BP27 - InterPLAST

dades institucionais, a conferência evidenciou o papel de Portugal na liderança da transformação global do setor. UMA CONFERÊNCIA PARA IMPULSIONAR A INOVAÇÃO Logo na sessão de abertura, o comunicador Filipe Domingues, apresentador do evento, transmitiu a dimensão do encontro: 1.500 participantes, 61 patrocinadores, 120 parceiros e tradução em seis línguas. Filipe Domingues ressaltou que vivemos “um momento decisivo para acelerar a inovação e a colaboração”, recordando que o evento foi neutro em carbono, com as emissões compensadas após avaliação da pegada ambiental. Seguiu-se a intervenção de Amaro Reis, presidente da APIP, que enfatizou a ambição de fazer deste evento “não apenas mais uma conferência, mas a conferência”. Realçou a participação de toda a cadeia de valor — empresas, universidades, decisores políticos e sociedade civil — e anunciou um marco histórico: a criação da World Union of Plastics Associations (WUPA), uma organização internacional destinada a “comunicar informação baseada em ciência, reconstruir a confiança pública e elevar o debate global com racionalidade, integridade e responsabilidade”. A abertura do PSGE incluiu ainda a intervenção do explorador espanhol Nacho Dean, que compartilhou a sua experiência de expedições pelos cinco continentes para sensibilizar para as alterações climáticas e a poluição marinha. Apresentou dados preocupantes do projeto Blue Spain e da sua réplica em Portugal: “quase 100% das amostras de água recolhidas continham microplásticos, sobretudo polietileno e polipropileno”. Ainda assim, deixou uma mensagem otimista: “atrás de cada problema há uma oportunidade, e agora temos a oportunidade de trabalhar juntos por oceanos saudáveis e livres de plásticos”. Para concluir o momento introdutório, Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), salientou que “não se trata de acabar com o plástico, mas de lhe dar um ciclo de vida mais responsável”. Defendeu uma transição justa, baseada em investimento, inovação e simplificação administrativa, lembrando que “Portugal está preparado para liderar uma mudança de paradigma nos plásticos”. RESILIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE: A CHAVE DA TRANSFORMAÇÃO O primeiro painel, moderado por Natalia Ortega, editora-chefe da Plastics Technology Mexico, abordou a ‘Indústria Resiliente e Gestão Integrada’. Cristina Antunes, do Banco Santander Portugal, realçou o papel das finanças sustentáveis: “resiliência é compreender, medir e gerir a mudança”, defendendo que dados ESG (ambientais, sociais e de governança) credíveis são essenciais para atrair investimento. Duarte Cordeiro, ex-ministro do Ambiente e atual consultor, ressaltou a importância de políticas estáveis e previsíveis, lembrando que “a previsibilidade é competitividade” e que os impostos ambientais só são eficazes quando reinvestidos em inovação. Jerusalem Hernández Velasco, da KPMG Espanha, observou que a sustentabilidade deve ser encarada como “uma oportunidade estratégica e não apenas uma obrigação de compliance”, enquanto a eurodeputada Lídia Pereira observou que “ambição e flexibilidade não são opostos” e que as políticas climáticas devem apoiar a competitividade industrial. Da perspetiva da reciclagem, Margaux Barès, da Veolia, defendeu que a economia circular pode dar às empresas “vantagem competitiva ao garantir matéria-prima local e estável”, embora o preço do reciclado ainda precise de se dissociar do preço do plástico virgem. Outros oradores valorizaram o papel da ciência, da cooperação global e da inclusão. Maria Cortés Puch, da Sustainable Development Solutions Filipe Domingues, apresentador do PSGE 2025, ressaltou que vivemos “um momento decisivo para acelerar a inovação e a colaboração”, recordando que o evento foi neutro em carbono, com as emissões compensadas após avaliação da pegada ambiental. 13

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