BI343 - O Instalador

51 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFÍCIOS Em 2024, o consumo energético final ultrapassou os 450 exajoules (EJ), mais 25 EJ do que em 2019. E é nos edifícios que se concentram algumas das maiores oportunidades de redução. Segundo a IEA, 70% da energia usada em edifícios provém do setor residencial. Nas economias avançadas, o aquecimento de espaços e a produção de água quente representam cerca de 70% do consumo energético das habitações — uma área onde a substituição de tecnologias antigas e o reforço do isolamento podem gerar ganhos substanciais. Já o arrefecimento ainda tem peso reduzido, mas irá crescer rapidamente devido a verões mais quentes e urbanização acelerada. Quanto às economias emergentes, o consumo energético por habitante para aquecimento é menos de um quarto do observado em países avançados. Contudo, a IEA alerta para o aumento da procura por arrefecimento, impulsionado por: • crescimento populacional, • subida dos rendimentos, • e temperaturas mais elevadas. A agência defende políticas urgentes para promover edifícios eficientes, tecnologias de climatização modernas e soluções de cozinha limpa. POLÍTICAS FICAM ATRÁS DA TECNOLOGIA — E ISSO CUSTA ENERGIA Metade dos países ainda não tem normas de eficiência para edifícios novos, uma lacuna crítica num período de rápido crescimento urbano. O relatorio deste ano sublinha que a tecnologia disponível já permitiria reduções muito mais significativas do consumo energético — mas falta regulamentação que a torne obrigatória. DADOS ESSENCIAIS SOBRE EDIFÍCIOS — ENERGY EFFICIENCY 2025 (IEA) Peso energético dos edifícios no mundo - Representam 30% da procura energética global. - Responsáveis por 20% do crescimento total do consumo energético desde 2019. - Em 2024, o consumo energético final ultrapassou os 450 EJ (mais 25 EJ do que em 2019). Onde é consumida a energia nos edifícios - 70% da energia dos edifícios provém do setor residencial. Nas economias avançadas: - 70% do consumo residencial é para aquecimento e água quente. O arrefecimento ainda tem menor peso, mas está a crescer rapidamente devido a: - aumento das temperaturas, - urbanização acelerada, - subida dos rendimentos. Códigos de eficiência energética: onde o mundo está a falhar - Em 2025, 60% dos novos edifícios globais estão abrangidos por códigos de eficiência energética. - Ainda assim, metade dos países do mundo não tem requisitos obrigatórios de eficiência energética para edifícios. - Resultado: 2,6 mil milhões de m2 construídos em 2023 sem qualquer exigência de desempenho energético. Estudo completo da IEA – Buildings https://www.iea.org/reports/energy-efficiency-2025/buildings A recomendação da Agência Internacional de Energia é inequívoca: • modernizar normas de construção, • fechar lacunas regulatórias, • e adotar soluções AVAC eficientes e inteligentes. O relatório conclui que os edifícios são, simultaneamente, o maior desafio e a maior oportunidade para acelerar a eficiência global. Combinando isolamento de qualidade, envolvente eficiente, sistemas AVAC modernos, ventilação adequada e tecnologias inteligentes, é possível reduzir consumos, emissões e custos de forma estruturada. n

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