BM12 - InterMETAL

26 FERRAMENTAS DE CORTE Uma abordagem à maquinação de ligas exóticas ou superligas O que são as ligas, ou materiais, exóticas? Porque são tão raras e como são maquinadas? Para as entendermos, primeiro precisamos de as definir. Os materiais mais utilizados em engenharia são ligas de base de ferro, como os aços, aços inoxidáveis e fundições. Outro grupo de materiais utilizados com frequência são as ligas de base não férrica, como as de alumínio, latão e bronze. Para além disso, existem os materiais de tipo exótico, desenvolvidos para responder a necessidades mais específicas. Estes materiais exóticos foram desenhados para aplicações específicas; são raros, não são utilizados regularmente e o seu fabrico costuma ser dispendioso. Andrei Petrilin, Technical Manager da Iscar Não existe uma definição rigorosa para os materiais exóticos. Por isso, muitos especialistas definem os metais como o Berílio, Zircônio, e as suas ligas, como cerâmicas, compósitos e superligas. No que à sua utilização como materiais estruturais diz respeito, as superligas e os compósitos ocupam o primeiro lugar. A baixa maquinabilidade destes materiais é um dos desafios que a indústria da maquinação de metais enfrenta. As superligas, ou de forma mais específica, as ligas a altas temperaturas (HTSA), foram desenhadas para condições de altas cargas mecânicas e temperaturas. São utilizadas principalmente para turbinas de gás, diferentes tipos de válvulas e equipamento petroquímico. O 'exotismo' das superligas reside no seu desenho metalúrgico, que as dota de uma elevada resistência à fadiga para evitar deformações a altas temperaturas. Considerando o seu componente principal, as HTSA podem ser divididas em três grupos: Com base de Níquel (Ni), Cobalto (Co) e Ferro (Fe). Estas superligas, em particular as que possuem base em Ni e Co, possuem uma maquinabilidade muito baixa. Por outro lado, os designados de Compósitos, sãomateriaismulticomponentes. Ao contrário do que acontece com qualquer material tradicional, como o aço ou o alumínio, a forma e dimensões das peças do compósito são praticamente as finais, pelo que não necessitam de uma extração significativa de material. No entanto, os diferentes componentes de um compósito apresentam propriedades distintas, formando uma estrutura heterogénea que dificulta a maquinação. O processo de maquinação dos compósitos é diferente dos metais, e frequentemente parece que se quebramem vez de se cortarem. A grande capacidade de abrasão dos compósitos pode ocasionar uma intensa perda do fio de corte da ferramenta assim como outros problemas, como a degradação da precisão ou defeitos de maquinação irreparáveis. A indústria da maquinação de metais tem avançado de forma significativa neste campo. As máquinas-ferramentas vanguardistas e as novas e eficazes estratégias de corte aumentaram o rendimento das operações de maquinação para um patamar completamente novo. O impressionante salto para a impressão 3D, que pode reduzir de forma espetacular o número de operações de maquinação, parece muito promissor. Mas

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