local certos e garantir que as culturas estão a atingir um desempenho ideal. Esta tecnologia permite: • Detetar áreas com baixo desempenho, não visíveis a olho nu, devido a pragas, doenças, problemas de rega e carências de nutrientes; • Executar programas inteligentes e eficientes de pro- dutos fitofarmacêuticos, gerir o fluxo de trabalho das equipas, realizar investigações direcionadas para inter- vir no momento e local certos; • Gerir e maximizar os inventários de plantas, com uma visão do número de árvores existentes e em falta na exploração agrícola; • Garantir operações bem-sucedidas e umelevado retorno do investimento (ROI), acompanhando o impacto das intervenções e monitorizando o desenvolvimento das culturas ao longo do tempo. Saiba mais aqui: https://www.aerobotics.com/.

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