BI294 - O Instalador

GRANDE ENTREVISTA 50 coisas funcionam e a empresa não tem parado. E é uma evidência da resiliência que tivemos e uma capacidade de dar resposta sólida. PLANO ESTRATÉGICO 2021-2023 O Plano Estratégico 2021-2023 da Endesa incide na aceleração da descarbonização e transição energé- tica, baseada no aumento das energias renováveis, hidrogénio e na digitalização da rede. Como se vai isso materializar em concreto? Estas metas são necessárias e se calhar até insuficientes. Houve uma revisão das metas europeias no processo de descarbonização, que só obrigam a uma aceleração de toda esta mudança histórica do setor energético. Trata-se de uma alteração de todo o conceito e de toda a infraestrutura energética e que temos que alterar. Há um valor mais alto que se levanta: não podemos conti- nuar com as emissões e continuar a agredir a atmosfera como temos feito. Em relação à central do Pego, em Abrantes, que vai encerrar, que alternativa iremos ter e que, em termos ambientais e económicos, seja viável? É ponto assente que a central do Pego vai fechar. Isto para o grupo Enel e Endesa não é inédito. Fechamos recentemente uma central na Colômbia e em Espanha estamos a fechar várias. E temos um modelo e equipas preparadas para mitigar o impacto económico desta mudança de tecnologia e o encerramento destas cen- trais. Recordo também que estamos comprometidos com uma série de objetivos das Nações Unidas. Temos, internamente, elaborado planos e ações concretas no terreno para os sítios onde estamos a desativar centrais, de mitigação, mudança e transformação das econo- mias locais, fruto do impacto de encerramento e fazer a transição da forma mais limpa possível. O que lhe posso dizer, neste momento, é que estamos a conversar ainda com o nosso sócio da Tejo Energia para o modelo de futuro para o Pego. Temos noção que é urgente, do ponto de vista operacional e técnico, e também para o futuro das populações. Em breve haverá novidades sobre o futuro e a transição. Mas há alguma solução em cima da mesa? O caminho mais óbvio é optar por ummix de renováveis para poder instalar e aproveitar. Ter a possibilidade de manter alguns elementos da central que podem prestar serviços ao sistema elétrico, e é com base nisto que esta- mos ainda a avaliar o caminho mais racional. Queremos dar nota disto ao Governo e às autarquias e, muito em breve, iremos ter decisões sobre este dossier em concreto.

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