BP13 - Interplast

5 SCGC adquire posição de controlo na Sirplaste A empresa petroquímica SCG Chemicals PCL (SCGC), sediada na Tailândia, anunciou em abril a conclusão do negócio de aquisição de 70% do capital da Sirplaste, o maior reciclador de plásticos nacional, com uma capacidade anual de 36.000 toneladas e forte presença nos mercados internacionais. Em comunicado, a SCGC afirma que esta operação teve como principal objetivo “aumentar a capacidade de produção da empresa e melhorar a qualidade da oferta, marcando simultaneamente a entrada nos mercados de Reciclado Pós-Consumo (PCR) de Alta Qualidade em Portugal e na Europa sob a marca SCGC Green Polymer". A empresa salienta que "esta aquisição é uma resposta à crescente procura de plástico reciclado na Europa, servindo a necessidade dos clientes multinacionais”. De acordo com a consultora NexantECA, em 2021 foram processadas 3,7 milhões de toneladas deste tipo de plástico e prevê-se que este mercado cresça a uma taxa de 10,6% anualmente durante os próximos 5 anos. Ricardo Pereira, CEO da Sirplaste, afirmou que “esta colaboração irá aumentar o potencial dos plásticos reciclados e permitir-nos-á atingir uma base de clientes mais vasta”, lembrando que “a Sirplaste está há muito empenhada em criar PCR para os principais fabricantes mundiais de embalagens e em investir em tecnologia de ponta” e que “esta abordagem contribuirá para reduzir os resíduos de plástico, criando novo valor para o plástico pós-consumo, e estabelecendo uma verdadeira sustentabilidade para as empresas e para o planeta”. Fábrica da Sirplaste, em Porto de mós. EDITORIAL Uma boa parte da indústria nacional de plásticos é composta por empresas que se dedicam ao fabrico de peças por injeção. Neste processo, a máquina ocupa uma posição central e foi talvez o elemento que maior evolução teve nos últimos anos, com as principais marcas a apostarem cada vez mais nas máquinas 100% elétricas, que garantem consumos muito abaixo das hidráulicas. Pelo peso que estes equipamentos têm no balanço das empresas, dados como o número total de máquinas vendidas em determinado período são um bom indicador do potencial deste mercado. Esta informação é vital para a definição de estratégias comerciais por parte dos fornecedores e foi por isso que a InterPlast realizou, no passado mês de março, o primeiro estudo de mercado de máquinas de injeção em Portugal. Sabemos que o setor tem vindo a atravessar dificuldades, causadas pelos problemas vividos no principal setor cliente: a indústria automóvel. À indefinição vivida nos últimos anos no que respeita à eletrificação dos veículos, acresce agora a falta de semicondutores e o consequente atraso dos projetos em curso. Ainda assim, os injetores resistem e continuam a investir em novos equipamentos. Esta é a principal conclusão do estudo. Leia a reportagem do evento na página 16 deste número. No nosso setor, a produção tradicional, muito baseada no trabalho manual, tem os dias contados. A transição para a fábrica do futuro já começou, com vantagens competitivas para as empresas pioneiras. Mas, nem sempre é simples saber por onde começar. Muitas empresas acabam por adotar apenas alguns dos processos relacionados com a automatização e digitalização, ficando aquém do total potencial da indústria 4.0. Nesta edição, este é um dos temas em destaque, a pretexto da segunda edição da 360 Tech Industry 2022, a feira da Exponor dedicada às tecnologias da indústria 4.0, robótica, automação e compósitos, que se realiza de 26 a 27 de maio e onde esta revista vai ser distribuída. Dedicamos também uma secção às principais novidades no campo do software de simulação de injeção, outro elemento cada vez mais essencial para qualquer fábrica do setor. Finalmente, contamos-lhe um pouco da história da Dukane, empresa especialista em corte e soldadura de plásticos que este ano celebra o seu 100º aniversário. Para ler na página 38. A próxima edição da revista está prevista para setembro e terá como principal tema as novidades programadas pelas principais marcas para apresentação durante a feira K 2022, o principal certame mundial do setor. Até lá, bons negócios! O mercado da injeção de plásticos resiste e atualiza-se

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