BJ7 - Novoperfil Portugal

ENTREVISTA 68 PERFIL Longo Prazo para a Renovação do Edificado (ELPRE) e o Programa de Eficiência de Recursos na Administração Pública (ECO.AP), enquanto dá apoio técnico à operacionalização de instrumentos de financiamento, nomeadamente, o Fundo Ambiental. Poderá a economia circular ser a solução sustentável para haver menos produção de resíduos? O futuro de um planeta sustentável passa pela incorporação dos princípios de circularidade nas nossas atividades económicas e pela dinamização da atividade humana minimizando a exploração dos recursos naturais. Portugal está na linha da frente da aplicação do Plano de Ação Europeu para a Economia Circular, com um plano nacional que está agora a ser atualizado para um novo ciclo. Neste âmbito, importa assinalar que a ADENE está a desenvolver e irá lançar, ainda este ano, um sistema de classificação do desempenho em economia circular para ajudar as empresas a planear o seu progresso na adaptação a estes princípios, já apresentado à tutela. Queremos com isso dar maior visibilidade ao conceito e dotar as organizações de métricas que as estimulem a avançar cada vez mais e de forma mais rápida neste caminho para a sustentabilidade. Neste contexto, e tendo por base a nossa experiência, importa deixar claro que a economia circular não será a solução para a existência de menos resíduos. A abordagem é outra. É que a prevenção da produção de resíduos é parte integrante da economia circular. Não são temas dissociados - estão intrinsecamente ligados. Economia circular: menos resíduos; menos poluição; menos exploração de recursos naturais; mais cuidado com o Planeta! O futuro parece estar namobilidade elétrica. Mas isso traz novos desafios. Está o País, e nomeadamente a infraestrutura, preparada para o aumento do consumo (caso haja uma adesão massiva às viaturas elétricas, por exemplo)? Amobilidade elétrica é determinante para a sustentabilidade, mas traz grandes desafios, tanto ao nível da infraestrutura, como ao nível das matérias-primas necessárias para o seu fabrico. Mas estes riscos estão identificados e soluções para os mitigar são trabalhadas a vários níveis, desde o aumento do tempo de vida das baterias ao aumento da quantidade de energia que uma bateria pode armazenar, mas também soluções de carregamento inteligente, que permitem maximizar a eficiência da infraestrutura existente, minimizando os investimentos no reforço da mesma, que apesar de tudo, terão de acontecer pontualmente. O aumento do número de viaturas totalmente elétricas, que já representam cerca de 10% do total de vendas, mostra a confiança na infraestrutura existente, colocando Portugal na linha da frente desta mudança. Penso que arrancamos assim no bom caminho para cumprir as metas definidas no PNEC 2030 para a mobilidade, com a redução de 40% das emissões, em relação a 2005, e a incorporação de 20% de energias renováveis nos consumos de energia neste setor. “A ADENE está fortemente empenhada na descarbonização e apresenta-se como um agente agregador e catalisador da mudança para um sistema energético em que os consumidores informados e capacitados devem ser agentes ativos no mercado”

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