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12 AGRICULTURA DE PRECISÃO “A agricultura de precisão fará cada vez mais parte do dia-a-dia das explorações agrícolas” A agricultura portuguesa está cada vez mais inteligente e utiliza, nos últimos anos, soluções e equipamentos eficientes cujo objetivo final é sempre o aumento da produtividade, a simplificação de processos, a otimização de uso de recursos e a eficiência das culturas. Ricardo Braga, um dos especialistas portugueses na área da Agricultura de Precisão, traça à Agriterra uma radiografia do setor e antecipa cenários, num tempo marcado pelas famigeradas alterações climáticas. Ana Clara Nesta conversa sobre o tema, começamos pelo percurso da Agricultura de Precisão no País que, de acordo com Ricardo Braga, “tem sido longo”. “Estamos longe de uma utilização prática generalizada, mas depois de bastante tempo em que se falava do conceito e das diversas vantagens da sua aplicação, passámos nos últimos cinco, seis anos, para uma fase demaior utilização de dados, sobretudo na caraterização emonitorização de processos. As cartas de condutividade elétrica do solo e de NDVI são bons exemplos disso. Sobretudo estas últimas têm uma utilização regular num número considerável de explorações do nosso País. Isto tem permitido a otimização de uso de recursos e fatores na gestão agronómica das culturas e, por consequência, dado um contributo para a tão necessária sustentabilidade da atividade agrícola”. E como se têm as empresas adaptado a esta evolução? À questão, o professor no Instituto Superior de Agronomia (ISA), da Universidade de Lisboa, salienta que a adoção por parte das empresas “tem seguido o padrão conhecido para a disseminação de inovações”. “Alguns primeiros adotantes commenor aversão ao risco, seguido de um número cada vez maior de empresas commaior ou menor grau de ceticismo, que necessitamde verificar os benefícios de forma umpoucomais pragmática. Uma coisa parece certa: muito poucos duvidam que a digitalização e, em concreto, a Agricultura de Precisão fará cada vez mais parte do dia-a-dia das explorações agrícolas”, frisa, acrescentando que “não se trata de uma moda passageira. É uma ferramenta que veio para ficar C M Y CM MY CY CMY K

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