BA4 - Agriterra

102 TOMATE Sobre as perspetivas da cultura para o futuro, o produtor – que também é administrador da Carmo & Silvério, Organização de Produtores, que agrupa produtores do Oeste e da Póvoa do Varzim – afirma que “para ultrapas- sarmos a ‘concorrência’ de Espanha, que é o maior produtor da Europa, começámos a apostar na produção em contraciclo, entre maio e novembro, tentado colher o máximo possível em setembro e outubro, que é quando o preço está melhor”. Oprodutor sublinha que, desta forma, os produtores portugueses ganharamum aliado de peso, uma vez que “Espanha já temos canais de distribuição e assim, vem comprar o tomate nacional, de reconhecida qualidade, quando não consegue produzir”. Porque, explica, “em Almería, a principal zona produtora, a temperatura dentro das estufas no verão pode até chegar aos 50°, enquanto nós aqui, estamos a poucos km da Praia de Santa Cruz, com temperaturas na ordem dos 23-24°”. n * Um assunto que a Agriterra já abordou: https://www.agriterra.pt/ Artigos/348280-Green-Deal-pode- gerar-perdas-330-milhoes-euros- ano-no-rendimento-agricola-em- Portugal.html Como a produção do tomate para consumo em fresco é feita maioritariamente em estufa e em hidroponia, os problemas sanitários são muito menores e conseguem- se resolver, principalmente, com luta biológica.

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