BP8 - InterPlast

ENTREVISTA 16 LUÍS ALMEIDA CMO DA LOGOPLASTE “A partir do momento em que dermos valor ao plástico, ele deixa de aparecer nas lixeiras” Luísa Santos No final de fevereiro, em plena pandemia, 60% do capital da Logoplaste mudou de mãos e consta que não faltaram interessados. A atenção demonstrada pelos mercados financeiros revela que a empresa portuguesa está de boa saúde e recomenda-se. Nesta entrevista, Luís Almeida, diretor de marketing da multinacional, revela-nos que o segredo está na aposta na inovação e sustentabilidade, bem como na relação de proximidade com os seus clientes. Fundada em 1976 por Marcel de Botton, a Logoplaste foi, aliás, pioneira nummodelo de negócio que potencia esta abordagem: o chamado ‘hole-in-the-wall’ do cliente. Hoje, com uma faturação global de 620 milhões de euros, gerados por 70 fábricas instaladas em 16 países, o fabricante de embalagens PET concentra esforços no desenvolvimento de soluções que garantam a sustentabilidade do material a longo prazo. A Logoplaste anunciou recentemente a venda da parti- cipaçãomaioritária do fundo norte-americano Carlyle ao Ontario Teachers’ Pension Plan (OTPP). O que sig- nifica esta operação para o futuro da empresa? Que investimentos têmprevistos para os próximos anos? Esta venda da Carlyle ao OTPP é um processo natural. Os fundos de investimento têm como objetivo a valorização de ativos durante um período de tempo predeterminado que, normalmente, varia entre quatro e sete anos. O que todo o processo à volta desta venda demonstra - tivemos muitíssimos candidatos - é que há uma grande apetência pela Logoplaste. E isto acontece, essencialmente, por três fatores: em primeiro lugar, pela resiliência do nosso modelo de negócio (independentemente do momento económico, nós conseguimos consistentemente crescer e gerar valor); em segundo lugar, pela nossa abordagem do ponto de vista ecológico e de sustentabilidade, que nos diferencia dos nossos concorrentes e que tem tido muito boa aceitação por parte dos nossos clientes (temos vindo a ganhar novos contratos muito graças a este aspeto e ao investimento em inovação); e, finalmente, porque temos conseguido crescer muito acima da média do mercado. A OTPP entra no capital da Logoplaste justamente por- que acredita no potencial da empresa e quer participar no nosso crescimento.

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