BM8 - InterMetal
42 ESTAMPAGEM consideração foi feita com base nas características geométricas da super- fície e do acabamento que se obtém pelo processo de fabrico da superfí- cie. Para cada zona superficial foram feitas suficientes medições para se obter uma caracterização precisa da topografia da superfície. A partir de todas as medições foi obtido um valor médio da rugosidade de cada zona, que posteriormente seria utilizado para modelar o sistema tribológico. Com vista ao seguinte passo foi feita uma seleção de várias simulações de referência com as quais seria possível comparar e utilizar os dados da infor- mação fornecida pela Universidade de Mondragón. A seleção foi feita com base nos critérios que se utili- zam para saber se uma simulação revelará sensibilidade à fricção. Por isso, foram utilizadas simulações de geometria complexa, como podem ser os reforços de portas ou os guarda- -lamas. Os materiais utilizados foram aços de baixa resistência e alumínios. Emseguida, foi feita uma divisãoda geo- metria das ferramentas para se poder atribuir a cada zona o sistema triboló- gicomais adequado. Para se poderem utilizar sistemas tribológicos na zona do travão, foramutilizados travões geomé- tricos em toda a simulação, visto que desta forma se podem selecionar as suas superfícies e convertê-las numa ferramenta independente. Na figura 3 é apresentada uma parte de uma das ferramentas na qual se podem ver algumas das zonas nas quais foi divi- dida. Cada uma das cores mostra uma zona diferente. É possível observar com clareza a divisão que foi realizada para diferenciar entre zonas de raio e zonas planas, assimcomo a zona dos travões. Uma vez chegados a este ponto, foram gerados os modelos dos sis- temas tribológicos com o software TriboForm. Para completar a infor- mação das medições realizadas pela Universidade de Mondragón foram utilizadas as bibliotecas próprias que o programa inclui. A geração dos siste- mas tribológicos no TriboForm requer a introdução de informação relativa à superfície da chapa, ao lubrificante e à superfície da ferramenta. Para se poderem comparar os dados, foi uti- lizada a biblioteca do TriboForm para definir tanto o lubrificante como os materiais e para estes últimos tam- bém foi utilizada uma rugosidade média. Em relação à superfície das ferramentas foramutilizados os valores experimentais. Por último, exporta- ram-se os sistemas tribológicos para se poderem utilizar nas simulações dos processos de estampagem. Por último, foram realizadas as simu- lações de referência selecionadas dentro do AutoForm em combinação comos ficheiros de fricção provenientes do TriboForm. Visto que a operação de embutidura é onde a influência da fricção é mais importante, apenas esta foi simulada para todos os casos selecionados. As condições das simu- lações foram as mesmas em todos os casos, sempre com o objetivo de se poderem comparar os resulta- dos obtidos. Foram realizadas várias simulações de cada um dos exemplos selecionados para se poder analisar a influência da utilização de diferentes sistemas tribológicos numa mesma operação face a um único ou face a um coeficiente de fricção constante. Figura 4. Aplicação de ummodelo de fricção do TriboForm na embutidura de uma peça.
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