BM10 - InterMETAL

5 EDITORIAL Quase dois anos depois do início da pandemia, os even- tos presenciais regressam em força ao setor. Tanto a Moldplás, muito focada nas soluções de fabrico para as indústrias de moldes e plásticos, como a Emaf, mais abrangente e atualmente a principal feira industrial rea- lizada em Portugal, têm o espaço praticamente esgo- tado e antecipam uma grande afluência de visitantes. Estas são boas notícias e refletem o entusiamo generali- zado, com várias indústrias a registarem um acentuado aumento de encomendas e as exportações a voltarem aos números pré-Covid. No entanto, o crescimento do setor metalúrgico e me- talomecânico está a ser fortemente condicionado pela dificuldade em obter matéria-prima e pela consequen- te subida de preços de materiais como o aço, alumínio e cobre. O problema não é novo e não tem fim à vista. Em declarações recentes, Rafael Campos Ferreira, vice-pre- sidente da AIMMAP, aponta como principais causas o aumento da procura nos países produtores asiáticos e a falta de alternativas na Europa, conjugada com as altas taxas de importação. Mais uma vez, o setor vai ter de dar ‘a volta ao texto’ e en- contrar formas de manter a rentabilidade nestas condi- ções adversas, investindo, por exemplo, na digitalização de processos, uma opção que já provou bons resultados em várias empresas. Leia, na página 52 o caso de suces- so da filial da Harting que fabrica os moldes de injeção para as peças que compõem os produtos da empresa. Nesta edição da InterMETAL damos-lhe também a co- nhecer algumas das soluções apresentadas pelos fa- bricantes de máquinas-ferramenta e componentes na EMO 2021 que este ano se realiza em Milão, Itália, e apresentamos-lhe novidades na área do corte laser, da fabricação aditiva, da soldadura, da robótica e dos cen- tros de maquinagem. Não perca ainda a entrevista a Carlos Teixeira, CEO da Cheto Coorporation que, no final do ano passado, foi re- conhecida como uma das principais empresas a atuar no mercado mundial da furação profunda. Para ler na página 10. Entretanto, já sabe, se visitar a Moldplás ou a Emaf, pas- se pelo nosso stand e leve um exemplar impresso desta ou de edições anteriores. Até lá, boa leitura! Finalmente, voltamos a encontrar-nos! Fanuc assinala a produção do robô industrial número 750.000 A Fanuc Corporation, um dos principais fabricantes e fornecedores mundiais de soluções de automação industrial, anunciou no início de julho a produção do seu robô industrial número 750.000. Atualmente, a Fanuc produz cerca de 8.000 robôs industriais todos os meses nas suas fábricas no Japão, sendo que a capacidade de produção é de até 11.000 unidades/mês. A empresa é conhecida pelas suas instalações de produção altamente automatizadas, ondemilhares de robôs demons- tramfiabilidade, destreza e rapidez na fabricação deprodutos Fanuc como robôs, controladores CNC e máquinas-ferramenta. A empresa vai entregar o robô número 750.000 a um cliente europeu. Os principais clientes da Fanuc são os produtores de automóveis e seus fornecedores, ainda que outras indústrias - como a eletrónica, o setor ali- mentar, a indústria farmacêutica e a medicina - estejamtambéma aumentar a sua base de robôs industriais. Embora a pandemia de coronavírus tenha inicialmente conduzido a umdeclínio nas encomendas de robôs, a Fanuc tem assistido, desde então, a uma forte recuperação nas ven- das, especialmente na Ásia e nos EUA. Só nos últimos quatro anos, a Fanuc investiumais de 120 milhões de euros em novas instalações em toda a Europa. Continuando com os planos de crescimento, a empresa vai investir mais 100 milhões de euros nos próximos três anos.

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