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25 PERFIL JANELAS: MATERIAIS A circularidade na economia aposta principalmente na reutilização e reciclagem de produtos e componentes e, no mundo das janelas, esta atitude é de especial importância para garantir uma aplicação criteriosa e sustentável dos materiais A circularidade na economia aposta principalmente na reutilização e reci- clagemde produtos e componentes e, no mundo das janelas, esta atitude é de especial importância para garantir uma aplicação criteriosa e sustentável dos materiais. Nos projectos de reabilitação, a deci- são mais frequente e imediata é a de substituir as caixilharias. A reutiliza- ção das janelas existentes não é uma tarefa fácil. Contudo, uma análise mais ponderada e criteriosa das janelas exis- tentes e das características dos vãos e da envolvente em que se inserem, poderá levar a uma recomendação de aplicação de uma segunda janela, mais simples e económica, mantendo e recuperando a existente. Uma tal medida pode representar uma pou- pança monetária, evitar a produção de resíduos e melhorar significativa- mente o desempenho da janela a nível térmico, acústico e de estanquidade. A reciclagem é outro vetor de suma importância, tanto na tomada de deci- são de substituição das janelas como no tratamento dos resíduos resultantes do levantamento das caixilharias antigas. O vidro, elemento dominante na fabri- cação de janelas, temuma capacidade inesgotável de incorporação na pro- dução de novo material. Na fase actual de reabilitação já estão a ser levantadas muitas janelas de alumínio frio. Esse material pode ser refundido e reutilizado infinitamente e muitas marcas estão já a explorar essa capacidade usando ligas de extrusão que incorporam percentagens muito elevadas de alumínio reciclado prove- niente de aplicações anteriores emobra. E noutros materiais, dos perfis a outros componentes e acessórios, podem explorar-se utilizações similares, gerando compósitos ou subprodutos de incorporação em diversos mate- riais de construção. Na verdade, já Lavoisier postulava no século XVIII que, na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. E não é preciso rolarem cabeças para pôr em prática uma estratégia de ges- tão assente em economia circular que aposte na reintegração de componen- tes no circuito produtivo, salvaguarde o uso parcimonioso da exploração dos recursos naturais, reduza a pegada ecológica introduzida pelos processos produtivos da indústria transforma- dora e permita a criação de condições de conforto e habitabilidade a que já nos habituámos, sem exageros e fundamentalismos. n Nota: a ANFAJE escreve segundo as regras do antigo Acordo Ortográfico.

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