BJ7 - Novoperfil Portugal

48 PERFIL EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFÍCIOS novos, em que se quer optar por outro tipo de solução, o recurso ao isolamento colocado na parte inferior da Laje de teto com Lã de Rocha de espessura sempre nunca inferiores a 8 cm e acabamento a pladur, também se verifica como sendo uma das soluções usadas com bastante frequência. • Envolvente Não Opaca (Vãos Janelas) – Vertical e Horizontal: os vãos envidraçados são uns dos pontos muito importantes em qualquer edifício, desde a sua projeção/ orientação definida pelo projetista aquando da execução do projeto de arquitetura, bem como da solução de proteção solar a aplicar. Numa fase em que as arquiteturas modernas cada vez mais se direcionam para a projeção de vãos com grandes áreas, é muito importante que a proteção solar, exceto no caso dos vãos orientados a Norte, a colocação de proteções solares pelo exterior do vão. Outra solução a usar será vidros de baixa emissividade, no entanto, nestes casos, temos um problema, enquanto a proteção solar exterior é móvel, na estação de inverno podemos mantê-las inativas, no caso dos vidros de baixa emissividade este não vai permitir o sobreaquecimento no verão, mas no inverno em que necessitamos de ganhos solares para diminuirmos desta forma as necessidades de aquecimento, o vidro irá diminuir esses ganhos. • Ventilação: no caso da ventilação, para garantirmos uma boa e eficiente renovação do ar, poderemos optar por duas soluções, mecânica ou natural. No caso da ventilação natural, como a mesma recorre a grelhas de admissão de ar, em que o ar admitido não é tratado, iremos estar a imputar grandes perdas térmicas, o que levará a um maior consumo de energia. Se optarmos pela ventilação mecânica, o que irá acontecer é que conseguiremos regular, de forma mais eficiente, os caudais de renovação de ar e o ar admitido poderá ser tratado, permitindo, desta forma, ajustarmos a temperatura do ar que estamos a insuflar no edifício. • Sistemas de Produção de Águas Quentes Sanitárias: para o aquecimento de águas quentes sanitárias temos várias soluções, desde a colocação de painéis solares térmicos, colocação de uma bomba de calor, a possibilidade de colocar painéis fotovoltaicos. No entanto, o sistema mais comum até há cerca de 2 anos incidia nos painéis solares térmicos, pela imposição do regulamento, até que surgiu a possibilidade de substituirmos a energia renovável produzida pelos painéis para AQS por um outro equipamento, desde que o mesmo tivesse uma produção de energia renovável igual ou superior à dos painéis solares. Desta forma, aconteceu uma transformação do mercado, com o aparecimento das Bombas de Calor, em que tendo por base o seu funcionamento e rendimento elevado, a mesma consegue suprimir a energia renovável dos painéis solares. Efetivamente, isto é verdade em teoria, no entanto, quando falamos de painéis solares, estamos a falar de energia renovável quase a 100%, porquê? Na verdade, um sistema de painéis solares quando comparado com uma bomba de calor, num período em que a produção do mesmo é rentável, diria de março a outubro, o que acontece é que os dois sistemas produzem a mesma energia renovável mas com uma grande diferença, a bomba de calor precisa de um consumo de energia muito superior relativamente ao painel solar, pois o painel solar apenas terá associado o consumo de energia primária da bomba recirculadora do sistema, mas a bomba de calor precisa de consumir energia para fazer o aquecimento da água. Desta forma, comparando-se as duas soluções, os painéis solares promovem uma redução muito superior de energia primária em comparação à bomba de calor. Em alternativa, como temos vindo a observar, o mercado tem optado, para suprimir esta desvantagem, em colocar painéis fotovoltaicos em conjunto com a bomba de calor, em que aqui com esta alteração passaremos a ter um sistema integrado em que o consumo de energia primária para AQS irá estar ao nível do sistema dos painéis solares. • Sistemas de Climatização: em relação às soluções para climatização dos edifícios, existe uma enorme variedade de soluções, sendo que, com o objetivo de reduzir o consumo de energia, deveremos optar, sempre que possível, por equipamentos que recorrem a energias renováveis para o seu funcionamento. Consoante a zona climática onde se insere o edifício, após análise das suas necessidades de aquecimento e arrefecimento, poderemos definir dois tipos de edifícios, com necessidade de aquecimento e arrefecimento, edifícios com necessidades apenas de aquecimento ou arrefecimento. Nos edifícios futuros, independentemente dos sistemas preconizados para o edifício, tanto ao nível de climatização como no AQS, devem sempre incentivar a instalação de painéis fotovoltaicos

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