BO5 - Engeobras

58 EXTRAÇÃO MINEIRA irão ser a consequência natural do trabalho que está a ser desenvolvido pelas empresas; • Competição global: A indústria da pedra natural é altamente competitiva a nível global. Empresas de diferentes países competempor contratos e clientes, o que exige que as empresas estarem constantemente a inovar, a melhorar a qualidade dos produtos e soluções, diversificando a oferta e encontrando diferentes formas de se destacar no mercado global. Neste ponto, Portugal tem feito um caminho algo distintivo de alguns dos países seus concorrentes. Portugal é atualmente reconhecido, internacionalmente, por ter um setor com capacidade de resposta a projetos altamente exigentes e com produtos por medida complexos, sendo este facto bastante distintivo e com poucos concorrentes com a mesma reconhecida capacidade; • Digitalização e automação: A digitalização está a transformar todos os setores, incluindo os setores industriais e, naturalmente, o da pedra natural. A automação de processos, o uso de tecnologias digitais avançadas, como CAD/CAM e realidade virtual, a implementação de sistemas de gestão integrados são cada vez mais importantes para melhorar a eficiência operacional das empresas, reduzir custos e atender às expetativas de mercado. Espera-se também que com a o atual 'boom' da inteligência artificial, a mesma venha a ter um reflexo fortíssimo ligado aos processos fabris e aumento da capacidade de robotização de autonomia de alguns processos; • Mudanças nas preferências demercado: O mercado está a mudar e os produtos de construção fazem parte desse processo. A procura de soluções e produtos sustentáveis é cada vezmais um fator de decisão no ato da prescrição e a pedra natural, desempenha um papel bastante importante no âmbito dos materiais de construção mais sustentáveis. As próprias tendências da arquitetura e design, procuram soluções mais sofisticadas, responsáveis ambientalmente, com um desempenho personalizado e de longo prazo. A pedra natural, como material em si, responde a muitas destas questões, pelo que importa atestar tecnicamente esse desempenho e alavancar ainda mais a promoção dos produtos do nosso setor; • Escassez de mão de obra qualificada: A falta de mão de obra qualificada é um desafio transversal ao país. No entanto o setor, estando normalmente presente em regiões de mais baixa densidade populacional é ainda mais afetado por essa questão. É fundamental aumentar a capacidade de atrair, formar e reter trabalhadores qualificados; • Flutuações económicas e instabilidade política: O setor da pedra natural, como muitos outros, está também sujeito às f lutuações económicas e incertezas políticas, tanto em nível nacional quanto internacional. Sendo um setor em que o peso das exportações é em média 80% do que é produzido, as mudanças nas políticas comerciais, crises económicas e a instabilidade política podem afetam claramente a procura, preços e as restantes condições de mercado”. “Cada um destes fatores no seu conjunto representa, em traços mais abrangentes, as preocupações de todo um setor”, assume Célia Marques. Mas como podem as empresas fazer face a estes desafios? Célia Marques, elucida que “é essencial adotar estratégias de longo prazo que tenham em consideração a sustentabilidade, a inovação, a digitalização, a gestão eficiente, transição energética e a adaptabilidade às mudanças do mercado. Para além disso salienta-se o papel da Assimagra neste caminho estratégico, fomentando as práticas colaborativas entre as empresas, mas também Foto: Filstone.

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