BM13 - InterMETAL

25 INDÚSTRIA 4.0 SOFTWARE DE PRODUÇÃO: A CEREJA NO TOPO DO BOLO Com a aquisição do equipamento de corte a laser e da paineladora, a Friconde recebeu também o software de produção industrial da Trumpf, considerado pela marca como o seu “ex-libris”. “O software de produção é o que nos permite ter todo o processo de fabrico otimizado”, diz Paulo Barros. Todos os produtos da Friconde estão registados no software, com o desenho e as características de todas as peças que o constituem devidamente identificadas. “Desta forma, quando chega uma encomenda, ele desencadeia automaticamente a produção de todos os componentes necessários para aquele pedido”. “Claro que, por trás está um trabalho exaustivo de desenho, codificação e catalogação de cada uma das peças, bem como de definição de processos para cada fase de produção. Mas, esse nosso esforço inicial garante-nos agora um trabalho completamente linear”, refere Paulo Barros. “Alémdisso, como acontece com outros softwares, ele otimiza a chapa para evitar desperdício de material”, acrescenta. Após o corte a laser de um componente, o software informa a quinadora que a peça está disponível para quinar e assim por diante, passando por todas as fases do processo até à peça final. Se, em alguma fase do processo, uma das peças é danificada, é automaticamente iniciada a produção de uma nova peça. “Temos consciência de que, neste momento, usamos apenas cerca de 30% das capacidades do software de produção. Mas é uma segurança sabermos que, no futuro, temos acesso a todo o seu potencial”, afirma Paulo Barros. CRESCIMENTO ACELERADO, APESAR DA PANDEMIA Durante a pandemia, a Friconde não só não parou como registou um crescimento de faturação constante. “No segmento das arcas frigoríficas, as vendas aumentaram, principalmente porque o nosso maior concorrente, a China, não estava a conseguir colocar cá produto a preços competitivos”, lembra Paulo Barros. Em 2021, a empresa faturou sete milhões de euros e tem a curto prazo o objetivo de chegar aos dez milhões. Neste segmento, mais de 90% da produção destinou-se ao mercado externo, nomeadamente a Espanha, França, Alemanha e Angola. No total, a faturação do grupo ascande aos 25 milhões de euros. “Só a partir de março de 2021 é que começámos a fornecer neutros inox ao mercado nacional, que funciona de maneira muito diferente do internacional", diz Paulo Barros, “no mercado português a maioria das peças tem de ser feita à medida, muitas vezes para se adaptarem às particularidades do espaço pré-existente. Isto implica termos uma equipa dedicada a este mercado, bem como períodos mais longos de projeto e de programação”. Já para o mercado internacional, todas as referências da empresa são standard. Os produtos são enviados para o distribuidor em embalagens Quando saem da máquina de corte laser, todas as peças são etiquetadas de forma a poderem ser rapidamente identificadas em cada estação de trabalho. "A integração do software de produção Trumpf foi decisiva para o atual nível de produtividade da Friconde"

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