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AGRICULTURA DE PRECISÃO quer pela quantidade de produção de matéria seca. As culturas foram instaladas com doses de sementeira 10 a 15% superiores às recomendadas para as respetivas espécies, de forma a reduzir as perdas por emergência, e antes da sementeira procedeu-se a uma rega para falsa de emergência, de forma a permitir realizar uma operação de monda química a taxa variável, cujo processo se explica adiante. Nos ensaios realizados com diferentes conjuntos trator/máquina operadora constatou-seuma importantepoupança de combustível no trabalho realizado em faixas paralelas (6,7 litros por hectare medidos a partir da telemetria do trator) com a utilização de um semeador de sementeira direta de 3,0mde largura de trabalhoquando rebocadopor umtrator de 114 kW de potência máxima com transmissão de variação contínua (CVT) e auto condução apoiada num sensor GNSS, quando comparado como consumo de 23 litros por hectare ou de 30 litros por hectare realizado pelomesmo trator a trabalhar com uma grade de discos ou um chísel, respetivamente. Outras das diferenças observadas com a técnica de sementeira direta, prende-se com o menor número de danos mecânicos causados às máquinas de corte e processamento da forragem resultante da paragem das operações demobilização e da consequência que estas operações tinham no “levantar da pedra” no solo, danificando facas das gadanheiras e danos emmáquinas de enfardar. AGRICULTURADE PRECISÃO (AP) Com o projeto ISOmap Forragem tornou-se possível consolidar e demonstrar um modelo de adoção de AP assente em duas fases (Figura 2), i) Análise preparatória – coleta de dados à instalação da cultura e ii) Análise do ciclo de produção - coleta de dados no decurso do ciclo de produção, que ao invés da visão clássica do ciclo deste processo de adoção dispensa a necessidade de cartas de produtividade como ponto de partida. Fase i – Análise preparatória Nesta fase é importante conhecer a parcela no que respeita às caraterísticas topográficas e do solo que a constituem e à influência dos fatores meteorológicos locais. A avaliação do histórico dos dados meteorológicos com as previsões em campanha – nomeadamente dos valores de temperatura do ar, temperatura do solo e precipitação deve ter em conta a maior representatividade possível da área de produção de forma a avaliar a melhor combinação de parâmetros para, simultaneamente, determinar a data de sementeira e garantir uma boa emergência da cultura. O conhecimento do solo pode agora ser completado com a criação e uma carta de condutividade elétrica aparente (CEa) obtida por um sensor geoelétrico, que em paralelo permite a georreferenciação da parcela e a determinação do modelo digital do terreno. Em função das diferentes classes de CEa encontradas pode então ser feita uma amostragem inteligente para obtenção de amostras de solo que poderá conduzir à criação de zonas distintas para gestão diferenciada da cultura tanto à instalação como na gestão ao longo do ciclo de produção. Figura 2. Adoção e implementação de ummodelo de AP em duas fases: análise preparatória e ciclo de produção, com relevo para a necessidade do conhecimento dos dados meteorológicos e georreferenciados do solo na primeira, e dos dados georreferenciados da monitorização das culturas na segunda. 22

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