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15 TENDÊNCIAS “A aceleração de tendências foi, certamente, a macro-tendência que marcou estes últimos dois anos de pandemia. Este novo normal é, talvez, apenas um salto no tempo, do futuro que teríamos, quer houvesse crise pandémica ou não”, garante Rui Vaz, Partner da Deloitte. Ao contrário do que era apontado pelos cenários mais pessimistas, que previam que a Inteligência Artificial (IA) pudesse substituir a componente humana, a verdade é que a automação tem permitido às empresas dotar os seus colaboradores de ‘superpoderes’ para enfrentar projetos inovadores, que vão permitir ter uma vantagem competitiva no mercado por via da diferenciação. Outro exemplo é o Blockchain, que tem permitido às organizações automatizarem processos que ocorrem entre múltiplas entidades, eliminando a necessidade de trocas manuais de dados, e facilitando a gestão descentralizada e segura de processos de negócio entre várias organizações. Segundo o estudo, que analisa a evolução tecnológica e identifica as tendências que irão ter maior impacto nas organizações, nos próximos 18 a 24 meses, as áreas ou departamentos de TI estão a automatizar grandes componentes da sua infraestrutura, permitindo que os engenheiros se foquem em componentes de alto valor acrescentado. Por outro lado, a IA está também a funcionar como uma primeira linha de segurança cibernética, detetando e respondendo a ameaças de forma automática. Ainda que a pandemia tenha alimentado as tendências deste ano, seria um erro entendê-las simplesmente como uma resposta direta à Covid -19. Em vez de reorientar os objetivos das empresas, a pandemia veio confirmar muitas das prioridades já existentes. Nuno Carvalho, Partner da Deloitte, refere que: “as empresas que querem prosperar terão de adaptar os seus modelos de negócio e operações à luz da nova realidade. A automação, uma das tendências chave este ano, é disso bom exemplo: mecanizando tarefas vai permitir por um lado ganhos de eficiência, e por outro, tirar o máximo partido das capacidades dos profissionais, que vão estar mais focados em tarefas complexas e especializadas”. O estudo da Deloitte explora sete tendências que deverão impactar os negócios nos próximos dois anos: • Automação em escala: as empresas pioneiras estão a modernizar os seu 'back office de TI' adotando ummodelo proativo de autoconhecimento e automação avançada. • IA aplicada à cibersegurança: à medida que as organizações se deparam comquebras de segurança, a IA aplicada à cibersegurança poderá ser um uma defesa efetiva, permitindo que as equipas de segurança não respondam apenas commaior rapidez aos ciberataques, mas que, acima de tudo, antecipem esses movimentos e ajam com antecedência. • Múltiplos dispositivos tecnológicos: a explosão de dispositivos inteligentes e o aumento da automação de tarefas físicas estão a conduzir a uma multiplicidade de dispositivos, que vai muito para além dos computadores ou smartphones. As empresas devem agora considerar equipamentos inteligentes adaptados à indústria 4.0, robôs industriais, drones ou dispositivos de monitorização de saúde. • Facilidade na partilha de informação: novas tecnologias dão origem a produtos e modelos de negócios inovadores, simplificando amecânica de partilha de dados entre organizações — tudo isso preservando a privacidade. • Cloud torna-se vertical: os fornecedores de cloud e software oferecem soluções verticais específicas para modernizar processos e impulsionar a inovação. • Blockchain: o Blockchain e plataformas tecnológicas similares estão a mudar a natureza do mundo empresarial indo além das fronteiras organizacionais e ajudando muitas empresas a reinventar a forma como criam e gerem ativos tangíveis e digitais. • Anotações do futuro: Ainda que o futuro seja hoje, é necessário considerar a nova vaga tecnológica que irá ser uma realidade nos próximos cinco a dez anos: computação quântica, inteligência exponencial e experiência ambiental. Ainda que em desenvolvimento, estas três tendências têm vindo a atrair as atenções da comunidade científica. n A automação tem permitido às empresas dotar os seus colaboradores de ‘superpoderes’ para enfrentar projetos inovadores

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