BA6 - Agriterra

CITRINOS EM PORTUGAL 50 inclinada de cerca de 35° em relação à folha (Figura 2). Em condições favoráveis pode percorrer grandes distâncias, transportado por correntes de ar e, desta forma, colonizar hospedeiros suscetíveis em locais remotos. Mesmo no estado adulto, o seu tamanho é reduzido, medindo cerca de 4 mm de comprimento. O seu tamanho e a semelhança com outros psilídeos tornam difícil a sua identificação. Daí que a forma mais fácil e rápida de a detetar seja pela observação da presença de sintomas, ou seja, os empolamentos deixados pelas ninfas. ENTRADAEDISPERSÃODAPSILA EM PORTUGAL (E EM ESPANHA) A psila-africana-dos-citrinos foi detetada na ilha da Madeira em 1994 e mais tarde, nas Canárias, em 2002. Em 2014, apareceu pela primeira vez na Península Ibérica, na zona noroeste de Espanha. O psilídeo foi encontrado nos meses seguintes na província de Pontevedra (Galiza), em Espanha, e no distrito do Porto, em Portugal (Pérez-Otero et al. 2015). A via que levou a espécie T. erytreae a chegar ao noroeste da Península Ibérica permanece desconhecida. Após a deteção da psila-africana em Portugal Continental, foram implementas medidas fitossanitárias de controlo do inseto nas regiões em que foi detetado e prospeções nas zonas circundantes. Apesar destas medidas, não foi possível parar a progressão do inseto, pelo que, a área infestada foi aumentando, estando atualmente presente em toda a costa oeste do país (Figura 3). A dispersão da psila-africana-dos- -citrinos tem ocorrido ao longo da costa, provavelmente por o inseto não suportar condições de elevadas temperaturas e baixa humidade atmosférica (Paiva et al., 2020). LUTA BIOLÓGICA Associado ao plano nacional de contingência da praga, foi colocado em prática desde outubro de 2019, o plano nacional de luta biológica contra T. erytreae, com o himenóptero ectoparasitóide específico Tamarixia dryi. Este parasitóide tem sido utilizado em programas semelhantes para o controlo de T. erytreae noutros locais como a ilha de Reunião (1974), as Ilhas Maurícias (1982) e as Canárias (2017). A escolha deste parasitóide deve-se à sua alta especificidade e eficácia no controlo desta praga. Até ao momento, os parasitóides utilizados em Portugal continental têm sido cedidos pelas entidades espanholas e as largadas têm sido levadas a cabo pelas DRAP de cada região afetada. As primeiras observações em campo mostram que o parasitóide T. dryi tem tido um papel importante na redução das populações de T. erytreae e que, embora a praga se tenha vindo a dispersar, o parasitóide tem acompanhado esta dispersão. No entanto, é necessário continuar a monitorizar a dispersão da praga e do seu Figura 3. Mapa atualizado a 25/11/2021 das freguesias infestadas por Trioza erytreae (psila-africana-dos-citrinos). Fonte:https:// www.dgav.pt/plantas/conteudo/sanidadevegetal/inspecao fitossanitaria/informacaofitossanitaria/trioza-erytreae/ CAMPO GRANDE, Nº 50 1700-093 LISBOA TELEF. 21 323 95 00 FAX. 21 323 95 01 ANEXO Zona Demarcada de Trioza erytreae – Freguesias infestadas + Zona Tampão

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