24 serviço — especialmente em edifícios comerciais e industriais. A conectividade tornou-se um argumento decisivo na escolha de equipamentos. Dia 2 – Refrigeração comercial e ecodesign em foco O segundo dia foi marcado pelos temas ligados à refrigeração comercial e às exigências que chegam com as novas regras de ecodesign e com a redução progressiva dos gases fluorados. As empresas mostraram: • sistemas otimizados com refrigerantes naturais, • vitrinas e equipamentos pensados para maior eficiência ao longo do ciclo de vida, • soluções que combinam refrigeração com energia renovável, • propostas para reduzir o desperdício alimentar através de maior estabilidade térmica. Para mais informações, visite o website da C&R 2025 https://www.ifema.es/cr UM SETOR CADA VEZ MAIS CONECTADO: ENERGIA, CONFORTO E DIGITALIZAÇÃO A realização paralela com a GENERA e a MATELEC reforçou uma visão clara de futuro: as fronteiras entre energia, climatização e eletricidade estão a desaparecer. As soluções mais procuradas pelos visitantes foram precisamente aquelas que cruzam estes três mundos. Do conjunto da feira emergem quatro mensagens: • A QAI ganha peso central e torna inevitável a ventilação mecânica controlada. • A IA está a transformar o desenho e a operação dos edifícios. • A manutenção preditiva será norma num futuro próximo. • A integração tecnológica tornou-se o novo padrão para a eficiência e sustentabilidade. A sensação geral é que a tecnologia está pronta, mas o mercado continua a procurar clareza quanto aos critérios que irão orientar as decisões de investimento nos próximos anos. Dia 3 – Descarbonização: tecnologia madura, regulação incerta O último dia trouxe a discussão mais estratégica da feira: a descarbonização dos edifícios. Entre fóruns e mesas temáticas, tornou-se evidente que: • a indústria dispõe hoje de soluções para cumprir as metas europeias; • eletrificação, combustíveis renováveis e sistemas híbridos terão de coexistir; • cada edifício necessita de uma solução ajustada ao clima, ao uso e ao seu envelope térmico; • instaladores e projetistas são peças essenciais para garantir que a eficiência prevista no papel se concretiza na prática. Apesar do otimismo tecnológico, o setor aponta a incerteza regulatória como principal entrave. A aplicação da Directiva do Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD), a definição de prazos realistas e a articulação entre políticas nacionais e europeias são temas que continuam a gerar preocupação entre fabricantes e operadores. A etapa final da C&R fechou com demonstrações técnicas e sessões práticas, sublinhando a importância da formação contínua num mercado que evolui a diariamente. UMA FEIRA QUE REAFIRMA A CAPACIDADE DO SETOR A C&R 2025 terminou com a certeza de que o setor AVAC&R está preparado para liderar a transição energética dos edifícios. Há inovação, há soluções, há conhecimento. Falta, sobretudo, estabilidade e alinhamento regulatório para que esta transformação aconteça à velocidade necessária. Esta edição encerrou com confiança no caminho percorrido e com a certeza de que os próximos anos serão decisivos para consolidar edifícios verdadeiramente inteligentes e preparados para as metas climáticas europeias. A revista 'O Instalador' continuará a acompanhar as tendências que moldam o futuro do setor. n
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