BM22 - InterMETAL

ENTREVISTA 18 tiva de preparação e sensibilização para os vários desafios que se colocam ao setor, destacando atualmente a área digital, ambiental, energética, de sustentabilidade e de internacionalização. A formação profissional é garantida pelo Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (CENFIM), o nosso centro de formação protocolar, que como já referi, tem 14 núcleos regionais, sendo o maior centro de formação protocolar nacional e desenvolvendo um serviço de excelência para as empresas do setor. Referiu há pouco que estão a desenvolver um roteiro de descarbonização para o setor. Em que fase está esta agenda? As empresas nacionais estão a tomar as medidas nacionais para atingir os objetivos de 2050? Neste contexto, quais são os principais entraves? De facto, a ANEME está a desenvolver um projeto apoiado pelo PRR para criação de um Roteiro de Descarbonização para o setor Eletromecânico, que irá permitir identificar soluções tecnológicas inovadoras, eficazes e específicas para o setor, na estratégia subjacente ao cumprimento das metas identificadas no Roteiro para Neutralidade Carbónica 2050 e no PNEC. Está neste momento em fase de conclusão o desenvolvimento de uma ferramenta, denominada ToolKit Digital, que irá permitir medir o potencial de descarbonização por parte das empresas, designadamente quanto à contabilização de emissões de GEE. No âmbito deste projeto, irão iniciar-se em outubro ações de capacitação das empresas, através da realização de workshops e ações de formação dirigidas aos empresários e quadros técnicos, que visam dotar os participantes dos conhecimentos associados à temática da descarbonização, ao nível dos conceitos teóricos sobre os processos, tecnologias e impactos na redução de emissões de GEE. A maioria das empresas nacionais está bastante atenta ao roteiro da descarbonização, mas trata-se de um processo gradual que inevitavelmente impacta a sua atividade. O investimento é essencial, especialmente quando aliado à necessidade de manter, ou até aumentar, a competitividade do setor. O contexto atual da economia portuguesa, no entanto, não é o mais favorável para as empresas. Os elevados custos de contexto, o quadro fiscal exigente e a posição periférica de Portugal limitam significativamente o espaço para investimentos e processos de inovação bem-sucedidos. A ANEME tem previstas outras iniciativas de dinamização do setor? Sim, a ANEME tem várias iniciativas planeadas para continuar a dinamizar o setor. Estamos focados em promover a modernização e a competitividade das empresas através de ações de formação, inovação tecnológica e apoio à internacionalização. Além disso, temos vindo a trabalhar em estreita colaboração com o Governo e outras entidades para assegurar que o setor se adapta às novas exigências ambientais e digitais e de sustentabilidade, sempre com o objetivo de fortalecer a indústria metalúrgica e eletromecânica no mercado nacional e internacional. O foco desta direção é a aproximação aos sócios e o apoio incondicional na resolução das suas dificuldades! n

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