BA2 - Agriterra

AMENDOAL 46 em%) integradas ao longo do dia (das 7 às 21h solares), comparando o eixo central e o vaso, similares à sebe e ao vaso de amendoeira, foram de 75% e 82%, respetivamente (Iglesias 2019c). Dados similares quanto à linearidade na interceção de luz e efeito da largura e orientação da sebe, foram reportados, comoliveira, por Trentacoste et al. (2015) e Camposeo et al. (2021). Os rendimentos médios obtidos em plantações comerciais existentes em Espanha e Portugal, plantadas desde 2010 são expostos na Figura 12. Épossível observar a progressão das produções segundo a versão da sebe utilizada: V1, V2 e V3, comum aumento de 60% da versão V3 (2.800 kg/ha) em relação à versão V1 (1.750 kg/ha). As produções obtidas até ao 4.º ano com a V3 e um controlo ideal da copa foramsuperiores às esperadas e superaramos 3.000 kg/ ha no quinto ano. Verifica-se uma relação linear entre o aumento dos valores de interceção de radiação, bem como do volume da sebe, correspondentes às três versões, e o aumento das produções obtidas (Figura 11 esq. e Figura 12). Daí se deduz a impor- tânciadaconfiguraçãodaplantaçãopara a condução da sebe, em particular na orientação N-S das linhas e no ajuste da largura do carreiro à altura da sebe num rácio 1/1,1-1,2 namaioria das zonas produtoras de Espanha e Portugal, pelo que não são necessáriosmais de 3mde distância entre linhas, dada a limitação atual da altura da sebe a 3m devido à dimensão das máquinas cavalgantes. Os volumes de copa corresponden- tes à Versão 2 (3,5 x 1,25m) e à Versão 3 (3,0 x 1,25m) são de 5.257 e 6.133 m 3 /ha, respetivamente. São superiores aos da primeira versãoV1 (4,0 x 1,0m) com4.600 m 3 /ha emuito inferiores aos 15.200m 3 / ha do sistema intensivo em vaso com umcompasso de 6 x 4m. Se a altura da sebe for de 3m, mantendo-se a largura em 80cm, os volumes corresponden- tes serão de 5.000, 5.714 e 6.667 m 3 /ha, respetivamente. Em todo o caso, a importante redução do volume da copa em relação ao vaso e considerando uma produção similar (por exemplo, 2.500 kg de amêndoa sem casca /ha), traduz-se numa maior produção de amêndoa por m 3 de copa (0,40 kg/m 3 em sebe V3 e 2,80m de altura, face aos 0,16 kg/m 3 do vaso a 6 x 4m) e na redução quase parametade dos volumes de calda aplicados nos tratamentos. Por outro lado, a forma mais bidimen- sional da sebe implica uma importante diminuição das perdas por deriva, o que conduz a uma poupança de quase 100 €/ha por ano no custo dos tratamentos e a umbenefício ambiental considerá- vel, que vai ao encontro das diretrizes do Pacto Verde da União Europeia. A isso há a acrescentar, como se expõe posteriormente, o maior valor do rácio superfície de copa/volume de copa na sebe. Isso traduz-se numa melhor iluminação, menor humidade e, con- sequentemente, numamaior eficiência no controlo de pragas e doenças para as quais se torna necessário uma boa cobertura e arejamento. Nomodelo emsebe de amendoal, ocu- par o espaço atribuído a cada árvore e conseguir uma parede frutícola omais uniforme possível, constitui a base para obter plantações eficientes comexcelen- tes rendimentos ao longo dos anos. Para se conseguir este objetivo é preciso um excelente controlo da poda (despontas), mas dependerá tambémda variedade, da capacidadede ramificaçãoedoporte da árvore. Assim, as variedades que rami- ficammais ocuparão mais facilmente o espaço atribuído. O porte semiereto facilitará a suamanipulação na colheita em relação às de porte pendular, como a 'Desmayo Largueta'. Nestas variedades, o número de despontas no período de formação será inferior ao das que rami- ficampouco, como a 'Guara', 'Marinada' ou 'Belona'. Na Figura 13 é indicada a evolução dos rebentos de amendoeira e a capacidade de ramificação de dife- rentes variedades. n Figura 13: Evolução dos rebentos de amendoeira e capacidade de ramificação de diferentes variedades cultivadas. C M Y CM MY CY CMY K

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