BI337 - O Instalador

46 EVENTO dade que tem contribuído para o nosso sucesso até agora”. A inauguração do novo espaço, celebrada com uma grande festa, foi disso exemplo. “Convidámos toda a gente. Enviámos newsletters a todos os clientes e, em especial, àquele grupo de cerca de 50 parceiros que viajam connosco nas viagens de incentivo. Vieram de todo o país: Norte, Lisboa, Algarve, Alentejo”, conta a executiva. “Não lhes dissemos para virem com o hotel marcado. Dissemos apenas: isto vai acontecer, juntem-se a nós se quiserem. E vieram porque querem estar connosco – e isso deixa-nos de coração cheio”. Susana Penedo destaca ainda o trabalho do diretor comercial Ivan Silva, "que tem sido a força catalisadora do sucesso da Climasun nos últimos quatro anos, bem como um dos responsáveis pelos avanços técnicos dos produtos que a marca tem lançado no mercado". Olhando para o futuro, Susana Penedo não esconde o entusiasmo – e também alguma prudência. “Com o crescimento que estamos a ter, é legítimo perguntar: será que conseguimos manter? Ouvimos a nossa concorrência – que é saudável – dizer que o mercado pode estar a abrandar, mas nós não estamos a sentir isso. E esse é um dos nossos receios: será que estamos numa bolha? Mas também não é isso que nos vai travar. Estamos bem, com energia positiva, a trabalhar muito e a importar máquinas para satisfazer as necessidades do mercado. Se tivermos sorte, ela vai apanhar-nos a trabalhar. E se não tivermos, vamos continuar a trabalhar. Muito mal não há de correr”. EMOÇÕES À FLOR DA PELE A inauguração da nova sede em Gaia também teve um forte simbolismo emocional. “Tivemos cá os nossos parceiros internacionais diretamente da fábrica da Haier – uma comitiva de seis pessoas, incluindo técnicos de I&D, gestores de produto e de mercado. Outros, que não puderam vir, fizeram questão de nos enviar mensagens. Para nós, isso diz muito: é sinal de que a nossa aposta é reconhecida”. A celebração foi pensada para ser memorável. Houve surpresas artísticas e um saxofonista improvisou ao longo do evento, além de terem ocorrido várias apresentações, desde o administrador aos responsáveis da área industrial, e vídeos sobre a história da Climasun, que já leva 35 anos e muito para contar. “Mesmo os nossos parceiros mais antigos não conhecem toda a nossa história desde 1989 – e há muitas surpresas que quisemos partilhar”. A festa foi ainda uma homenagem ao mentor de todo este projeto, que faleceu recentemente. “No dia 20 de março perdemos o nosso ‘mais que tudo’. Era a alma da empresa. Estava sempre alegre, alinhava tudo pela alegria. Era o primeiro a chegar e o último a sair. E dizia sempre: se um dia me acontecer alguma coisa, não quero ninguém a chorar. Por isso, esta inauguração foi também a nossa forma de lhe prestar tributo. Não cancelámos, transformámos a ocasião numa homenagem – com tudo o que conseguimos reunir de bom”. MUDANÇAS REGULATÓRIAS E APOSTA NO PROPANO O setor da climatização atravessa uma fase de mudanças profundas, impulsionadas sobretudo pelas exigências regulatórias em torno dos gases refrigerantes. Carlos Dias, diretor técnico e comercial da área industrial da Climasun, explica que essa transformação é, ao mesmo tempo, um desafio e uma oportunidade para o mercado. “Nos últimos anos, as grandes mudanças têm a ver com o F-gas, com a regulamentação e com os refrigerantes. Este ano vai ser o grande boom do propano e dos refrigerantes naturais”, antecipa. A obrigatoriedade de utilizar gases com um GWP (Potencial de Aquecimento Global) inferior a 150 em máquinas compactas até 50 kW, a partir de 2027, está já a moldar a oferta. “Este ano é decisivo porque já se começa a sentir essa transição. Vai haver mudanças no tipo de sistemas, que penso que vão voltar a ser mais vocacionados para a água – algo que já se previa em 2014 ou 2015, mas que só agora está a tornar-se realidade”. Apesar desta evolução na oferta, o mercado continua a ser, em grande parte, dominado pelo segmento residencial. “Neste momento, em Portugal, o que está a ser mais absorvido é a área residencial – os tradicionais sistemas split”, refere Carlos Dias. Ainda

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx