BJ6 - Novoperfil Portugal
41 PERFIL JANELAS EM PORTUGAL | PERSPETIVAS PARA 2022 reabilitação e melhoria da eficiência energética de edifícios, o investimento emnovos empreendimentos imobiliá- rios e as políticas públicas alicerçadas no Plano de Recuperação e Resiliência 2021-26 (PRR), será um ano de reforço e continuação do crescimento da ati- vidade das empresas", começa por elucidar João Ferreira Gomes. O Presidente da Direção da ANFAJE refere que atualmente, apesar de algum abrandamento provocado pelos efeitos da pandemia Covid-19, "a trajetória de investimento na rea- bilitação de edifícios das nossas vilas e cidades e o lançamento de novos empreendimentos imobiliários permite confiar no incremento da atividade das empresas do setor das janelas, portas e fachadas. Cada vez mais, os elementos construtivos, denominados normalmente como ‘vãos envidraça- dos’, têm um contributo indispensável para melhorar o conforto e atingir padrões de eficiência energética cada vez mais exigentes. Neste sen- tido, as empresas do setor têm vindo a lançar novos produtos e serviços, os quais respondem, crescentemente, às exigências de cumprimento da mais recente legislação, em matéria de desempenho térmico e eficiência energética (Decreto n.º 101-D/2020 de 07 de dezembro de 2020)". Neste caminho de maior exigência dos requisitos técnicos dos edifícios, "é fundamental ter em conta que as janelas, portas e fachadas são com- ponentes imprescindíveis para obter edifícios mais confortáveis e mais sustentáveis". Por esse motivo, sustenta, as empresas do setor das janelas, portas e fachadas "vão continuar a assegurar a susten- tabilidade e o crescimento da sua atividade nos próximos anos." Nessa perspetiva, as empresas do setor "têm de reforçar a sua capacidade em ter- mos técnicos e de recursos humanos para construir o futuro próximo com confiança redobrada, aproveitando as As empresas do setor das janelas, portas e fachadas “vão continuar a assegurar a sustentabilidade e o crescimento da sua atividade nos próximos anos”, afirma João Ferreira Gomes. oportunidades" que se apresentam com três desafios. "O primeiro está relacionado com o aproveitamento e execução dos fundos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência 2021-26 (PRR). Neste âmbito, o nosso País tem uma oportunidade única de financiamento de ações de renovação do parque edificado, que permite melhorar o conforto térmico e a eficiência energética de muitos edifícios construídos. E, para isso, o setor das janelas, portas e fachadas tem de estar preparado para dar uma resposta positiva à exigência de pro- cura de produtos que cumpram eficaz e eficientemente os novos requisitos técnicos. O financiamento público pre- visto está atualmente em curso com o lançamento de dois importantes pro- gramas que se estendem até 2026: a segunda fase do Programa ‘Edifícios Mais Sustentáveis’ e o Programa ‘Vale Eficiência’, ambos da responsabilidade do Fundo Ambiental e que permi- tem apoios financeiros à substituição de janelas e portas antigas por novas janelas e portas eficientes", salienta João Ferreira Gomes. Como segundo desafio, enumera, “as empresas do setor têm de continuar a estar atentas à evolução da legis- lação europeia e portuguesa. Essa atenção deve recair na necessidade que as empresas têm de disponibili- zar novas soluções que respondam às exigências da Diretiva Europeia para o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD) e dos edifícios NZEB (edifícios com consumo quase zero de energia), bem como a sua concretização, atra- vés da atualização dos regulamentos nacionais”. O terceiro desafio está relacionado com a necessidade de continuar a aumen- tar as qualificações dos profissionais das empresas do setor. "A necessidade de ações de formação profissional que possamqualificar e requalificar colabo- radores de todas as áreas das empresas do setor, com um foco urgente na for- mação de novos técnicos de instalação de janelas e fachadas qualificados que possam responder às novas exigências e padrões da qualidade da construção", diz o responsável da ANFAJE. Emconclusão, João Ferreira Gomes não tem dúvidas, "com estes três desafios principais, a ANFAJE continuará, como sempre, a reforçar a importância do setor das janelas, portas e fachadas, na melhoria do conforto e da eficiência energética dos edifícios em Portugal. A ANFAJE continuará, ainda, a apre- sentar propostas positivas, junto das entidades públicas para assegurar o fortalecimento e crescimento do nosso setor". n
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