BA7 - Agriterra

ENTREVISTA 66 também com o nosso know-how e a nossa capacidade de ajudar a replicar e testar as soluções, pareceu-nos que havia aqui se não o match perfeito, seguramente um match quase perfeito. Pode dar-nos exemplos específicos da importância do InnovPlantProtect para a Fertiprado? Nós temos como um dos principais objetivos a melhoria contínua dos nossos produtos e, portanto, esta associação ao InPP – que, além do mais, se encontra fisicamente muito próximo de nós – permite-nos articular e encontrar soluções para os problemas que surgem no setor e, mais concretamente, na própria casa do agricultor. Esta partilha de conhecimentos é fundamental entre uma atividade privada como a Fertiprado e uma entidade de inovação e desenvolvimento com a capacidade e as valências do InPP. Já temos casos de colaboração muito concretos na análise dessas pragas e dessas doenças, e na busca conjunta de soluções. Concretamente, o InPP foi contratado pela Fertiprado para identificar um agente patogénico que atacava prados de trevo-da-pérsia. Fale-nos desse projeto. Este projeto foi muito importante, pois conseguiram-se reportar dados da identificação de agentes patogénicos causadores dos sintomas observados em diversos campos com leguminosas semeadas, de forma a poder-se propor, numa fase posterior, tratamentos preventivos adequados, que não prejudiquem a cultura, o solo e o meio ambiente. A Fertiprado conhece muito bem as caraterísticas destas culturas e temmeios para conseguir articular com o InPP para que, através da multidisciplinaridade, se resolvam este tipo de problemas, que são fundamentais para o sucesso das leguminosas nas pastagens dos nossos clientes. Para a região alentejana em geral e para a de Elvas em particular, qual é a importância do CoLAB? Acho que traz bastantes mais-valias. Em primeiro lugar, cria empregabilidade na região, direta ou indiretamente, fixando e trazendo emprego qualificado, composto por cientistas de muitas partes do mundo, e com um know- -how muito importante e relevante para uma atividade económica bastante preponderante nesta região, contribuindo para combater a desertificação do Interior, que é um problema que nos afeta já há muito tempo. Em segundo lugar, está numa zona de importância significativa no setor agrícola a nível nacional, onde a aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos é fundamental. E por último, e não menos importante, ajuda a resolver problemas que afetam a nossa agricultura em geral, combatendo perdas de produtividade e contribuindo, por isso, para uma melhoria económica do setor e, consequentemente, da região. “Portugal é um país com bastante diversidade em termos agrícolas e (…) talvez um dos maiores desafios seja exatamente a capacidade de encontrar e gerir os diferentes recursos por forma a dar resposta a uma tão grande solicitação”

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx