BA6 - Agriterra

67 INOVAÇÃO para que obtenha todos os nutrientes que necessita e não sofra stress hídrico, por exemplo. As soluções foram apresentadas, oficialmente, no final do ano passado, mas vários produtores estão a testá-las há já algum tempo. A Quinta da Vila Chã foi uma delas, sendo que José Barroso este ano fez uma experiência curiosa: testou os produtos de três fornecedores diferentes. Os resultados, nomeadamente o aumento substancial na produção, foram suficientes para o convencer a avançar para todos os 50 hectares de olival e, inclusive, para os 45 hectares de vinha. Nomesmo olival, com a mesma idade, o troço onde foram aplicadas as soluções da Timac Agro produziu mais – “nas minhas contas foi cerca de 600 quilos por hectare a mais e, em termos de rendimento de gordura, deu mais 0,6%”. Ou seja, “deu mais produção e rendimento”. Como explicou à Agriterra, José Barroso tem utilizado, no olival, soluções de nutrição via fuliar porque os resultados são mais interessantes, mesmo ao nível do tempo despendido na preparação das caldas. Os suplementos sólidos levam imenso tempo e a eficácia nunca é tanta porque não conseguem ter uma solubilidade 100%, explica o engenheiro. A solução escolhida (líquida) tema vantagem não só de obrigar a ummenor tempo de preparação como poder ser disseminada através da máquina, sendo pulverizada e absorvida pela planta via foliar. ADAPTAÇÃO DA SOLUÇÃO AO ESTÁGIO DA CULTURA Este tipo de solução tem de ser adaptado não só à cultura em causa e à sua localização, mas também ao seu estágio. “E ao momento da aplicação”, acrescenta José Barroso. Sendo que a Timac Agro dá apoio técnico desde o primeiro momento. Aliás, é através desse apoio que é configurada a solução, por forma a ser totalmente adaptada às necessidades nutricionais da cultura em causa, assim como o momento de aplicação. Os técnicos, depois de analisaremos resultados dos testes ao solo e à cultura, definem os suplementos a colocar para cada fase. O objetivo é ter a planta saudável e nutrida e não deixá-la esgotada num ano, explica José Barroso. Normalmente tudo começa comuma análise de solo, explica Marco Morais, diretor-geral da Timac Agro. Combase nos resultados, é definida uma solução que satisfaça os parâmetros analisados. Os solos são analisados anualmente, refere José Barroso, e depois os resultados são partilhados com a Timac Agro para poder adaptar a solução, tendo, também em conta, as análises foliantes. Porque o que é importante é perceber o estado nutritivo da cultura. Bem como para perceber se a solução está a fazer efeito e, ao fim do primeiro mês, perceber o potencial produtivo, explica José Barroso. Num ano em que a floração é fraca é preciso continuar a nutrir a planta, acrescenta. É fácil perceber que, depois de um ano em que a oliveira teve uma produção substancial vai estar nutricionalmente fraca. E que, por isso mesmo, necessita de um suplemento alimentar extra, por forma a fazer o seu ciclo de dormência vegetativa para que, quando rebentar, tenha mais energia. São abordagens que, há alguns anos, não eram sequer equacionadas, reflete José Barroso. Não nos devemos esquecer que o olival tem um ciclo plurianual, refere Marco Morais. O que obriga a um cuidado constante e contínuo. José barroso explicou que optou por só ter variedades espanholas (arbequina, arbosana e duas outras que, por enquanto, só ainda têm um número de código) porque são variedades mais adaptadas para esta nova era. Em tempos teve oliveiras galegas mas desistiu porque a produção eramenor quando comparada com as outras variedades. A SOLUÇÃO DA TIMAC AGRO A diferença das soluções apresentadas pela empresa francesa reside no facto de se basearem em produtos naturais. José Barroso, da Quinta da Vila Chã.

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