BP27 - InterPLAST

32 AUTOMÓVEL | FABRICO ADITIVO em condições reais, sem depender de moldes ou processos tradicionais lentos e dispendiosos. Exploração de materiais técnicos com propriedades avançadas Procuravam-se soluções capazes de combinar resistência estrutural, comportamento eletromagnético e adaptabilidade em geometrias complexas. Escalabilidade e precisão na produção À medida que os projetos cresciam em complexidade e exigência, aumentava a necessidade de impressoras com maior volume de construção, controlo na deposição de fibra e liberdade de design, sem comprometer a qualidade nem os prazos de entrega. evolução natural do laboratório para soluções mais avançadas. Como resultado desta experiência bem-sucedida, mais recentemente foi incorporada a FX20, com o objetivo de ampliar as capacidades de desenvolvimento e produção neste campo. Referindo-se às necessidades do laboratório, António José Pontes, diretor do Done Lab, afirma: “Fabricamos produtos com características especiais, desde componentes reforçados com fibra contínua para proporcionar um desempenho estrutural superior, até produtos com propriedades elétricas específicas e capacidade de dissipação de cargas eletrostáticas, para a proteção de dispositivos eletrónicos”. O DESAFIO: DESENVOLVER UMA CAIXA ELETRÓNICA COM PROPRIEDADES DE BLINDAGEM ELETROMAGNÉTICA No âmbito do projeto SIFA – Smart System for Additive Manufacturing (POCI-01-0247-FEDER-047108), o Done Lab enfrentou um dos seus maiores desafios: desenvolver um protótipo a partir de uma caixa eletrónica já existente, destinado a integrar um sistema de visualização digital criado pela Bosch Car Multimedia S.A. para motociclos. Esta peça deveria proteger os componentes internos, como a placa eletrónica, o ecrã ou os conectores, das interferências eletromagnéticas que podem afetar o desempenho do dispositivo. MÉTODO TRADICIONAL vs. IMPRESSÃO 3D Até agora, este tipo de componentes era fabricado com metais ou através de moldagem por injeção, o que implicava custos elevados, processos pouco flexíveis e prazos de entrega longos. O Done Lab propôs uma abordagem mais ágil: redesenhar a carcaça para poder fabricá-la em impressão 3D com materiais compósitos reforçados com fibra de carbono, capazes de oferecer resistência mecânica e proteção contra ondas eletromagnéticas. O desafio não era apenas técnico, mas também estratégico: validar uma nova forma de fabricar este tipo de peças Na foto, Inma Vázquez, diretora de Vendas da Markforged para França e Península Ibérica, António Pontes, diretor do Done Lab, Leandro Fernandes, engenheiro de polímeros no Done Lab, Catia Silva, investigação e inovação para o Done Lab e Pedro Costa, diretor nacional na 3DZ Portugal. IMPRESSÃO 3D FUNCIONAL: UMA ABORDAGEM DE INOVAÇÃO APLICADA A impressora Mark Two da Markforged representou o ponto de partida ideal para a Done Lab na sua incursão na fabricação aditiva com materiais compósitos. Esta solução, reconhecida pela sua fiabilidade e precisão na impressão com fibra contínua, marcou um passo inicial estratégico na “Estamos a desenvolver projetos inovadores e precisamos de protótipos físicos que testem e mostrem aos clientes do setor industrial e aos próprios investigadores como podem melhorar as questões de design para a fabricação. Uma das grandes vantagens da fabricação aditiva é precisamente esta: permite- -nos não só validar conceitos rapidamente, mas também produzir diretamente peças finais quando o projeto assim o exige.” - António José Pontes, diretor do Done Lab

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