BM14 - InterMETAL

ENTREVISTA 17 Sabe quantos robôs tem a Yaskawa atualmente instalados em Portugal? Em que setores? Temos cerca de 1.500 unidades instaladas em empresas fabricantes de componentes para a indústria automóvel, como é o caso da Simoldes Plásticos, da Faurecia, da Dura, entre outras, e em empresas da indústria transformadora, por exemplo, na Sumol Compal, na Teka, na Renova, nas fábricas do Grupo Amorim e no Grupo Roca. Quais são as vossas principais áreas de especialização? A Roboplan trabalha em parceria com diversos integradores que incorporam os robôs nas suas máquinas. Estas empresas, por sua vez, são especializadas em determinadas áreas de processo, seja em máquinas para chapa, para tubo, para finais de linha, pintura, etc.. Por outro lado, a Roboplan atua também como empresa de engenharia, integrando processos finais, desde que não entrem em concorrência com os integradores/clientes existentes. Neste caso, normalmente, estamos a falar de aplicações muito específicas e com pouca probabilidade de multiplicação de instalações. Dito isto, a Roboplan tem uma tradição muito forte na área da soldadura por arco, beneficiando do facto da Yaskawa ser, incontestavelmente, a líder mundial nessa área. Na sua opinião, atualmente, que aspetos determinam a escolha de um fornecedor de robótica emPortugal? Como hoje em dia não há, em geral, maus automóveis, também não existem maus robôs entre as principais marcas. O importante é, sobretudo, a experiência e a dedicação de quem desenvolve a solução, obviamente com base em marcas reconhecidas. Mas, infelizmente, algumas empresas que se dedicaram à robótica industrial em Portugal deixaram de existir. Quer isto dizer que a sustentabilidade do negócio é um fator crítico na escolha de um fornecedor, porque como cliente não queremos ficar sem a adequada assistência técnica ou o conhecimento detalhado de determinada aplicação. É desejável que o fornecedor tenha uma dimensão mínima que garanta a qualidade do serviço e da aplicação, simultaneamente com a garantia do equipamento utilizado. A pandemia veio aumentar a procura de soluções de soldadura robotizada no setor da metalomecânica. Também é esta a vossa experiência? O que sobretudo notámos foi o agravamento da falta de mão de obra disponível para os trabalhos mais físicos, entre eles a soldadura. Ou seja, existe uma forte escassez de soldadores porque as pessoas já não são atraídas “Hoje, não existemmaus robôs entre as principais marcas. O que faz a diferença é a experiência e a dedicação de quem desenvolve a solução” Instalações da Roboplan em Aveiro.

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