ENTREVISTA 18 compatíveis com plataformas de gestão centralizada (BMS), permitindo monitorização remota, otimização de consumos e maior fiabilidade operacional. Este caminho tem sido prioritário para responder às exigências crescentes dos edifícios modernos. Neste sentido, destacamos os sistemas fotovoltaicos da THK Thinktech, que incluem controladores inteligentes e módulos de comunicação que asseguram integração plug-and-play com plataformas de gestão e monitorização. No contexto da transição energética, as bombas de calor ganharam uma importância estratégica na climatização e na produção de AQS. Que papel assumem hoje na vossa estratégia e como se perspetiva a sua evolução nos próximos anos? As bombas de calor têm sido uma excelente alternativa às caldeiras convencionais, e desde o seu aparecimento que a Disterm tem apostado nesse tipo de solução. Inicialmente, as temperaturas de produção de água quente eram relativamente baixas, o que limitava bastante a sua utilização em soluções de AQS, mas com a introdução dos ciclos de R410A e R32 foi sendo generalizada a sua utilização para esse fim, muitas vezes com a ajuda do apoio elétrico. Hoje em dia, e com a entrada do novo gás R290, vamos sem dúvida assistir à consolidação das bombas de calor como uma alternativa às caldeiras para a produção de AQS, pois neste momento a temperatura produzida na água já atinge valores muito próximos dos 75 °C. A cadeia de abastecimento mundial tem enfrentado volatilidade, quer em tempos de entrega, quer em custos. Como foi esse impacto para a Disterm e que medidas têm sido adotadas para garantir continuidade de fornecimento e previsibilidade para instaladores e clientes finais? A procura gerada pela transição energética, fortemente acelerada pela guerra na Ucrânia e pelos incentivos europeus, originou uma rutura significativa no mercado das bombas de calor. A Disterm também sentiu esse impacto. No entanto, graças à nossa estratégia de abastecimento e ao trabalho próximo com marcas parceiras, recuperámos rapidamente um nível de stock estável, capaz de garantir fornecimentos imediatos e previsíveis aos instaladores e clientes. A formação técnica é cada vez mais um fator crítico para garantir boas práticas de instalação e manutenção. Que tipo de ações de formação, academias ou suporte no terreno estão atualmente disponíveis para parceiros profissionais? Desde o nosso começo, em 2001, que a formação técnica é um pilar estruturante da Disterm. Compreendemos desde cedo que não basta disponibilizar tecnologia avançada, é essencial garantir instalações corretas e duradouras. Hoje dispomos de uma oferta formativa contínua, suportada pelo nosso Centro de Formação e complementada por apoio técnico especializado no terreno, assegurando que os instaladores estão sempre atualizados e preparados para implementar soluções de última geração. “O grande desafio dos próximos anos será a falta de técnicos especializados para instalação, manutenção e reparação de sistemas AVAC-R”
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