BM12 - InterMETAL

MEDIÇÃO E CONTROLO 41 ou inicie a produção, assim como a montagem de uma ferramenta de substituição. Para além disso, devido à rapidez da nova tecnologia 5G, tende-se a conseguir uma produção com zero atrasos. Com esta nova forma de proceder podemos confirmar a garantia de qualidade/funcionalidade das peças através da informatização de todos os processos de fabrico e não apenas na magnitude geométrica das peças fabricadas como índice para medir a qualidade. No entanto, um aspeto fundamental a ter em conta são os fatores críticos que introduzem as, não desejadas, fontes de erro dos processos de fabrico. Estes fatores devem ser informatizados para o seu controlo e correção, podendo garantir um fabrico com zero defeitos[1]. A figura 4 apresenta esquematicamente tais fontes de erro. Não obstante, para levar a cabo estes novos controlos de qualidade, é necessária uma inovação tecnológica no que diz respeito a máquinas de medição ou sistemas de captação de dados [5]. Felizmente, o crescimento e desenvolvimento de equipamentos demedição mais sofisticados e o desenvolvimento de novos softwares ajustam-se aos requisitos da metrologia 4.0, tornando tudo isto possível. Os sistemas ou sensores de digitalização e digitalização 3D são os mais promissores devido à grande quantidade de dados que podem ser captados. Este é o caso dos sistemas de processamento de imagens e de visão, a tomografia computorizada por raios X (TC), a luz estruturada, entre outros [7]. Resumindo, o controlo de qualidade da produção baseada na medição holística (informação de todo o processo de fabrico), em conjunto com a boa gestão da grande quantidade de dados, é a chave para conseguir um sistema de produção preditiva e um fabrico com zero defeitos, zero surpresas, zero atrasos e zero desperdícios. Em muitas ocasiões, tudo isto é sustentado por modelos multifísicos de simulação que, em conjunto com o elevado input de dados dos sensores, torna possível prever a representação digital dos componentes. Exemplos de ferramentas utilizadas para este tipo de simulações são a fluido dinâmica computacional (CFD) e a análise de elementos finitos (FEA). As tarefas de digitalização e medição holística de todo o processo de fabrico geram novos modelos como é o caso dos modelos ciber-físicos (CPS)[1]. Estes modelos têm duas partes, uma virtual e outra física (a máquina), as quais se encontram conectadas pela infraestrutura da Internet Industrial das Coisas (IIoT) Como a principal missão consiste em ajustar-se de forma inteligente e preditiva em relação às alterações holísticas da medição em tempo real de acordo com o conteúdo medido (informação sobre o contexto da medição, a condição da medição, a quantidade medida, o objeto da medição, a condição da Figura 4. Principais fontes de erro durante o processo de fabrico de uma peça. Figura 5. Modelo de metrologia de fabrico ciber-física (CPS).

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