BI339 - O Instalador

44 DOSSIER ELETRICIDADE De centrais a reservas solares fotovoltaicas Neste artigo, refletimos sobre como as centrais solares convencionais, tipicamente reconhecidas como 'tapetes' azuis-escuros cobrindo os espaços naturais, podem, na realidade, ser elementos integrantes da ecologia viva dos locais onde se inserem. Sara Freitas, APREN Num contexto em que a pressão para acelerar a transição energética é cada vez maior, a implementação de projetos renováveis tem sido umas das soluções mais imediatas e eficazes para descarbonizar a produção de eletricidade. Porém, há que ter em conta que o consumo de energia ocorre, não só ao nível da eletricidade, como também dos transportes e do aquecimento e arrefecimento – setores que têm revelado maior dificuldade em descarbonizar, nomeadamente pela complexidade tecnológica inerente à sua eletrificação, amplificada pelas dificuldades de implementação e de financiamento para uma adoção eficaz. No campo da eletricidade renovável, tem-se assistido a um ganho de protagonismo da solar fotovoltaica, que, nos últimos anos, se tornou a tecnologia mais competitiva em termos de LCOE (Levelized Cost of Electricity) e apresenta uma elevada margem de expansão nas zonas de mais elevado recurso. Desde a construção da primeira central em 2006 – a central Hércules, com 11 MW, em Serpa – até aos atuais 6 GW

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