BO1 - EngeObras

29 EVENTOS reforçou a importância de se “olhar sobre tendências do futuro ao nível da circularidade da economia, de utilizações e soluções alternativas, incorporar valor e dar uma nova vida aos materiais. Tema bastante complexo e onde há muito por explorar, é absolutamente crucial seguir este caminho, porque de futuro vai condicionar a escolha do consumidor”. A Industrialização e a valorização dos processos tecnológicos do setor foram discutidas entre as entidades participantes, tendo como foco o incentivo ao investimento nos processos de fabricação e produção dos materiais com objetivo demaximizar a produtividade. Foi unânime a dificuldade de retenção e contratação de mão de obra, bem como a necessidade premente de reforçar a automatização de processos, minimizando a utilização deste recurso que é escasso (mão de obra), sendo ainda assim inevitável melhorar os níveis de produtividade e progredir no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido. A energia e o seu crescente custo devido à conjuntura atual assumiram grande destaque nas conversas, pela sua importância para o setor, quer na extração de pedra, quer na sua transformação. Como adianta João Neves, “a guerra e o que resultar dela trará pela frente ummundo distinto e em que as questões de energia são centrais. O Governo está a trabalhar no sentido da diminuição de tarifas de acesso à rede, para que a evolução dos preços seja a mais contida possível”. UM SETOR A INOVAR A SUA ATIVIDADE O setor da pedra natural e dos recursos minerais tem vindo a trabalhar na otimização e inovação dos seus processos. Por ser uma indústria entendida, muitas vezes, como prejudicial para o ambiente, é essencial que os seus procedimentos mitiguem ao máximo estes efeitos. O trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no campo da inovação foi enaltecido por João Neves, afirmando que “no que se refere à inovação, o setor tem feito um bom caminho, tendo recentemente apresentado uma proposta no âmbito das agendas mobilizadoras – Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”. A transição digital como forma de aumentar a produtividade e competitividade esteve também em cima da mesa, sendo apontada como chave para o sucesso do setor. Como afirma João Dias, administrador da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP): “o mundo mudou e a forma de estar nomercado também. A digitalização do negócio deve ser concretizada (feiras virtuais, BIM, etc.), quem não está no digital, não está no mercado”. POUCA CULTURA DE MARCA EM PORTUGAL Na sua intervenção, João Dias, da AICEP, admitiu que “falta Cultura de marca em Portugal – há uma fraca cultura apesar da qualidade intrínseca e do valor que existe”. Para contornar esta questão, a AICEP está a traçar um plano estratégico para a marca Portugal, que será entregue ao novo Governo. A ideia, como comentou João Dias, é “criar uma nova arquitetura da marca Portugal e proSecretário de Estado Adjunto e da Economia, à data, João Neves, na sessão de abertura do evento. JoãoDias, administrador daAgênciapara o Investimento eComércioExternode Portugal (AICEP).

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