BI343 - O Instalador

29 A VISÃO POR DETRÁS DA TECNOLOGIA Para Marc Díaz, diretor-geral da Panasonic Heating & Cooling Solutions Espanha, a força da marca não está apenas nos produtos, mas no acompanhamento. “Trabalhamos lado a lado com os nossos clientes desde a fase inicial dos projetos até à manutenção. Isto permite-nos garantir que as soluções respondem realmente às necessidades de cada instalação”, explicou. Foi um dos momentos que melhor sintetizou o espírito da presença da Panasonic na C&R: tecnologia, sim — mas sempre ligada às pessoas, ao serviço e à sustentabilidade. À CONVERSA COM BRUNO PEREIRA, RESPONSÁVEL COMERCIAL DE AR CONDICIONADO DA PANASONIC EM PORTUGAL A Panasonic apresentou várias novidades relevantes para o setor. Que antecipações podem ser feitas já para 2026? O próximo ano será um ano marcado pela consolidação das soluções de descarbonização e pela evolução tecnológica dos equipamentos. A Panasonic tem investido de forma muito consistente — cerca de 6% dos resultados líquidos são aplicados em investigação e desenvolvimento — o que nos permite trazer ao mercado soluções mais eficientes, mais completas e perfeitamente adaptadas às necessidades europeias. Fala-se muito de formação. Qual é hoje o grande desafio em Portugal e na Europa, e como está a Panasonic a responder? O problema é transversal à Europa: faltam recursos humanos qualificados. E os poucos que existem não têm tempo para se formar, porque estão sobrecarregados com projetos. A Panasonic tem mais de 40 centros de formação na Europa e abriu recentemente um Centro de Excelência interno, que nos permite testar soluções antes de formarmos clientes. Mas temos um duplo desafio: não há técnicos suficientes; e os que entram no mercado muitas vezes não trazem base técnica devido à falta de escolas profissionais e à crescente preferência por cursos superiores. Por isso, estamos a reestruturar toda a estratégia de formação, avaliando futuros centros em zonas estratégicas — por exemplo, Lisboa — mas sempre ponderando a volatilidade tecnológica: um showroom pode tornar-se obsoleto em poucos anos. PILSEN, O CORAÇÃO EUROPEU DAS BOMBAS DE CALOR As inovações deste ano no setor doméstico (aerotérmico) não podem ser entendidas sem o impulso dado pela nova fábrica da Panasonic em Pilsen (República Checa), um complexo de 140.000 m2 dedicado exclusivamente à produção de bombas de calor para o mercado europeu. Inaugurada em agosto passado após um investimento de 320 milhões de euros, a fábrica simboliza o compromisso da Panasonic com a reindustrialização sustentável da Europa e a sua liderança na eletrificação do setor do ar condicionado. A fábrica combina a precisão robótica com a experiência de mais de 700 trabalhadores, e foi concebida para atingir uma capacidade de produção de 1,4 milhões de unidades por ano até 2030, com a possibilidade de expansão para 3.000 funcionários. Em Pilsen, a Panasonic integra todas as fases do processo: desde o fabrico de evaporadores e placas eletrónicas (PCB) até à montagem e controlo de qualidade, com verificações em três fases: protótipo, pré- -produção e produção em série, garantindo o cumprimento dos mais elevados padrões. Além disso, a partir deste centro funciona a nova Central IoT Monitoring, um serviço ligado a milhares de dispositivos em toda a Europa que analisa preventivamente o seu funcionamento para antecipar incidentes, gerir medidas corretivas com serviços técnicos locais e otimizar o seu desempenho. Bruno Pereira, responsável comercial de ar condicionado da Panasonic em Portugal.

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