BP14 - InterPLAST

18 TENDÊNCIAS À frente deste desenvolvimento estão os fabricantes chineses. Após anos de crescimento sustentado, ampliaram a respetiva quota de produção mundial para 35% em 2021 (2020: 34,4%). Isto representa quase mais 5 pontos percentuais do que em 2017. A quota dos fabricantes de maquinaria alemães caiu para menos de 20% pela primeira vez em muito tempo, apesar da respetiva liderança tecnológica com 19,6%. No entanto, após um forte declínio em 2020, também se registaram aqui aumentos significativos. O mercado mundial de maquinaria para plásticos - o negócio do comércio internacional através das fronteiras dos países fabricantes - tambémmostrou uma forte recuperação no ano seguinte, após uma queda significativa em2020. Com 23 700 milhões de euros, quase atingiu o valor máximo de 2017. O que é impressionante aqui é que o setor alemão da engenharia mecânica teve agora de ceder a sua longa posição de liderança aos fabricantes chineses. No entanto, isto era previsível após o seu aumento constante nos últimos dez anos. Com uma quota de 23,9%, a China é pela primeira vez o maior exportador mundial. A Alemanha é seguida pelo Japão, com 9,1%, Itália, com8,6%, e Estados Unidos, com4,5%. A Europa (UE27+Reino Unido) continua a mostrar a sua força regional tradicionalmente desproporcionada, com uma quota total de 46,6% das exportações mundiais e uma quota de produção de 40%. OS PROBLEMAS DA CADEIA DE ABASTECIMENTO ABRANDAM A TRANSFORMAÇÃO EUROPEIA Onúcleo dosmercados do plástico e da borracha é a transformação. A conversão de materiais em produtos através de máquinas industriais gera as receitas que sustentam toda a cadeia de valor. Este ramo da indústria é grande e de pequena escala, o que condiz com as suas aplicações heterogéneas, e em todo o mundo conta com o caráter típico da indústria transformadora de tamanho médio. A proximidade do cliente é um dos principais fatores de sucesso. No caso dos produtos simples, isto pode certamente ser entendido a nível regional. Por outro lado, para as tarefas mais exigentes, o foco centra-se mais em determinar qual é a solução técnica mais eficiente para o cliente, comrelativa independênciadadistância. Na crise do coronavírus, as empresas cujos produtos estão mais voltados para as necessidades quotidianas das pessoas saíram-se melhor, naturalmente. Alguns subsegmentos, como os fabricantes de embalagens higiénicas e de artigos de tecnologia médica, experimentaramatémesmo efeitos de expansão a curto prazo. No entanto, a maioria dos setores sofreu reveses. Para muitos fabricantes de peças técnicas, especialmente no setor de fornecimentos para a indústria automóvel, o segundo e o terceiro trimestres foram francamente catastróficos. O PRINCIPAL PROCESSAMENTO DA ALEMANHA TAMBÉM FOI AFETADO Segundo a Associação Alemã de Processamento de Plásticos (GesamtverbandKunststoffverarbeitende Industrie, GKV), a principal indústria transformadora de plásticos da Europa registou um declínio de 5,6% no seu volume de negócios, até atingir os 61 500 milhões de euros no final do ano. Os mais afetados foram os fabricantes de peças técnicas, que sofreram perdas de 12%. O declínio das vendas de bens de consumo de plástico foi ligeiramente menor, de 9%. O volume processado diminuiumenos, 2,8%, para 14,2 milhões de toneladas. Isto deve-se às aplicações de grande volume nas embalagens e na construção, que utilizam, na sua maioria, materiais simples e, portanto, baratos. Apesar dos diversos instrumentos de gestão da crise de pessoal, o número de funcionários diminuiu em paralelo 4,1%, para as 322 000 pessoas. Pelo contrário, para o ano seguinte, 2021, a GKV anunciou um aumento bastante grande da faturação. Segundo a mesma, o aumento foi de 12,6% até se situar nos 69 400 milhões de francos. No entanto, as vendas cresceram em menor proporção, 5,6%, até aos 15 milhões de toneladas. Portanto, uma boa parte do aumento da faturação deveu-se ao aumento significativo do preço das matérias-primas. Os fabricantes de peças técnicas, em particular, contiSem plásticos, o futuro da humanidade no seu número e forma atuais, é simplesmente inconcebível

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