BM12 - InterMETAL

5 EDITORIAL De acordo com a AIMMAP, as exportações portuguesas de metalurgia e metalomecânica atingiram em 2021 o valor recorde de 19.886 milhões de euros, um aumento de 16,2% face ao ano anterior. Isto, apesar de todos os entraves decorrentes da pandemia, desde a escassez de recursos humanos e de matéria-prima às dificuldades de logística e ao aumento dos custos com energia. O início de 2022 fica, como todos sabemos, marcado pela guerra na Ucrânia e por mais consequências nefastas para o setor, com os custos da energia e dos combustíveis a ultrapassarem máximos históricos. Estes aumentos têm um inevitável impacto em qualquer empresa, mas sobrecarregamparticularmente a indústria transformadora. Por outro lado, as sanções impostas à Rússia também vão implicar um novo revés no abastecimento de matéria-prima, já que os metais base ocupam o quarto lugar nas importações portuguesas daquele país. A tudo isto, as associações do setor respondem com um apelo a novas linhas de crédito que permitam minimizar os impactos que já se estão a sentir. Uma possibilidade seria reforçar a percentagem do Plano de Recuperação e Resiliência que cabe às empresas ou a criação de um novo programa de apoio. Até lá, e às portas do Portugal 2030, concluem-se ainda projetos do quadro anterior. Nesta edição da InterMETAL divulgamos o exemplo da Ferpinta que, com o apoio do Compete 2020, colocou em marcha a construção de uma fábrica totalmente automatizada, de acordo com os critérios da indústria 4.0. Se a tecnologia de ponta é essencial para aumentar a produtividade, principalmente nas empresas exportadoras que concorrem com multinacionais bem equipadas, não podemos esquecer-nos que a indústria metalomecânica não vive sem o mais básico: as ferramentas. Neste número, damos especial atenção às novidades nesta área. Outro aspeto crucial no chão-de-fábrica, que assiste a uma evolução constante, é o controlo de qualidade. O artigo da página 38 faz uma retrospetiva histórica e uma análise do estado da arte da metrologia industrial e da tomografia computorizada. Uma nota final para o aumento do número de eventos nacionais e internacionais marcados para este ano. Já no final de 2021, a Emaf mostrou que a indústria valoriza muito as feiras presenciais. A afluência de público ao evento, podemos dizer, esteve ao nível de qualquer outra edição pré-pandemia. Em 2022, dentro de portas, contamos com a 360 Tech Industry, em maio, e a Moldplas, em novembro (em simultâneo com a 3D Additive Expo, i4.0 Expo e Subcontratação). A nível internacional, desde a BIEMH, à Euroblech, MTA, Metav, Tube, Wire, GrindTec, Hannover Messe, K 2022, entre muitas outras, o problema vai ser escolher onde ir. Encontramo-nos numa delas. Até lá, boa leitura e bons negócios! Um setor com nervos de aço MAQcenter e Modig assinam acordo de representação A MAQcenter é o novo representante do fabricante sueco de centros de maquinação Modig para Portugal e Espanha. As soluções da empresa destacam-se pela flexibilidade e tecnologia inovadora e visammelhorar a produtividade dos clientes. Fundada em 1947, em Virserum, e com sede em Kalmar, Suécia, a Modig Machine Tool é reconhecida como uma das empresas líderes em tecnologia de maquinação de alta velocidade. Na vanguarda da tecnologia há mais de 70 anos, dedica-se ao desenvolvimento, conceção e produção de máquinas de qualidade para maquinação de alto desempenho em indústrias de topo, como a aeroespacial, automóvel, de energia e equipamento de construção. Albert Sellas, diretor-geral da MAQcenter, defende que este é um projeto de colaboração sólido e salienta que a marca "cria relações duradouras ao fornecer soluções de maquinação que melhorammuito a eficiência e rentabilidade. Um centro Modig é capaz de reduzir os tempos de ciclo em até 70%". A empresa sueca olha para o futuro com o objetivo de se adaptar a novos mercados: "Um dos seus pontos fortes são as soluções que oferece para o fabrico de peças e componentes para veículos elétricos e agora é o momento de criar sinergias com aqueles que estão empenhados na mudança", acrescentou. No seu portefólio, a Modig conta também com centros de maquinação para extrusão de alumínio, máquinas de alto valor acrescentado que, de acordo com a marca, oferecem um retorno do investimento de 11 a 13 meses.

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